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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Messi comemora e nós que gostamos de futebol também

Há 11 dias, quando começou a série de quatro jogos entre Barcelona e Real Madrid, havia uma grande expectativa de quatro duelos inesquecíveis, épicos e pense aí todos os adjetivos-clichês possíveis para qualificar uma série de partidas entre dois dos maiores rivais do planeta. O empate por 1 a 1 pelo Campeonato Espanhol já tinha sido um pouco frustrante, embora não tivesse sido um jogo totalmente ruim.
Mas confesso que eu ficava incomodado em ver o Real Madrid jogando lá atrás, esperando o Barcelona e buscando um contra-ataque que matasse o jogo. Entendo que a tática de José Mourinho tinha que ser essa mesma. Do contrário ele poderia sofrer outra "manita" como a do Camp Nou no primeiro turno, quando foi derrotado por 5 a 0 com um banho de bola catalão. Por outro lado, eu não tenho compromisso com a vitória. Só em apreciar o espetáculo. E estava chato de ver aquela insistente pressão azul e grená sobre uma muralha branca que se repetiu na decisão da Copa do Rey três dias depois.
Ali o Real Madrid foi mais feliz, fez um gol na prorrogação com Cristiano Ronaldo e levou o troféu, o que só reforçou a tese de que Mourinho tinha finalmente encontrado um jeito de parar o ataque avassalador e de mais de 100 gols do Barcelona na temporada. Uma tática já usada quando ele treinava a Inter de Milão, mas que poderia funcionar ainda melhor por causa da qualidade dos jogadores que ele tinha no elenco.
Ai o palco volta a ser o Santiago Bernabéu e Mourinho abusa ainda mais da retranca no primeiro jogo das semifinais da Liga dos Campeões. Coloca apenas Cristiano Ronaldo na frente e ainda no primeiro tempo e aqui na redação já comentávamos que o jogo era sonolento. Aí surgiu um craque chamado Lionel Messi. O argentino faz dois gols, o segundo uma pintura, e decide a partida a favor do Barcelona ao abrir 2 a 0 na primeira parte deste duelo de 180 minutos.
Dois gols que deram vida ao jogo de volta marcado para a próxima terça-feira no Camp Nou. O quarto e último da série tem tudo para ser o melhor de todos e ganhar aqueles adjetivos aí de cima que andaram faltando. Afinal, agora Mourinho terá que finalmente sair para o jogo. E o Barcelona não ficará lá atrás administrando uma vantagem que pode fazê-lo até perder por um gol de diferença. Afinal, para o Barcelona defender é atacar, é marcar no campo do adversário, é tocar a bola sempre em busca do gol. Tem tudo para ser uma grande partida e Messi está confiante, mas consciente de que não tem nada decidido.
"Graças a Deus conseguimos superar uma grande equipe. Só falta mais um passo para a final. Obrigado a todos os torcedores do Barcelona. Só precisamos de mais uma partida e precisamos continuar sonhando em chegar na final", escreveu o craque em sua página no Facebook.
E não adianta Mourinho chorar reclamando pela enésima vez da arbitragem. Pepe merecia ser mesmo expulso por aquela entrada criminosa em Daniel Alves. Ele precisa agora é arrumar um jeito de atacar o Barcelona com mais frequência e administrar a insatisfação do seu craque. Cristiano Ronaldo disse que não gostou nada do que viu no Santiago Bernabéu.
- Não gosto de jogar assim, mas tenho que me adaptar - reclamou o atacante, que também fez coro com o chorôrô do treinador português com a arbitragem.
- Não entendo porque em todas as eliminatórias da Liga dos Campeões todos que jogam contra o Barcelona acabam com dez - disse Ronaldo, citando como exemplos jogos contra o Arsenal e o Chelsea. - Jogar com dez contra o Barcelona é muito difícil.
O choro é livre, mas o Real terá mesmo é que jogar mais bola para eliminar o Barcelona.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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