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domingo, 28 de dezembro de 2008

Liverpool abre vantagem na Inglaterra

O domingo não poderia ter sido melhor para os torcedores do Liverpool. Ao abrirem a 20ª rodada do Campeonato Inglês, os Reds foram até St. James Park e não tomaram conhecimento do Newcastle ao golearem por 5 a 1. Com o resultado, o time de Rafa Benitez chegou a 45 pontos e abriu três de vantagem sobre o Chelsea

A equipe dirigida por Felipão não passou de um empate, fora de casa, com o Fulham por 2 a 2. O herói do jogo foi o americano Dempsey, que marcou dois gols, o segundo aos 44 da etapa final, ofuscando a boa atuação do meia Lampard, também autor de dois gols. 

No estádio do Newcastle, apesar dos cinco gols, o goleiro Given brilhou fazendo grandes defesas, impedindo que o placar fosse ainda mais elástico. Do lado dos Reds, Gerrard, autor de dois gols, foi o destaque, ao lado do brasileiro Lucas, que teve boa atuação. Babbel, Hyppia e Xabi Alonso, de pênalti, completaram o placar enquanto Edgar descontou para o Newcastle. 

Não foi apenas o Chelsea que decepcionou. O Manchester City visitou o Blackburn e também não passou de um empate com os Rovers. O 2 a 2 manteve a equipe de Robinho, que marcou um gol, na 13ª posição, com 22 pontos. 

Já o Arsenal recebeu o Portsmouth e venceu por 1 a 0, gol do zagueiro Gallas. O resultado deixou os Gunners na quarta posição, com 35 pontos. 

Veja todos os resultados e os jogos da rodada: 

Newcastle 1 x 5 Liverpool 
Arsenal 1 x 0 Portsmouth 
Bolton 0 x 1 Wigan 
Everton 3 x 0 Sunderland 
Fulham 2 x 2 Chelsea 
West Bromwich x 2 x 0 Tottenham 
West Ham x 2 x 1 Stoke City 
Blackburn x 2 x 2 Manchester City 

Segunda-feira: 

Manchester United x Middlesbrough 

Terça-feira: 

Hull City x Aston Villa


(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Nem na semana do Natal a bola deixa de rolar

Quem disse que não tem futebol durante as festas de fim de ano? Enquanto você ainda vasculha restos de peru na geladeira ou procura as últimas rabanadas para comer, na Inglaterra a bola vai rolar nos mais variados campos, dos badalados Stamford Bridge, Anfield Road ou White Heart Lane aos diminutos Broadhall Way e Stonebridge Road, estádios, respectivamente, do Stevenage e do Ebbsfleet United, da quinta divisão. 

Sim amigos, nesta sexta-feira é dia de Boxing Day. O dia seguinte ao Natal em que é disputada uma rodada inteira dos campeonatos nacionais da Inglaterra. Assim, estarão em campo os 20 times da primeira divisão e mais outros 96 das demais séries em busca da vitória, dos três pontos, para manter o grupo unido, etc e tal. 

Mas o que é esse tal de Dia da Caixinha? Como Planeta que Rola também é cultura a gente explica. O Boxing Day é um feriado tradicional no Reino Unido – e também na Austrália, Canadá e Nova Zelândia – que acontece sempre no primeiro dia útil após o Natal. Nesta data, se agradecia à comunidade pelos serviços prestados durante o ano concedendo aos mais pobres presentes, comida ou mesmo dinheiro. 

A data é comemorada desde a Idade Média na Inglaterra, onde o dia é também conhecido como St. Stephens Day, em referência a um dos primeiros mártires cristãos, que morreu apedrejado em Jerusalém entre os anos 34 e 35 depois de Cristo. 

A origem do termo “boxing day” remeteria às caixas que ficavam nas igrejas para arrecadar dinheiro que seria usado para ajudar os mais pobres. No dia 25, essas caixas eram abertas e no dia seguinte ocorria a distribuição. Há uma outra versão que trata de uma caixinha de Natal colocada por um padre nos navios parados em portos ingleses. Aqueles que quisessem um retorno seguro depositavam um dinheiro nestas caixas e a mantinham intactas durante a viagem. Se o navio retornasse a salvo, a caixa era entregue ao padre num gesto de agradecimento que a guardava até o Natal, quando ele a abria e distribuía o dinheiro aos mais pobres. 

Além do futebol, o Boxing Day também um dia tradicional para caçar na Inglaterra. Coitado dos bichos. Mais recentemente, porém, ele ganhou um novo significado. Passou a ser o dia em que se iniciam as liquidações de Natal na Inglaterra, o paraíso para mãos de vaca como este que vos tecla. 

Só que mais importante do que isso tudo, é a rodada da Premier League, que vai indicar o campeão de inverno na Inglaterra, que a gente pode dizer que é uma espécie de Taça Rio ou Taça Guanabara sem troféu. Enfim, com o campeonato chegando na metade, teremos um indicativo de quais devem ser os objetivos do seu time daqui para frente. 

Como o Manchester United tem dois jogos a menos devido a disputa do Mundial de Clubes, no qual acabou campeão, a disputa deste simbólico título está entre o Liverpool, que recebe o Bolton em Anfield Road, e o Chelsea, que também joga em casa, contra o West Bronwich. 

Com 39 pontos, os Reds se mantêm na ponta sem depender de ninguém se vencerem. Na segunda posição, com um ponto a menos, os Blues precisam da vitória e torcer por pelo menos um empate do Liverpool. O problema é que tanto o time de Rafa Benitez quanto o de Felipão têm dado mole nas últimas rodadas e entregado o ouro. Só neste campeonato, o Liverpool perdeu pontos para o Hull City, West Ham e Fulham. O Chelsea não ficou atrás e perdeu pontos para Everton, West Ham e Newcastle. 

E os adversários da rodada são típicos para eles aprontarem de novo. O Bolton ocupa uma modesta nona posição, com 23 pontos. Já o West Bronwich é o lanterna com 15 pontos. Será que eles vão manter a velha tradição do Boxing Day e continuar dando presentes aos mais pobres? A conferir mais tarde. 

Abaixo toda a rodada do futebol inglês

Premier League

Stoke City x Manchester United 
Chelsea x West Bromwich 
Portsmouth x West Ham 
Tottenham x Fulham 
Liverpool x Bolton 
Manchester City x Hull City 
Middlesbrough x Everton 
Sunderland x Blackburn 
Wigan Athletic x Newcastle 
Aston Villa x Arsenal 

League Championship (segunda divisão): 
Watford x Bristol City 
Charlton Athletic x Queens Park Rangers 
Crystal Palace x Norwich 
Burnley x Barnsley 
Ipswich x Birmingham 
Nottingham Forest x Doncaster 
Plymouth Argyle x Southampton 
Preston North End x Derby County 
Reading x Cardiff 
Sheffield Wednesday x Blackpool 
Swansea x Coventry City 
Wolverhampton x Sheffield United 

League One (terceira divisão): 
Peterborough x Millwall 
Bristol x Milton Keynes Dons 
Brighton & Hove x Colchester 
Carlisle x Huddersfield Town 
Crewe Alexandra x Oldham Athletic 
Hereford x Tranmere 
Leeds United x Leicester City 
Leyton Orient x Swindon 
Scunthorpe x Hartlepool 
Southend x Northampton 
Walsall x Stockport County 
Yeovil x Cheltenham 

League Two (quarta divisão): 
Barnet x Aldershot 
Brentford x Bournemouth 
Bury x Darlington 
Chester x Accrington 
Chesterfield x Luton Town 
Dagenham & R'bridge x Gillingham 
Grimsby x Notts County 
Lincoln x Bradford 
Morecambe x Macclesfield 
Rochdale x Shrewsbury 
Rotherham x Port Vale 
Wycombe x Exeter City 

Conference (quinta divisão): 

Northwich x Altrincham 
Kidderminster x Forest Green 
Barrow x Wrexham 
Burton x York 
Cambridge x Histon 
Eastbourne Borough x Lewes 
Ebbsfleet United x Grays 
Kettering x Mansfield 
Salisbury City x Oxford 
Stevenage x Rushden & Diamonds 
Weymouth x Torquay 
Woking x Crawley


(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

domingo, 21 de dezembro de 2008

O mundo é novamente do Manchester United

Faltou pouco para a história de 2005 e 2006 se repetir em Yokohama, no Japão. Mas a LDU não soube aproveitar as poucas e grandes chances que criou e viu o Manchester United impor sua melhor categoria para vencer os equatorianos por 1 a 0, conquistando seu segundo título mundial. Os ingleses, assim, se juntam a Bayern de Munique, Ajax, Independiente, Internazionale, Juventus, Porto e Santos no seleto grupo dos bicampeões mundiais. O maior vencedor de títulos é o Milan, com quatro conquistas.
Se não chegou a passar sufoco, a vitória do Manchester tampouco foi um passeio. Assim como São Paulo (2005) e o Inter (2006), a LDU adotou a mesma tática de se defender permanentemente e tentar encaixar uma boa jogada que lhe valesse a glória. Os equatorianos, que buscavam o primeiro título da história do país, tiveram até uma boa oportunidade logo no início da partida, mas durante boa parte do jogo o goleiro Van der Sar foi um mero espectador.
Quem pressionava e tentava definir logo a disputa era a equipe de Alex Ferguson. O escocês, aliás, também conquistou seu segundo título mundial. Ele já fora campeão em 1999, quando treinava o próprio Manchester. Os Red Devils desperdiçavam uma oportunidade atrás da outra no primeiro tempo. Rooney teve três ótimas chances aos 9, aos 14 e aos 21, quando recebeu belo passe de Anderson e arriscou por cobertura, errando o alvo.
Tevez também quase abriu o placar aos 19 numa cabeçada que Cevallos, a principal figura da LDU na partida, foi buscar no canto do gol.
No segundo tempo, porém, o jogo deixou de ser um mero ataque contra defesa quando logo aos 3 Vidic foi expulso por uma agressão em Bieler. O cartão vermelho obrigou Ferguson a tirar Tevez de campo e colocar Evans para recompor a defesa.
Com um a menos, os ingleses já não conseguiam criar com freqüência as oportunidades de gol. Aos 10, Cristiano Ronaldo teve uma boa chance de abrir o placar, mas novamente foi impedido por Cevallos.
Acreditando na vitória, a LDU passou a sair um pouco mais para o jogo. Aos 17, Manso obrigou Van der Sar a fazer uma ótima defesa num chute de fora da área.
Só que aos 28, a dupla Cristiano Ronaldo-Wayne Rooney acabou desequilibrando a partida. O português recebeu na entrada da área, ajeitou e deu um passe para o inglês que tocou de primeira no canto esquerdo de Cevallos, praticamente acabando com o sonho equatoriano naquele momento da partida.
Manso ainda teria uma chance de levar o jogo para a prorrogação aos 43, mas Van der Sar tratou de deixar o troféu seguir merecidamente o caminho de Old Trafford ao som, para variar, de "We are the champions", do Queen.
O mundo é novamente do Manchester United, que reagiu ao fim da partida assim, meio blasé, mas no pódio, quando o capitão Rio Ferdinand levantou a taça, se animou um pouco mais. Comovente mesmo foi o choro do goleiro Cevallos no fim da partida. Mas não deu para a LDU que volta para casa com um honroso vice-campeonato mundial. No final do jogo, Wayne Rooney fo eleito o melhor jogador da partida.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

sábado, 20 de dezembro de 2008

A terceira vez do Manchester no Japão

No próximo domingo, o Manchester United disputará pela terceira vez a decisão do mundial de clubes. Será a primeira vez, no entanto, que a equipe inglesa estará na final do torneio a partir do momento que ele ganhou, digamos, a chancela da Fifa (e muitos times babas até que se chega ao óbvio, o campeão sul-americano contra o campeão europeu). 

Mas como não respeitamos a dona Fifa podemos dizer que o Manchester pode se sagrar no fim de semana bicampeão mundial. Caso isso aconteça, os Red Devils se juntam a um seleto grupo que conta com o Bayern de Munique, o Ajax, Independiente, Inter, Juventus, Porto e o Santos. O maior vencedor de mundiais é o Milan com quatro troféus. 

Para faturar o bi, o time comandado por Sir Alex Ferguson terá pela frente a LDU, de lembranças dolorosas para a torcida tricolor e que eliminou o Pachuca nas semifinais. A equipe vem motivada. Afinal, o futebol equatoriano nunca teve um time sequer na decisão do mundial. Se vencerem o troféu, portanto, será um feito de proporções épicas. É para ter feriado nacional.

Uma vitória equatoriana serviria ainda para aumentar a vantagem sul-americana sobre os europeus. Apesar do poderio financeiro dos clubes do Velho Continente, os sul-americanos conquistaram 25 mundiais contra 21 dos europeus
O bicampeonato do Manchester representaria também o segundo título da história da Inglaterra. Liverpool (três vezes), Aston Villa e Nottingham Forest já disputaram o título intercontinental, mas morreram na praia. 

Vamos relembrar então como foram as decisões dos Red Devils. Em 1968, não havia a tradicional disputa no Japão. O troféu era decidido em dois jogos, um em cada casa. Há 40 anos, o Manchester, que por incrível que pareça não era treinado pelo Ferguson, mas por outro lendário treinador, Matt Busby, encarava os argentinos do Estudiantes de La Plata. Os ingleses tinham craques como Bobby Charlton e George Best. Mas os argentinos também não ficavam atrás e tinham nomes como Carlos Bilardo e La Bruja Juan Veron, pai do atual meia do Estudiantes Juan Sebastian Veron. 

O primeiro jogo foi disputado no dia 25 de setembro na Bombonera, estádio do Boca Juniors. Os argentinos venceram por 1 a 0, gol de Conigliaro. Na segunda e decisiva partida, marcado para o dia 16 de outubro em Old Trafford, os ingleses acharam que conseguiriam tirar a vantagem, mas Veron logo abriu o placar aos 7 minutos. Morgan só viria a empatar aos 45 da etapa final, quando o título argentino já estava praticamente garantido. 

O Manchester entrou em campo com Stepney, Dunne, Foulkes, Sadler e Brennan; Crerand e Bobby Charlton; Morgan, Kidd, Law (Sartory) e George Best. O Estudiantes campeão do mundo formou como Alberto Poletti, Oscar Malbernat, Ramon Suarez, Horacio Madero e Hugo Medina; Carlos Billardo, Carlos Pachamé e Nestor Togneri; Felipe Ribaudo (Juan Mighel Echecopar), Conigliaro e Juan Ramon Verón. Técnico: Osvaldo Zubeldía. Abaixo um vídeo com melhores momentos dos dois jogo finais e reportagens da época falando do Estudiantes que encontrei no youtube. A qualidade não é das melhores, mas dá para ver bem lances dos jogos e como o clima não foi nada amistoso entre os times.


Em 1999, o Manchester seria finalmente campeão mundial. Já comandado por Ferguson, os Red Devils derrotaram o Palmeiras por 1 a 0 em Tóquio. O único gol da partida foi marcado pelo volante Roy Keane, hoje aposentado. Do time que disputou aquela final, três jogadores podem ser bicampeões: Gary Neville, Paul Scholes e Ryan Giggs. 

Na ocasião, o Manchester jogou com Bosnich, Gary Neville, Dennis Irwin, Jaap Stam e Silvestre; Roy Keane, Nick Butt, David Beckham e Paul Scholes (Teddy Sheringham); Ryan Giggs e Solskjaer (Yorke). Técnico: Alex Ferguson. O Palmeiras, então treinado por Luiz Felipe Scolari, entrou em campo com Marcos, Arce, Júnior Baiano, Roque Júnior e Júnior; César Sampaio, Galeano (Evair), Zinho e Alex; Asprilla (Oséas) e Paulo Nunes (Euller). Abaixo um vídeo bem curto com o gol do título.


(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

sábado, 13 de dezembro de 2008

O entrave de Anfield Road

Há 18 anos sem conquistar o título inglês, o Liverpool vai dando sopa para o azar (e para o Chelsea) na disputa deste ano. Neste sábado, os Reds empataram por 2 a 2 com o pequeno Hull City e só se mantêm na liderança da Premier League porque a equipe dirigida por Felipão joga apenas no domingo, quando enfrenta, em casa, o West Ham. Uma vitória em Stamford Bridge faz o Chelsea, que tem 36 pontos, reassumir a liderança com um ponto a frente do Liverpool, que chegou a 38.
Tudo isso apesar das vitórias do time dirigido por Rafa Benitez contra dois dos principais postulantes ao título no início da temporada (1 a 0 sobre o Chelsea fora de casa e 2 a 1 sobre o Manchester United em casa).
O que tem pesado contra os Reds neste momento em que a temporada se aproxima da metade? Por incrível que pareça os pontos que o time vem perdendo em Anfield Road, seu lendário estádio onde "You will never walk alone" é um hit mais cantado do que "Help" ou "A Hard Day's Night".
Contando com os pontos perdidos para o Hull, os Reds já contabilizam oito a menos na tabela de classificação. Todos pontos perdidos para times pequenos. Dois deles que subiram neste ano da segunda divisão: Stoke City (0 x 0) e Hull City. A equipe ainda empatou com o Fulham (0 a 0) e o West Ham (0 a 0).
Em todos os 19 jogos que fez na temporada passada, o Liverpool perdeu 15 dos 57 pontos disputados. Sendo que cinco foram em clássicos, contra o Arsenal (1 a 1) e o Manchester United (0 a 1), o que pode ser considerado normal. Ou seja, o campeonato não chegou nem na metade, e o Liverpool já perdeu quase o mesmo número de pontos daqueles irrecuperáveis (no caso 10) numa competição de pontos corridos. Pode fazer falta no final.
E os Reds só não perderam a primeira em casa nesta temporada porque contou com um Steven Gerrard inspirado neste sábado. Com dois gols, o meia salvou o Liverpool da derrota após um início de partida em que deu tudo errado para a sua equipe. Logo aos 11, McShane abriu o placar numa cabeçada. Dez minutos depois, Mandy, que ganhava todas do fraquíssimo Dossena, invadiu a área e bateu cruzado para o meio da área. A bola bateu em Carragher, que acabou marcando contra.
A partir daí, os Reds reagiram e chegaram ao empate com os gols do meia da seleção inglesa aos 23 e aos 32. Depois o Liverpool pressionou muito, chegou a acertar uma bola na trave aos 14 minutos do segundo tempo com Hyppia, mas não conseguiu a vitória. Agora, só resta secar o Chelsea.
Resultados da rodada:
Middlesbrough 1 x 1 Arsenal
Aston Villa 4 x 2 Bolton
Manchester City 0 x 1 Everton
Stoke City 0 x 0 Fulham
Sunderland 4 x 0 West Bronwich
Wigan 3 x 0 Blackburn
Tottenham 0 x 0 Manchester United
Domingo:
Portsmouth x Newcastle
Chelsea x West Ham
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Time desconhecido da semana - Simba SC

Hoje vamos falar de um time da terra de Farookh Bulsara. Você não sabe quem é Farookh Bulsara? Tem certeza? Não ligou o nome à pessoa? Então vamos explicar. Aproveitando que o Queen + Paul Rodgers passou por aqui por esses dias, resolvemos falar de um time da terra de Freddie Mercury. O vocalista clássico do velho Queen nasceu sob o singelo nome de Farookh Bulsara no arquipélago de Zanzibar, cujas primeiras letras se uniram às de Tanganyika para formar o bonito nome Tanzânia.
Se o nobre leitor, porém, estiver dizendo que a gente não pode usar este mote porque o vocalista atual do Queen é o Paul Rodgers, respondemos que Rodgers é de Middlesbrough e este time é muito conhecido. Aparece todo dia nas páginas do jornal. Para vocês terem uma idéia, o Afonso Alves joga lá. Além do mais, Freddie aparece no show num, digamos, “dueto espírita” com Rodgers em “Bohemian Rhapsody”. Logo, está valendo.
Dadas as explicações, viajamos até a Tanzânia para escrever tudo o que sabemos sobre o Simba Sports Club (e tivemos que suar para conseguir isso). Embora não seja o Rei Leão da Disney, o Simba é o manda-chuva da floresta lá pelos cantos da Tanzânia. O alvirrubro é o maior campeão da história daquele país com 17 conquistas, tendo dois títulos a mais do que o seu principal rival, o Young Africans.
Fundado em 1936, o Simba – que, aliás, significa Leões em suali – é mais um time da nossa série a sofrer com crises de identidade. A equipe já teve diversos nomes entre eles, vejam só, Queens. Sim, Rainhas era como a equipe era chamada quando foi feita (se é que foi) a ata de fundação do clube. O clube também já se chamou Eagles e Dar Sunderland. Foi com este nome, aliás, que ele conquistou seus dois primeiros campeonatos nacionais em 1965 e 1966.
Em 1971, porém, o nosso Taifa Kubwa ou Msimbazi Street Boys, apelidos pelos quais o time é conhecido, resolveu definitivamente seu problema e ganhou o nome atual. E pelo visto deu sorte, pois a partir daí o time conquistou mais 15 torneios nacionais, além de três Copas da Tanzânia (1984, 1995 e 2000).
Mas a maior glória do Simba não é um troféu levantado ao som de “We are the champions” e sim a sua maior participação num torneio continental. Em 1993, o time foi finalista da Copa da África. Na ocasião, a equipe perdeu para o Stella Abidjan, da Costa do Marfim, por 2 a 0 após um 0 a 0 na primeira partida.
Natural de Dar es Salaam, maior cidade da Tanzânia e que já foi capital do país até perder o status para Dodoma em 1996, o Simba mandava seus jogos no National Stadium, cujo nome oficial é William Mkapa Stadium. O local tem capacidade para 25 mil espectadores. Mas hoje o time também disputa suas partidas no Benjamim Mkapa Stadium, com capacidade para 60 mil pessoas e que foi fundado no ano passado com direito a todas as especificações da Fifa. Será que a Tanzânia também está pleiteando a organização de uma Copa?
Um estádio que é muito maior que o anterior, mas que não condiz com o futebol apresentado neste temporada pelo Simba. Atualmente, o time ocupa uma modestíssima sexta posição no “Tanzanão 2008”. Após 11 rodadas, a equipe soma 14 pontos, a metade do Young Africans que caminha a passos largos para a conquista de mais um título. Ainda falta a disputa de todo o segundo turno (o Tanzanão tem 12 equipes), mas pelo visto o troféu vai ficar entre o Africans e o Kagera Sugar, que soma 23 pontos.
Contudo vamos continuar torcendo pelo Simba. Até porque há uma lenda de que quando o time é citado aqui neste espaço ele costuma se dar bem e desanda a ganhar. Taí o Hoffenheim, líder da Bundesliga, que não nos deixa mentir.
É isso galera. Até o próximo time bizarro. Como não consegui nem um site oficial do Simba, muito menos da Federação de Futebol da Tanzânia, não tenho como indicar links para uma leitura suplementar. Se, no entanto, vocês descobrirem algo, não tenham vergonha de nos dizer. Prometemos um grande prêmio: a citação do seu nome no post.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)