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sábado, 2 de abril de 2011

Mourinho perde a invencibilidade e Real praticamente dá adeus à Liga

Tinha tudo para ser um dia de festa para o Real Madrid e sua torcida. Com o estádio Santiago Bernabéu lotado, o clube preparou uma homenagem ao ex-atacante Ronaldo numa jornada que deveria ser de vitória, uma vez que a equipe de José Mourinho enfrentaria um time que está no meio da tabela do Campeonato Espanhol. Ao fim da partida, porém, com a derrota de 1 a 0 para o Sporting Gijón, quem estava rindo à toa era o torcedor do Barcelona que pode ampliar ainda mais a sua vantagem na liderança da Liga ainda neste sábado.
Pior ainda foi para o técnico português, que viu cair a sua longa invencibilidade em casa em jogos de campeonato nacional. Desde março de 2002, quando dirigia o Porto e foi derrotado pelo Beira-Mar por 3 a 2, que Mourinho não sabia o que era perder em casa. Foram 150 jogos, sendo 38 pelo Porto, 60 pelo Chelsea, 38 pela Inter de Milão e 14 pelo Real Madrid.
A invencibilidade, que todos esperavam que poderia cair no jogo contra o Barcelona daqui a duas rodadas, acabou justamente contra o Gijón que Mourinho tanto criticou no primeiro turno por ter poupado jogadores contra uma partida diante do Barça, pois o Gijón jogaria na rodada seguinte contra outro time que achava que tinha mais chance de conquistar pontos. Mourinho disse na ocasião que assim ficaria difícil ser campeão espanhol e ganhou em troca um "elogio" do técnico Manuel Preciado: "Canalha".
Neste sábado, quem apreciou tudo foi Guardiola e seus comandados. O Real jogou de forma preguiçosa e desinteressada como se achasse que ganharia a qualquer momento. Sem Cristiano Ronaldo, Marcelo e Benzema, seus três principais jogadores nas últimas jornadas, todos machucados, o time esteve muito mal em campo. Para piorar, Özil e Di Maria estiveram apagados em campo. Com isso, a bola não chegava em Adebayor.
Da tribuna, Ronaldo não devia estar gostando nada do que viu. Ele minutos antes recebeu uma homenagem dentro do campo, deu um simbólico pontapé inicial e foi ovacionado pela torcida que vibrou com seus 104 gols entre 2002 e 2007 (e também vaiou algumas vezes, é verdade). Mas depois dos gritos de "Ronaldo, Ronaldo...", a torcida não encontrou mais motivos para vibrar.
Enquanto o Gijon parecia satisfeito com o resultado, o Real não conseguia dar um chute a gol. A melhor chance só viria mesmo no segundo tempo, num chute de Higuaín, que voltava de lesão, que o goleiro Juan Pablo salvou.
Aos 34 minutos, o Gijon faria cair a casa do Real com um gol de Miguel. A partir daí, o Real resolveu jogar bola e brilhou a estrela de Pablo, que fez grandes defesas nos dez minutos que o time de Mourinho resolveu jogar pelo visto mais para manter a invencibilidade do seu treinador do que para se manter na briga pelo título.
A diferença entre Barcelona e Real permanece em cinco pontos. Mas o Barça ainda enfrenta neste sábado o Villarreal e pode aumentar para oito a vantagem. Faltando oito rodadas para o fim, isso pode significar a mão na taça para o time catalão.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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