A Bola de Ouro que Maradona conquistou após ter sido eleito o melhor jogador da Copa do Mundo de 1986 no México e foi posteriormente roubada em Nápoles, foi derretida e transformada em barras de ouro pela Camorra, a máfia napolitana.
O destino do troféu, que acabou da mesma forma que a taça Jules Rimet conquistada em definitivo pelo Brasil em 1970, foi revelado por Salvatore Lo Russo, um dos chefões da máfia, durante um interrogatório na Justiça. Lo Rosso está sendo investigado sob a acusação de tráfico de drogas.
O troféu tinha sido roubado em 1989 durante um assalto ao Banco de Nápoles. Na época, Maradona jogava no Napoli e tinha deixado a Bola de Ouro lá.
Lo Russo disse no interrogatório que ajudou Maradona recuperar alguns relógios também roubados no assalto, mas "não chegou a tempo" de salvar a Bola de Ouro.
O mafioso também afirmou que em diversas oportunidades forneceu drogas a Maradona. E disse que conheceu Maradona por intermédio do traficante do traficante de drogas Pietro Pugliese, e por Gennaro Montuori, um líder de ultras napolitanos que era conhecido no ambiente do futebol como Palummella.
Que situação hein, Maradona. Mas a gente já tinha contado que a relação do craque com a máfia napolitana era bem íntima. No livro "Gomorra", o jornalista Roberto Saviano conta que Maradona participava de festinhas e dividia a cocaína com a máfia que comandava a cidade.
Que situação hein, Maradona. Mas a gente já tinha contado que a relação do craque com a máfia napolitana era bem íntima. No livro "Gomorra", o jornalista Roberto Saviano conta que Maradona participava de festinhas e dividia a cocaína com a máfia que comandava a cidade.
"Penso que os Giuliano (Giuliano era um família importante da máfia) chegaram ao máximo do seu poder quando Annalisa (uma vítima inocente da guerra entre os mafiosos) não tinha nascido e sua mãe era uma mocinha que convivia com mocinhas que depois se tornaram mulheres dos Giuliano e de seus aliados, e que, quando adultos, ouviram a música de D’Alessio, ovacionaram Maradona, que, com os Giuliano, sempre compartilhou cocaína e festinhas. Memorável a foto de Diego Armando Maradona na piscina em forma de concha de Lovegino (Luigi Giuliano, o boss, uma espécie de poderoso chefão da família)", diz um trecho do livro.
Em entrevista ao “The Guardian” em outubro de 2008, Saviano disse que Maradona era considerado “O Messias de Napoli” e comentou sobre o episódio das drogas.
“A Camorra começou a chamar a atenção internacional em 1991 quando foi revelada a sua relação com Maradona. Ele comprava sua cocaína da Camorra e se tornou uma espécie de troféu para os chefões da máfia. Maradona foi fotografado tomando banho de sol em iates de mafiosos e no casamento de suas filhas”.
Em entrevista ao “The Guardian” em outubro de 2008, Saviano disse que Maradona era considerado “O Messias de Napoli” e comentou sobre o episódio das drogas.
“A Camorra começou a chamar a atenção internacional em 1991 quando foi revelada a sua relação com Maradona. Ele comprava sua cocaína da Camorra e se tornou uma espécie de troféu para os chefões da máfia. Maradona foi fotografado tomando banho de sol em iates de mafiosos e no casamento de suas filhas”.
Ídolo do Napoli, Maradona jogou pelo time da cidade entre 1984 e 1991, quando conquistou dois Campeonatos Italianos (1987 e 1990), uma Copa da Itália (1987), uma Copa da Uefa (1989) e uma Supercopa da Itália (1990). Esta foi a melhor fase da história do Napoli. Não é a toa que ele é um semideus na cidade, a ponto de, durante as semifinais da Copa de 90, muitos italianos terem torcido pela Argentina quando os hermanos enfrentaram a Itália.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)
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