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segunda-feira, 30 de junho de 2008

Time desconhecido da semana - Watford

Nesta semana a nossa parada é na terra da rainha onde vamos conhecer o Watford. Atualmente na segunda divisão inglesa, o Watford nem é tão desconhecido perto do que já mostramos aqui, mas tem uma história bizarra: durante 14 anos o manda-chuva do clube foi Elton John.
Ele mesmo. O cantor de sucessos como "Sacrifice" e "Can you feel the love tonight?" é um apaixonado por futebol e pelo Watford. Tão apaixonado que comprou o time em 1976, justamente quando os Golden Boys, como são conhecidos os jogadores do time, viveram sua, com o perdão da redundância, fase dourada. Isso significa títulos? É claro que não. Do contrário não estariam aqui abrilhantando este espaço. Mas foi quando Elton John injetou dinheiro no time que o clube chegou à decisão da FA Cup, tendo perdido a taça para o Everton. Foi nesta época também que o time disputou pela primeira vez a elite do futebol inglês e chegou a ser vice-campeão na temporada 82-83, perdendo o título para o Liverpool. Pelo visto a cidade de Liverpool não faz bem ao clube.
Elton John comprou o time em 1976 e o vendeu em 1987 para Jack Petchey. Mas em 1997 retomou o comando do clube  e só o deixou em 2002, quando viu que o Watford precisava de um dono que fosse mais presente já que tinha que dividir o tempo no comando do time com a agenda de artista. Mas o cantor nunca deixou de estar ligado ao Watford. Em 2005 fez um concerto no estádio Vicarage Road, com capacidade para 23.500 pagantes, onde o time manda seus jogos, para arrecadar fundos para o clube em que hoje é presidente de honra.
Fundado em 1881, o Watford também é conhecido como "Yellow Army", ou o Exército Amarelo, em alusão à uma das cores do time: amarela, vermelha e preta. A equipe tem como principal rival o Luton Town, hoje na quarta divisão inglesa. O momento mais "emocionante" dessa rivalidade ocorreu na temporada 81-82, quando as duas equipes subiram para a primeira divisão, mas o Luton Town roubou o título da segundona do Watford. Unidos na glória e também na dor, os rivais foram rebaixados na temporada 95-96. 
O Luton Town nunca mais voltou, mas o Watford ainda disputaria a elite inglesa em 1999-2000 e em 2006-07, sendo rebaixado nas duas oportunidades. 
Entre os principais nomes que já passaram pelo clube está o do goleiro David James, hoje no Portsmouth e com passagens pela seleção inglesa. Ele disputou 98 jogos pelo time entre 1990 e 92.
Um dos maiores ídolos do Watford, porém, é Luther Blissett. O atacante é o maior artilheiro da história do clube com 149 gols. Jogou por 12 anos no time em três períodos diferentes (76-83, 84-88 e 91-92) e até na quinta divisão. Foi o primeiro jogador do Watford convocado para a seleção inglesa e um dos primeiros negros a integrar o English Team. Também trabalhou como técnico do Watford entre 1996 e 2001. Em campo, formou uma grande dupla com Ross Jenkins, que jogou entre 1972 e 1983 e marcou 142 gols com a camisa do Watford.
Por hoje é só galera. Qualquer sugestão para time desconhecido é só deixar aqui nos comentários.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

domingo, 29 de junho de 2008

Espanha conquista a Euro

E deu Espanha. Para a festa de sua torcida, a Fúria acabou com seu complexo de vira-lata e faturou a Eurocopa deste ano. Numa partida tecnicamente fraca, o time de Luís Aragonés jogou o suficiente para superar os alemães por 1 a 0. O herói do título foi o atacante Fernando Torres, autor do gol da vitória aos 32 minutos do primeiro tempo. (Veja como foi a partida lance a lance)
Com a vitória, a Espanha chegou ao seu segundo título de Eurocopa, quebrando um tabu de 44 anos. A Alemanha continua como a maior vencedora do torneio com três títulos. A decisão deste domingo foi a terceira que os alemães perderam. (Veja a fotogaleria da partida)
A partida não foi lá grande coisa, mas os espanhóis jogaram com bravura para superar um tradicional adversário, que decepcionou pelo futebol apresentado. 
Enquanto o time de Joachim Löw apostava na força da camisa, seu sistema defensivo e as jogadas de ataque pela esquerda, a Fúria manteve o seu estilo de jogo baseado notoque de bola e na velocidade.
No final, deu a equipe que praticou o melhor futebol na competição. A Espanha foi campeã invicta. Na sua caminhada bateu duas potências tradicionais, Itália e Alemanha, e a Rússia, uma das sensações da competição. 
E você? Achou o resultado justo? 
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

Marcos Senna entre os melhores da Euro

Tá chegando a hora galera. Daqui a pouco começa a decisão da Eurocopa entre Alemanha e Espanha e O GLOBO ONLINE vai acompanhar em tempo real. Enquanto a decisão não começa, a Uefa divulgou neste domingo a lista com os melhores jogadores da competição.
A grande supresa foi a ausência do atacante Podolski, vice-artilheiro da Eurocopa com três gols. Como era de se esperar, a lista é dominada por jogadores de Alemanha e Espanha, protagonistas da final. Ballack, que foi confirmado para o jogo de hoje, e Schweinsteiger são os representantes alemães. O brasileiro Marcos Senna, é um dos jogadores da Espanha selecionados pela entidade junto com o goleiro Casillas, o zagueiro Puyol e o atacante David Villa, artilheiro da competição, mas que está fora da final devido a uma contusão.
Completam ainda a lista o turco Hamit Altintop, o russo Arshavin, o croata Modric e o holandês Sneijder.
Todos eles vão concorrer ao prêmio de melhor jogador do torneio. O resultado será divulgado pela entidade na próxima segunda-feira. E aí? Arrisca um palpite?
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

Há 50 anos, Pelé, Garrincha e o Brasil faziam história

Houve um tempo em que não se jogava com três cabeças-de-área. Houve um tempo em que não se fazia tantas faltas. Houve um tempo em que a seleção brasileira dava espetáculo. Há 50 anos era assim.
Há meio século, o Brasil conquistava a Copa do Mundo com um futebol de encher os olhos. Foi o primeiro dos cinco títulos da seleção que para muitos é a maior de todos os tempos.
Numa equipe cheia de craques do goleiro ao ponta-esquerda (sim, existia ponta-esquerda), se destacavam nomes como os de Pelé, então um menino de 17 anos, Garrincha, Vavá, Didi, Nilton Santos, Djalma Santos, Zito.
A equipe fez uma campanha invicta com cinco vitórias e apenas um empate. A superioridade do Brasil era tamanha, que o time fez dez gols nas duas últimas partidas contra França, nas semifinais, e Suécia, na grande decisão, ambas as vitórias por 5 a 2. (Confira o especial da Copa de 58)
Abaixo, um vídeo mostrando os melhores momentos da final histórica contra os suecos.  Recordar é viver:
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

sábado, 28 de junho de 2008

Procura-se um craque

Procura-se um craque que seja capaz de liderar uma equipe, decidir os jogos, fazer passes precisos, marcar gols (sempre bonitos, é claro) e leve o seu time a conquistar os títulos, pois craque sem taça não é craque. Candidatos devem se dirigir até a Áustria, onde neste domingo Alemanha e Espanha fazem a decisão da Eurocopa a partir das 15h45m (de Brasília).
Se nós não podemos reclamar da qualidade técnica do torneio deste ano, que contou com alguns bons jogos, faltou o mais importante, o que move as massas e faz você aí leitor comprar o ingresso: o craque. Esse não apareceu.
E olha que a gente (e toda a imprensa do mundo) tentou, apostou, chutou bastante, mas fomos quebrando a cara a cada elogio, a cada exaltação. Começou com Cristiano Ronaldo. Nos dias que antecederam a Euro, ele era o nome. Grande jogador da temporada, campeão inglês e da Liga dos Campeões pelo Manchester United (apesar daquele pênalti perdido cheio de presepada), ele era o cara e a seleção de Felipão entrava em campo como uma das favoritas. Caiu nas quartas-de-final para a Alemanha com uma atuação apagada.
Mas aquela altura do campeonato, a sensação já era a equipe holandesa dirigida por Marco Van Basten. A Laranja Mecânica passeou no Grupo da Morte. Goleou Itália e França. Terminou a primeira fase com 100% de aproveitamento. Sneijder pintava como o novo cara. Caiu dois dias depois para a Rússia.
Foi quando surgiu o novo queridinho da Euro. Arshavin, o camisa 10, toque de bola clássico, o homem que ia conduzir a Rússia ao segundo título europeu de sua história. De quebra, ainda tinha histórias curiosas como o fato de ter ser formado em moda. Arshavin era o homem. Sumiu contra a Espanha e se despediu pela porta dos fundos com um sonoro 3 a 0 nas semifinais.
E agora? A Euro certamente terá um craque, mesmo que ele não seja um CRAQUE assim com todas as letras maiúsculas, negrito e sublinhado, pois é tradicional a eleição do melhor jogador de todo campeonato. Mas quem será? O meia Fabregas, da Espanha pinta como um candidato. Ele saiu do banco e brilhou contra os russos. Mas um craque que é reserva?
Entre os alemães, Ballack tem sido muito elogiado, mas pode não jogar a decisão por causa de uma contusão muscular, Schweinsteiger conta com a simpatia do kaiser Franz Beckenbauer, que já fez diversos elogios a ele, Podolski tem feito gols importantes e ainda pode terminar como artilheiro da competição. Uma equipe com muitos destaques, mas sem um nome de destaque.
Difícil. Pelo visto, a Euro deste ano vai terminar conhecida como o torneio que viu a volta de algum futebol (perto do que vimos na Copa do Mundo foi quase a morada dos deuses), mas em que o craque sumiu. Ou alguém se arrisca a apontar um?
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

Um brasileiro na decisão

Aconteça o que acontecer amanhã na decisão da Eurocopa, o Brasil também terá o que comemorar. É que tanto Alemanha quanto Espanha têm nos seus elencos jogadores brasileiros que, sem conseguir espaço na seleção, se naturalizaram para defender outras equipes em torneios entre seleções.
Se na equipe de Joachim Löw, o atacante Kevin Kuranyi é reserva da dupla Klose-Podolski (poloneses naturalizados alemães), na Fúria, o volante Marcos Senna é peça fundamental no meio-campo do técnico Luís Aragonés.
Em entrevista ao reporter Bernardo Pombo, o cabeça-de-área de 31 anos garante não guardar nenhum tipo de mágoa por nunca ter recebido uma chance na seleção do seu país natal, mas aconselha os jogadores que tiverem a mesma chance que ele teve a fazerem o mesmo.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

sexta-feira, 27 de junho de 2008

A terapia coletiva da Espanha

A classificação da Espanha para a decisão da Eurocopa depois de 24 anos está deixando o povo da terra de Cervantes maluco. É muita emoção. Olha só as manchetes de alguns dos principais jornais espanhóis após a vitória por 3 a 0 sobre a Rússia: "Somos os melhores" (Marca), "Uma partida perfeita", "Renda-se, Alemanha" (As), "Uma Espanha sublime" (El Pais).
Apesar de tanta euforia, todo cuidado é pouco. Até porque a adversária da decisão será a sempre forte Alemanha e os espanhóis sofrem há algum tempo com um certo "complexo de vira-lata".
É por causa dele, aliás, que o psicológico Ernesto Tulipa (não, ele não é de uma família de mestres cervejeiros) resolveu enfrentar os traumas da nação de cabeça erguida. E ainda oferecer consultas pela internet. Desde o início da Euro ele vem dando gratuitamente ajuda psicológica para os fanáticos torcedores da Fúria que temem um novo fracasso na competição. É uma especie de terapia coletiva para superar os medos e a tristeza em caso de novo revés.
E enfrentar os próprios medos é um dos tópicos mais importantes do método Tulipa. Em seu site (www.noteilusiones.com), o psicólogo também ensina os torcedores a aprender a perdoar a seleção, ter uma certa empatia pelos rivais e incentiva a terapia de grupo, em que cada um pode tornar público um conselho aos demais torcedores/sofredores.

Bem humorado, o site do doutor Tulipa, autor do livro "Quem levou a minha Copa?", faz questão de listar todas as Eurocopas que a Espanha perdeu nos últimos 48 anos. O psicólogo ainda diz que quem seguir os seus conselhos vai superar qualquer trauma por uma derrota.

Claro que doutor Tulipa não esperava que a Espanha superasse a barreira das quartas-de-final, onde normalmente a Fúria vinha parando. Tanto é que após derrotar heroicamente a Itália ele achou necessário uma nova avaliação psicológica. Imagina agora o que ele deve estar aprontando para a grande e "inesperada" decisão de domingo. Enquanto isso, veja no vídeo abaixo um pouco do método Tulipa.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Alemanha x Turquia: vale vaga na final da Euro

Quando Alemanha e Turquia entrarem em campo às 15h30m (de Brasília) desta quarta-feira para disputarem a primeira vaga na final de domingo da Eurocopa, cerca de 2,1 milhões de pessoas que vivem na Alemanha estarão com suas camisas vermelhas reunidas nos mais diversos pontos do país torcendo para que a Turquia consiga o feito de disputar sua primeira final européia. Esse é o número de turcos que vivem hoje na Alemanha (25,8% do total de estrangeiros). São cidadãos que na sua maioria se instalaram na regiões industriais como no Vale do Ruhr ou em Berlim, mantêm a sua língua, seus costumes, mas ainda sofrem com a falta de integração.
Por isso o jogo de hoje está sendo visto com um grande teste, segundo alguns jornais alemães. Muitas autoridades no país acreditam que a festa do futebol pode unir o que o preconceito separou. O governo alemão, inclusive, divulgou que a chanceler Angela Merkel assistirá à partida na Basiléia ao lado do primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan.
Se em seu país, os alemães contam com a ajuda da mão-de-obra turca para impulsionar a indústria, dentro de campo é a mão-de-obra polonesa que tem feito diferença. Sem deixar de considerar o talento de Ballack, autor de dois gols na competição, é nos pés dos atacantes Podolski, vice-artilheiro da Euro com três gols, e Klose, que marcou um, que estão depositadas as esperanças de vitória. Juntos, eles marcaram quatro dos seis gols da seleção de Joachim Löw (67% do total) e são peças fundamentais que fizeram uma novamente desacreditada Alemanha chegar à semifinal. Já foi assim na Copa do Mundo, quando a equipe então comandada por Jürgen Klinsmann só caiu diante da campeã Itália na mesma fase.
Se aquela partida era equilibrada, agora os alemães são os favoritos. Não apenas pelo peso da camisa e pelos seis campeonatos internacionais (três Euros e três Copas do Mundo) que eles podem ostentar contra um ainda emergente futebol que busca um lugar ao sol depois da grande Copa de 2002, quando a Turquia terminou na terceira posição. Mas também pela dificuldade do técnico Fatih Terim em montar a sua equipe.
Nada menos do que nove atletas estão impossibilitados de jogar. O técnico, portanto, não vai escalar o que tem de melhor, mas apenas o que tem. São 11 os jogadores de campo disponíveis, mais dois goleiros o meia Tumer Metin, que não está 100%.
Se a Turquia é o time da virada e que não desiste nunca como vem mostrando nessa Euro, agora é o momento da maior de todas as superações. As vitórias sobre a Suíça, com um gol aos 47 minutos do segundo tempo, e a República Tcheca, com dois gols aos 41 e aos 44 da etapa final, e o empate com a Croácia no último lance do segundo tempo da prorrogação são mostras que os turcos nunca se dão por vencidos. Mesmo com a chamada conta do chá dentro de campo, eles não pretendem entregar o jogo facilmente. Uma vitória, então, seria quase épica.
- Nada é impossível. Temos sempre que lutar até o último instante. Em futebol não há milagre e sim trabalho - disse Fatih ao espanhol "Marca".
Numa competição em que os turcos também contam com a sua mão-de-obra estrangeira - o brasileiro Mehmet Aurélio - e os jogadores naturalizados brilharam nos gramados marcando 14% dos gols da Euro (10 em 69), um confronto entre Alemanha e Turquia não poderia representar melhor a nova realidade do futebol europeu, onde as fronteiras não são mais tão limitadas por muros ou ideologias passadas, mas o preconceito ainda bate algumas portas.
Alemanha: Lehman, Friedrich, Mertesacker, Metzelder e Lahm; Rolfes, Ballack, Schweinsteinger e Hitzelsperger; Klose e Podolski. Técnico: Joachim Löw.
Turquia: Rustu, Sarioglu, Zan, Boral e Balta; Topal, Altintop, Karadeniz e Mehmet Aurélio; Sehmir Sentürk e Kazim-Richards. Técnico: Fatih Terim.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

Espanha e Rússia tentam retomar o caminho dos títulos

No início da Eurocopa, Rússia e Espanha não eram apontadas como favoritas ao título. Detentoras das duas primeiras taças da história da competição em 1960, quando na ocasião a Rússia fazia parte da União Soviética, e em 1964, as duas seleções pareciam mais fadadas a viver das glórias passadas do que a construir um novo futuro. Pois é exatamente isto que elas tentarão fazer nesta quinta, a partir das 15h45m (de Brasília), no estádio Ernst Happel, em Viena, na Áustria, quando decidirão uma vaga na final de domingo contra a Alemanha.
Se o passado pode ser uma inspiração, experiência não falta no banco de reservas. As duas equipes têm dois dos mais experientes técnicos da Euro. No lado espanhol, o veteraníssimo Luís Aragonés, de 69 anos, que sonha em se despedir da Espanha - ele vai para o turco Fernerbahçe após a Euro - com o título. Do outro, o mago Guus Hiddink, de 61 anos, um especialista em fazer milagres como levar a Coréia do Sul ao quarto lugar de um Mundial e a Austrália a disputar e até chegar às oitavas-de-final de uma Copa, mas que agora quer coroar a sua vitoriosa carreira com um título com a Rússia.
Apesar da bagagem de seus treinadores e da inspiração de outrora, é com um futebol que aponta para um futuro mais leve, mais arejado, voltado um pouco mais para o ataque que as duas equipes chegaram à esta semifinal. Diante da Holanda, a Rússia mostrou o que tinha de melhor na competição e apresentou ao resto da Europa o que os russos já conheciam muito bem em âmbito nacional: o talentoso meia Andrei Arshavin.
Desde que voltou de suspensão, o camisa 10 tem sido o dono do time. É dos seus pés que saem as melhores jogadas do time russo, que ainda conta com o oportunismo do atacante Pavlyuchenko, com três gols na competição. Foi Arshavin, no entanto, acabou com os sonhos da Holanda nas quartas-de-final. E sem ele, aparentemente, a Rússia é um time comum, como mostrou, por exemplo, o resultado do encontro com os espanhóis pelo grupo D: 4 a 1.
Ainda com a memória viva daquele jogo, quando quem brilhou foi o atacante David Villa, com três gols (ele é o artilheiro da Euro com quatro), a Espanha agora quer dar um novo passo para reescrever a sua história. Depois de quebrar o tabu de não chegar nas fases decisivas dos torneios eliminando a Itália, os espanhóis contam não apenas com Villa, mas com seu companheiro de ataque, Fernando Torres, e com talentoso meio de campo formado por Iniesta, Xavi, David Silva e o brasileiro Marcos Senna, que se dá ao luxo de ter um Fabregas no banco, para voltar a uma final de competição depois de 28 anos. A útima fora em 1984, quando os espanhóis perderam por 2 a 0 para a França de Platini.
Desejo semelhante tem os russos. Longe de brilhar em Copas do Mundo, o último grande momento da equipe nacional aconteceu há 20 anos, quando os soviéticos decidiram e perderam a Euro para a Holanda do então atacante Marco Van  Basten.
Décadas, portanto, se passaram desde as últimas vezes em que o futebol de Rússia e Espanha tinham alguma importância no continente. Hoje, eles tentam retomar essa história. Mas somente um terá encontro marcado com a Alemanha  daqui a três dias.
Espanha: Casillas, Sérgio Ramos, Puyol, Marchena e Capdevilla; Marcos Senna, Xavi, Iniesta e David Silva; David Villa e Fernando Torres. Técnico: Luís Aragonés.
Rússia: Akinfeev, Anyukov, Ignashevic, Berezoutski e Zhirkov; Semak, Zyryanov, Saenko e Semshov; Arshavin e Pavlyuchenko. Técnico: Guus Hiddink.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Time desconhecido da semana - LDU de Loja

Nesta semana vamos a Loja (não ninguém aqui vai fazer compras), cidade ao Sul do Equador, para seguir a sugestão do leitor Alexandre Estolano e falarmos um pouco – pelo menos o que conseguimos encontrar depois de uma árdua batalha nos confins da internet - sobre a Liga Deportiva Universitária de Loja.
Primo pobre da LDU de Quito, que disputa a partir de quarta-feira a decisão da Libertadores com o Fluminense, a LDU de Loja foi fundada em 1979 a partir da Universidade de Loja, que é quem comanda o time até hoje.
Depois de conquistar um grande número de campeonatos locais (pelo menos é que o informa a história do clube no seu site oficial), a LDU de Loja começou a se aventurar na Liga profissional em 1989. (Está curioso para conhecer o site deles? Clica aqui então?)
Os “lojanos”, como são conhecidos, ingressaram na segunda divisão, mas foi em 2004 que conseguiram a maior glória de sua curta trajetória de 28 anos de existência: subir para a primeira divisão do Equador. Como alegria de pobre dura pouco, apesar da quinta colocação no torneio Apertura do ano seguinte, a LDU acabou rebaixada para a segunda divisão no final da temporada ao terminar na décima e última posição.
Também conhecidos como “Los Albos del Sur” (ou “Os brancos do Sul”, uma das cores do time, que é alvirrubo), a LDU de Loja, joga no Estádio Federativo Reina Del Cisne, Rainha do Cisne em bom português. Chamado de “Federativo” por seus torcedores, ele tem capacidade para 15 mil pessoas.
Enquanto o primo rico vai disputar o principal título do continente, a LDU de Loja vive hoje uma realidade bem diferente. Atualmente, a equipe está na quinta posição da segunda divisão. Mas continuamos acreditando num retorno à elite do futebol do Equador.
E por hoje é só amigos. Se quiserem sugerir mais times desconhecidos, é só colocar uma mensagem nos comentários aí embaixo.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

Arshavin, o estilista da bola

No momento em que, apesar dos bons jogos, a Eurocopa ainda buscava um grande destaque na competição, o meia russo Andrei Arshavin, de 27 anos, tratou de suprir essa carência ao mandar a Holanda de volta para Amsterdã no sábado passado. Se ao ajudar o Zenit a conquistar uma inédita Copa da Uefa (apenas o segundo título europeu entre clubes da história do futebol russo, que também conquistou a Uefa em 2004-05 com o CSKA), Arshavin já despertou a cobiça de alguns clubes como Newcastle, Everton, Manchester City e Celtic, após a grande atuação, o camisa 10 já começa a ser melhor observado por gigantes da Europa como Arsenal e Barcelona.
Segundo o presidente da Federação Russa de Futebol, Vitaly Mutko, ex-ministro do Esporte do governo Putin, jogar no clube catalão é um sonho do meia. Suas atuações contra Suécia e Holanda podem tê-lo aproximado deste sonho. Ao assistir à partida contra a Laranja Mecânica, o novo técnico do Barça, o ex-volante Guardiola, ficou impressionado, de acordo com alguns jornais espanhóis. Como o Barça precisa de um substituto para Ronaldinho...
Ex-craque do rival Real Madrid, o francês Zinedine Zidane, foi outro a se render ao futebol de Arshavin. Ele viu a partida contra a Holanda e disse que o meia tem tudo "para fazer uma grande carreira na Europa". Um incentivo e tanto ao meia que nunca disputou uma única partida de Champions League.
E pensar que hoje o meia russo poderia estar em Milão ou Paris, mas não por causa do seu futebol vistoso. É que Arshavin é formado em moda e trocou a vida de desenhar roupas e ditar as tendências de cada estação para costurar os adversários dentro de campo com dribles desconcertantes e "toques mágicos", com descreveu o "Independent" após o jogo das quartas-de-final da Euro.
No seu site oficial, no entanto, o apoiador explica que o único motivo de ter escolhido o curso foi "a possibilidade de conhecer muitas garotas". Nota-se que o rapaz é esperto não apenas dentro de campo.
Nascido em São Petersburgo, Arshavin, que só jogou pelo time da cidade (são 217 jogos e 47 gols em oito anos de Zenit), vive o grande momento de sua carreira. Meia de toque refinado, ele costuma dizer que o seu hobby é criar situações de gol para o seu time, não importando quem coloque a bola na rede. O apoiador estreou na seleção russa em maio de 2002 contra a Bielorússia. Seu primeiro gol foi marcado num amistoso contra a Romênia em fevereiro do ano seguinte. Desde então, fez 36 jogos e marcou 13 gols.
Arshavin não jogou as duas primeiras partidas da Euro contra a Espanha (derrota de 4 a 1) e a Grécia (vitória de 1 a 0) porque estava suspenso devido a uma expulsão na última rodada da fase classificatória contra Andorra. Mesmo sabendo que poderia contar com o camisa 10 em apenas uma partida, o técnico da Rússia, Guus Hiddink, jamais pensou em deixar de contar com Arshavin, que marcou um gol decisivo contra a Suécia ajudando na classificação dos russos. O meia agora quer mais e avisa que só vai tratar do seu futuro após a Euro.
- Agora que chegamos até aqui, não pretendo falhar. Não sei qual será o meu futuro, mas em primeiro lugar eu tenho o sonho de vencer a Euro com a Rússia. Essa é a única coisa que estou pensando no momento.
Na quinta-feira, Arshavin e sua seleção vão medir forças com a Espanha, única equipe campeã de um grupo na primeira fase a figurar nas semifinais. Caso consiga realizar o seu sonho, o meia recolocará o futebol russo no centro da Europa, algo que só aconteceu quando o país fazia parte da União Soviética. Se isso acontecer, Arshavin e Guus Hiddink vão acabar se tornando os novos czares da Rússia.  
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

domingo, 22 de junho de 2008

Sai uruca!! A Espanha está nas semifinais

Foi dramático, nos pênaltis, mas ninguém mais vai poder dizer que a Espanha jogou como nunca e perdeu como sempre. Depois de superar o ferrolho italiano, o time de Luís Aragonés tem (re)encontro marcado com a Rússia na próxima quinta-feira para decidir uma das vagas na decisão da Eurocopa 2008.
Os espanhóis mereceram. Jogaram com coragem, mostraram talento e martelaram o tempo todo a equipe italiana que fazia o seu conhecido jogo de forte marcação e, se der tempo, a gente faz um golzinho lá na frente. Do outro lado, o time de Fernando Torres e David Villa martelava, chutava, tentava invadir a área driblando e nada de superar a competente barreira formada por Buffon, Zambrotta, Pannucci, Chielini, que fez grande partida, e Grosso.
Foram 16 chutes a gol. Dezesseis tiros para a meta contra apenas seis da Itália, que teve uma grande chance de vencer num chute de Camoranese no segundo tempo que Casillas salvou quase em cima da linha. Do lado espanhol,  quem esteve mais perto de furar a barreira italiana foi o brasileiro Marcos Senna, que num forte chute de fora da área, quase levou Buffon a loucura com uma bola que escapou das suas mãos e beijou a trave. Me fez lembrar uma cena de 14 anos atrás, na decisão da Copa do Mundo de 1994, num tiro do Mauro Silva que bateu em Pagliuca, na trave e voltou para o goleiro italiano, que beijou a trave e agradeceu aos céus.
Mas dessa vez os deuses do futebol estavam do lado da Espanha e de Casillas, que pegou duas cobranças de pênalti na vitória por 4 a 2 depois do empate em 0 a 0 no tempo normal.
Ao contrário de Portugal e Holanda, os outros dois times que apresentaram bom futebol na primeira fase, mas caíram prematuramente, a Espanha superou a escrita que a incomodava de nunca avançar nos torneios e entra contra a Rússia com boas chances de chegar à decisão. Na primeira fase, a Fúria goleou os russos por 4 a 1. Mas naquela partida Arshavin, o camisa 10 que mandou a Holanda de volta para casa, não jogou. A promessa é de um grande jogo, mais aberto, com os dois times buscando o gol e sem favoritos. 
No outro lado da chave, continuo achando a Alemanha favorita no confronto com a Turquia. Mas o jogo de quarta-feira promete ser nervoso e decidido nos detalhes. Duas grandes partidas na reta final da Eurocopa.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

sábado, 21 de junho de 2008

Arshavin manda a Holanda de volta para casa

E a Holanda novamente morreu na praia. Para tristeza dos fãs da Laranja Mecânica, o time de Marco Van Basten parou nos pés do meia Andrei Arshavin. Com uma grande atuação, o jogador do Zenit, campeão da Copa da Uefa desta temporada, desmantelou o elogiado time holandês, que esteve irreconhecível nesta noite, e levou a Rússia para as semifinais da Eurocopa 2008.
A vitória por 3 a 1 na prorrogação premiou um time que jogou melhor o tempo todo e a grande atuação do camisa 10, de 27 anos, que marcou o terceiro gol e ainda fez o tradicional e provocativo gesto com o dedo na boca mandando a torcida adversária se calar.
Crueldade com os holandeses que viram o sonho do bicampeonato ruir numa atuação abaixo da crítica e que nem de longe lembrou os jogos da primeira fase, quando a Holanda passeou no grupo da morte.
Marco Van Basten levou o chamado nó tático do seu compatriota Guus Hiddink. Seu time não conseguiu ser a mesma equipe envolvente da fase de grupos e foi parado por uma Rússia dedicada e aguerrida. Além disso, a Holanda pareceu ter desaprendido a jogar seu futebol nos últimos dias e esqueceu que uma de suas forças eram as jogadas pelas laterais. Elas praticamente inexistiram hoje.
Insistindo demais com as jogadas pelo meio e inexplicavelmente sem Van Persie, que só entrou no segundo tempo, e Robben, que viu a eliminação do banco sem poder fazer nada, a Holanda jogou de forma previsível diante de uma Rússia que lutava o tempo todo por cada bola.
Sem as jogadas pelas pontas, Van Nistelrooy ficou isolado na frente e só apareceu para salvar a Laranja Mecânica da derrota no tempo normal no gol que marcou aos 41 minutos do segundo tempo. Foi o sopro de esperança dos torcedores holandeses.
Mas o camisa 10 russo (que pena que não é brasileiro), estava endiabrado. Ele já tinha sido o principal nome da partida, mas guardou o melhor para o segundo tempo da prorrogação quando foi o responsável pela jogada do gol de Torbinski e fechou o caixão holandês a quatro minutos do fim da partida. Pavlyuchenko marcou o outro gol russo ainda na primeira etapa.
Agora a Holanda volta para casa enquanto o time do competente Guus Hiddink, um especialista em causas perdidas - ele levou a Austrália para a Copa de 2006 e Coréia do Sul às semifinais da Copa de 2002 -, aguarda o vencedor de Espanha e Itália neste domingo para conhecer o adversário na semifinal. Os russos sonham em repetir o feito de 48 anos atrás, quando ainda faziam parte da União Soviética e conquistaram a primeira Eurocopa. Se Arshavin mantiver o mesmo nível de atuações e a equipe tiver a mesma dedicação demonstrada hoje, que ninguém duvide que os russos possam surpreender nessa reta final.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

A confiança do Kaiser

O ex-craque Franz Beckenbauer mostrou neste sábado que está confiante no tetracampeonato da Alemanha na Eurocopa. Em entrevista ao diário "Bild", o Kaiser disse que os alemães podem ser campeões e que "a Europa teme a nossa mentalidade ganhadora".
- É nos jogos eliminatórios que se vê a verdadeira cara da equipe e quem tem a mentalidade ganhadora. E nós temos - disse Beckenbauer, campeão com a Alemanha em 1972, o primeiro dos três tíulos do país.
Muitas vezes crítico do futebol apresentado pela seleção nacional, o Kaiser se mostrou satisfeito com o jogo apresentado pelo time comandado por Joachim Löw na vitória por 3 a 2 sobre Portugal.
- Na primeira meia hora de jogo contra Portugal vi uma Alemanha como não via há muito tempo. Eliminamos Portugal, um dos favoritos que brilhou, como poucos, na fase de grupos. Porém, isso às vezes não é bom. Quem aparece demasiadamente cedo, raramente chega longe - finalizou o ex-capitão da seleção.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

A guerra de nervos entre alemães e turcos

As vitórias desta semana colocarão Alemanha e Turquia frente a frente na próxima quarta-feira pelas semifinais da Eurocopa 2008. Se os alemães tem um ligeiro favoritismo por terem mais camisa e tradição, os turcos esbanjam confiança depois de terem eliminado uma das equipes que estavam com 100% de aproveitamento e pintava como boa surpresa na competição: a Croácia.
Após a vitória nos pênaltis sobre os croatas, o atacante Nihat ignorou os rivais de quarta-feira e já disse que espera se encontrar com a Espanha na decisão da Euro no dia 31.
- Demos um passo para a final. E espero encontrar a Espanha na final - disse o atacante do Villareal. - Conseguimos entrar para a história da Turquia (que nunca disputou uma semifinal de Euro) e por isso estamos muito felizes. Teremos uma equipe muito forte que é a Alemanha, mas é apenas um jogo e podemos chegar pela primeira vez a uma final.
Do outro lado, o atacante Klasnic não fez por menos e disse que a Turquia teve sorte até agora e ela está prestes a mudar de lado.
- A Alemanha vai ganhar facilmente da Turquia. A sorte que os têm acompanhado não pode segui-los para sempre - disse Klasnic, que não crê numa nova surpresa como a Grécia há quatro anos. -  Se analisarmos as partidas, temos sido melhores. Os turcos tiveram apenas algumas ocasiões de gol.
Isso é que é confiança das duas partes. Vamos ver semana que vem que vai rir por último.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Todos unidos pela Fúria

Pois é. Tem que respeitar um time que é tricampeão do mundo e europeu. Portugal foi a primeira favorita ao título a cair nas quartas-de-final deixando holandeses e espanhóis, que também adoram entregar o ouro na hora da onça beber água, ressabiados.
Tanto a Laranja Mecânica quanto a Fúria, porém, tem futebol para passar por Rússia, sábado, e Itália, domingo, e jogarem a semifinal. Mas que tem gente por aí com a pulga atrás da orelha...
O desafio da Espanha é evidentemente mais difícil. A Itália tem tanta tradição quanto a Alemanha e é um time de chegada e de camisa. Por outro lado, não falta apoio para que os espanhóis superem o estigma de cair cedo na fase de mata-mata, como quase sempre tem acontecido, e repitam o feito de 1964, quando conquistaram seu único título contra a União Soviética.
O ex-craque argentino Alfredo Di Stéfano, que também defendeu as cores da Fúria entre os anos de 1957 e 1961 (marcando 23 gols em 31 jogos), declarou ao Marca que a Espanha tem grandes chances de ser campeã da Euro.
- A Espanha está jogando muito bem. Tem jogadores rápidos e que sabem controlar uma partida. Podem muito bem chegar à final e ser campeões - disse o presidente de honra do Real Madrid, que afirmou ainda que o time não pode ter medo da Itália.
- Quem quer ser campeão tem que ganhar de todos. É sempre difícil jogar e complicado ganhar da seleção italiana - disse o ex-jogador, lembrando que não perdeu nas duas vezes em que enfrentou a Azzurra.
Quem também mostrou muita confiança foi o presidente espanhol, José Luis Rodriguez Zapatero:
- Hoje a seleção espanhola é muito melhor do que a italiana e acho que vamos ganhar por 3 a 2. Temos um grande futebol em nosso país, mas em competições entre seleções enfrentamos sempre o mesmo problema da falta de confiança - disse Zapatero, que garante não ter perdido uma única partida da Fúria na Euro.
O otimismo é tão grande que até o rei Juan Carlos prometeu assistir ao clássico de domingo no estádio Ernst Happel, em Viena, na Áustria. Será que após o apito final ele poderá se dirigir aos críticos que não acreditavam na Fúria e dizer "Por que no te callas"?
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

Cristiano Ronaldo admite trocar Manchester pelo Real

A eliminação prematura de Portugal da Eurocopa fez Cristiano Ronaldo pensar na vida. Logo após a derrota de Portugal para a Alemanha na Eurocopa, o meia-atacante da seleção lusitana admitiu pela primeira vez que pode deixar o Manchester United e desembarcar na próxima temporada em Madri para jogar pelo Real.
O jogador de 23 anos ainda tem mais quatro anos de contrato com a equipe de Sir Alex Ferguson, mas disse que as possibilidades de deixar os Red Devils são grandes.
- Mas como eu sempre disse, isso (a transferência) não depende apenas de mim. Sei que há uma proposta concreta e vamos ver se chegamos a um acordo nos próximos dias - disse Ronaldo que passará por uma pequena cirurgia no pé neste período de férias.
Pelo visto, os Galacticos de Madri vão ganhar mais uma estrela na próxima temporada.
O futebol inglês, aliás, é o mais assediado do momento nesta janela de transferências da Europa. Os adversários devem ter se cansado de ver a Inglaterra dominando a Liga dos Campeões e, aparentemente, resolveram invadir a terra da rainha.
Além de Cristiano Ronaldo, a Premier League ainda pode perder mais algumas estrelas na próxima temporada. A Inter de Milão, por exemplo, estaria interessada na contratação de Lampard e Drogba, jogadores do Chelsea que já trabalharam com José Mourinho, técnico recentemente contratado pela equipe italiana. Há ainda o interesse do Milan no atacante Adebayour, do Arsenal.



Se continuar assim a liga mais cara do mundo vai ter que abrir os cofres para não ficar sem suas estrelas.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)