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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Alemães encontram bomba da Segunda Guerra perto do estádio do Dortmund

A coletiva que o técnico Jürgen Klopp daria nesta quinta-feira no estádio Signal Iduna Park para falar sobre o clássico entre Borussia Dortmund e Schalke 04, no próximo sábado, teve que ser trocada de lugar porque uma bomba da Segunda Guerra Mundial foi encontrada enterrada nas proximidades do estádio. A bomba de 250 kg foi achada em um canteiro de obras após uma análise de fotos aéreas da região.
Por causa do explosivo, a cidade de Dortmund teve que evacuar o estádio e as casas na região numa área de 250 metros para que possa ser feito o trabalho de retirada do artefato.
- A região é pouco povoada, mas precisamos ter certeza que não há ninguém na área restrita. Especialmente no jardim Bolmketal - disse o porta-voz da cidade de Dortmund, Hans-Joachim Skupsch, ao jornal "Ruhr Nachrichten".
De acordo com o Borussia Dortmund, eles não sabem quanto tempo a área em torno do estádio ficará fechada. Mas a realização da partida não está ameaçada, pois a bomba deve ser desativada ainda nesta quinta-feira.
O subsolo de muitas cidades alemães ainda tem bombas jogadas pelos aliados e pelos soviéticos durante a Segunda Guerra Mundial. A maioria das bombas são desarmadas com segurança, mas ainda é difícil encontrar a localização exata de todas elas.
Em Berlim, as autoridades alemãs acreditam que ainda há 3 mil bombas não encontradas e especialistas alertam que conforme o tempo passa elas vão ficando cada vez mais perigosas, pois a ferrugem vai fragilizando as estruturas delas.
Esta não é a primeira vez que um explosivo é encontrado na região de um estádio de futebol. Em maio de 2012, os alemães encontraram uma bomba de 120 kg no antigo estádio Grünwald, onde Bayern de Munique e Munique 1860 mandavam seus jogos antes da construção do Estádio Olímpico.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Gustavo Bou, o artilheiro que já faz história na Libertadores

A Libertadores mal começou, mas já tem um destaque. Trata-se do atacante Gustavo Bou, de 25 anos. Autor de seis gols em dois jogos, o centroavante tem uma média de gols de fazer inveja a Messi e Cristiano Ronaldo e com apenas duas partidas já superou o número marcado pelos artilheiros da Libertadores do ano passado.
Na temporada passada, os artilheiros do torneio foram o paraguaio Julio dos Santos, ex-Cerro Porteño e hoje no Vasco, e o uruguaio Nicolás Olivera, do Defensor, que marcaram cinco gols. Bou já disparou na artilharia apenas com os três gols marcados contra o Deportivo Táchira e outros três marcados nesta terça-feira, contra o Guaraní, do Paraguai.
Com dois hat-tricks seguidos, Bou também igualou um feito na história da competição. Apenas Juan Carlos Sanchez havia conseguido essa marca, em 1985, quando jogava pelo Blooming, da Bolívia.
E fazer o que Bou já conseguiu na atual edição do torneio é tão raro que apenas outros cinco jogadores conseguiram marcar três gols em duas partidas de uma mesma edição da Libertadores: Ferreira, pelo Olimpia (1970), Alberto Acosta, pela Universidad Católica (1997), Luizão, pelo Corinthians (2000), Blanco, pelo América do México (2000) e Rodrigo Mendes, pelo Grêmio (2002).
Formado pelo River Plate, Bou chegou ao Racing no ano passado por empréstimo. Contratado em definitivo, ele não tem decepcionado a torcida de Avellaneda. Já são 15 gols em 19 partidas e muitos elogios do técnico Diego Cocca.
- Bou é uma aposta que  está se saindo bem. Era isso que buscávamos quando chegamos ao Racing. O vejo no futuro da seleção - disse o treinador, já prevendo que o artilheiro terá vida curta no clube, pois não faltarão propostas para o jogador.
- Bou merece esse presente por tudo o que o criticaram e pela humildade que demonstrou em seu início. Nosso objetivo é torná-lo cada dia mais completo. Pela posição que joga e pelo rendimento que está tendo, vai ser muito difícil mantê-lo.
Com nove gols a favor e um contra, o Racing teve um início fulminante de Libertadores no grupo 8. E boa parte do sucesso do campeão argentino se deve a Bou, autor do 100º gol do clube em Libertadores.
- Pelo formato da Libertadores, convém somar a maior quantidade de pontos possíveis para evitar rivais mais complicados na fase final. Ali, não há margem para erro. A Libertadores é muito difícil e você não pode cometer erros - analisou o treinador.
NÚMEROS EXPRESSIVOS
Os números de Bou são tão impressionantes que só com os gols marcados em duas rodadas, ele também poderia ter sido o artilheiro de outras 10 edições da Libertadores. Em 1961, 1977 e 1988, os artilheiros do torneio também marcaram menos gols do que Bou.
Agora o atacante pode até sonhar com um recorde da Libertadores. Se tornar o maior artilheiro de uma única edição da competição. Esta marca ainda pertence a Daniel Onega, autor de 17 gols pelo River Plate em 1966. 
Veja em quais edições da Libertadores Bou teria sido o artilheiro:
1961 - Walter Perazzo (Independiente) - 5 gols
1962 - Coutinho (Santos) - 6 gols
1972 - Toninho (São Paulo) e Teófilo Cubillas (Alianza Lima) - 6 gols
1977 - Néstor Scotta (Deportivo Cali) - 5 gols
1979 - Miltão (Guarani) e J. J. Oré (Universitario) - 6 gols
1980 - Waldemar Victoriano (Nacional) - 6 gols
1988 - Iguarán (Millonarios) - 5 gols
1999 - Fernando Baiano (Corinthians), Victor Bonilla e Martín Zapata (Deportivo Cali), Gauchinho e Mauro Caballero (Cerro Porteño) - 6 gols
2006 - Nilmar (Corinthians), Borja (El Nacional), Calderón e Pavone (Estudiantes), Fernandão (Internacional), Delgado e Urrutia (LDU), Marcinho e Washington (Palmeiras), Farías e Montenegro (River Plate), Aloísio (São Paulo), Quinteros (Universidad Católica) e Ereros (Vélez Sarsfield) - 5 gols
2014 - Julio dos Santos (Cerro Porteño) e Nicolás Olivera (Defensor Sporting) - 5 gols
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Jogadores do River Plate vão tomar viagra para combater a altitude

A altitude é um vilão eternamente lembrado a cada edição da Copa Libertadores. Principalmente pelos times brasileiros que vão jogar na Bolívia ou no Equador. Na Argentina os clubes também reclamam da altitude, mas um remédio tem sido usado para combater os seus efeitos. Depois do San Lorenzo no ano passado, o River Plate dará Viagra aos seus jogadores para eles tentarem resistir aos efeitos dos 3.735m acima do nível do mar na cidade de Oruro, na Bolívia, onde o time enfrenta nesta quinta-feira o San José.
O jogo válido pelo grupo 6 marcará a estreia do time campeão da Copa Sul-Americana na edição deste ano do torneio. E o River não quer sofrer como o Internacional, que perdeu na sua estreia para o The Strongest na altitude de 3.640m de La Paz, na Bolívia. No outro jogo desta quinta, o Libertad recebe o Atlético Nacional de Medellín, pelo grupo 7.
De acordo com o médico do River, Pedro Hansing, o conhecido remédio contra a disfunção erétil ajuda os jogadores a respirarem melhor.
- O viagra estimula a circulação de oxigênio pelo sangue e ajuda a respirar melhor. O objetivo é esse: melhorar a oxigenação para atenuar a falta de oxigênio que há em Oruro - disse o médico, em entrevista à rádio "América".
Para aguentarem os efeitos da altitude, o clube também decidiu ir para Oruro apenas nesta quinta-feira. Os atletas ficaram hospedados em Santa Cruz de la Sierra, que fica a 800m de altitude, antes de ir para o estádio. 
Segundo Hansing, o River está se preparando há 20 dias para esta partida. Além do Viagra, o time vinha se adaptando em câmaras hiperbáricas e vai tomar também aspirina e cafeína.
- É preciso administrar os remédios antes de ir à altura para que os efeitos não descompensem os jogadores - afirmou.
No ano passado, o San Lorenzo usou do mesmo remédio para superar os efeitos da altitude de La Paz, onde o time enfrentou o Bolívar. O clube fez o mesmo na primeira fase, contra o Independiente del Valle, do Equador. A estratégia deu certo. O time argentino, que conquistaria o seu primeiro título da competição, empatou no Equador por 1 a 1 e perdeu apenas por 1 a 0 na Bolívia.
RESULTADOS
O jogo desta quinta é o segundo do grupo 6. Na madrugada desta quinta-feira, o Tigres derrotou o Juan Aurich por 3 a 0 em Monterrey.
Nesta quarta-feira, o Corinthians bateu o São Paulo por 2 a 0 no clássico brasileiro do grupo 2 do torneio. Já o Atlético-MG perdeu para o Colo Colo por 2 a 0.
No Chile, o Boca Juniors estreou com vitória sobre o Palestino por 2 a 0 em jogo pelo grupo 5. Pelo grupo 8, Guaraní e Sporting Cristal empataram em 2 a 2 no Paraguai.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Amory Green Rovers, o Íbis inglês

Marc Hodsdon (no centro) é jogador-treinador do time que é um dos piores do futebol inglês - Divulgação
Eles estão na lanterna de um campeonato que é equivalente à 12ª divisão do futebol inglês. Sim, 12ª DIVISÃO! Sofrem goleadas acachapantes como 22 a 0 ou 17 a 0. Sua média de gols contra é de 7,5 por partida. Mas não há crise, briga no elenco e nem o treinador está ameaçado de perder o emprego. Estamos falando do Amory Green Rovers, o Íbis da Inglaterra e certamente um dos piores times do Reino Unido.
O Amory ocupa a lanterna da sétima divisão da Devon & Exeter Football League, que equivale à 12º divisão dentro do sistema inglês que, acredite, vai até a 24ª divisão. Não marcou sequer um ponto em 16 jogos no campeonato e já levou 120 gols na temporada.
Mas nada disso preocupa seus jogadores, todos amadores. Muito menos os "dirigentes". O Amory é um time cristão e considera que mais importante do que vencer é passar os valores éticos e morais de respeito ao próximo e amor através do esporte. Tanto que o time nunca tomou sequer um cartão amarelo ou vermelho na competição.
- Nós somos incrivelmente ruins. Podemos ser o pior time de futebol da Grã-Bretanha. Mas certamente somos os mais legais - brincou Marco Hodsdon, de 33 anos, jogador-treinador do Amory.
- Nós sempre damos o nosso melhor e tentamos vencer as partidas, mas nesta temporada já perdemos de 22 a 0 e 17 a 0. Sofremos algumas verdadeiras aniquilações. Mas não tivemos nenhuma expulsão, não discutimos com o árbitro, nossa atitude é sempre positiva. E somos abertos a todos, independentemente de sua habilidade com a bola.
Hodsdon, que trabalha como motorista de uma empilhadeira, começou a jogar no time quando tinha 23 anos. Ele garante que Amory nem sempre foi um saco de pancadas.
- Subimos de divisão algumas vezes, mas ai eu desisti de jogar, tive filhos. Voltei na temporada passada e agora queremos fazer tudo diferente - garante.
Mas o espírito no melhor estilo "o importante é competir" permanece.
- Eu encontrei a minha fé enquanto estive fora e para nós não é mais uma questão de rebaixamentos e promoções. Temos que acabar com as dívidas, conseguir um bom patrocínio, é claro, mas não é um caso mais de vitória. Só queremos ir lá e jogar futebol.
Talvez seja por isso que o time permanece feliz mesmo quando foi massacrado no "clássico" local.
- Quarta-feira passada perdemos de 15 a 1 no clássico aqui da região, mas ainda assim andamos como um time feliz em campo. Alguns jogadores do outro lado ainda discutiam entre eles e não aproveitavam (o jogo). O futebol não é sobre isso. Nós sempre apertamos as mãos dos jogadores do outro time.
Embora seja um time cristão, os jogadores não têm que necessariamente comungar da mesma fé para jogarem na equipe. É preciso apenas ter a mesma atitude de levar o futebol como um esporte.
- Você não precisa ser cristão para jogar aqui. Longe disso. Mas tem que jogar dentro da ética que estamos tentando criar aqui. E eu tenho tido muito apoio, mesmo depois que continuamos perdendo. Damos oportunidade a jogadores que sabemos que não foram abençoados com o talento, mas genuinamente amam o futebol - encerrou.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Leboeuf, o zagueiro campeão do mundo que pode ganhar um Oscar

 O ex-zagueiro durante a sua participação no filme 'A teoria de tudo', que conta a história de Stephen Hawking
O zagueiro Frank Leboeuf, hoje com 47 anos, não era um dos protagonistas da França campeã do mundo de 1998, mas fez parte do grupo e acabou jogando a final contra o Brasil por causa da expulsão do então titular Laurent Blanc na semifinal contra a Croácia. Leboeuf fez história como parte do time que conquistou o único título mundial dos franceses e agora pode se tornar o primeiro jogador a faturar os dois maiores "troféus" do futebol e do cinema.
Poucas pessoas repararam, mas Leboeuf está no elenco de "A teoria de tudo", filme que conta a história do físico Stephen Hawking, e que ganhou cinco indicações ao Oscar, entre elas a de melhor filme.
A participação do ex-zagueiro no filme é pequena, mas foi o suficiente para ele ser incluído no trailer da produção. Leboeuf é o médico que anuncia para Jane Hawking, a esposa de Stephen vivida pela atriz Felicity Jones, que o físico terá que fazer uma traqueostomia e pode nunca mais voltar a falar. Se você ainda não viu o filme, preste atenção no médico careca que vai aparecer logo após Stephen (interpretado por Eddie Redmayne), passar mal enquanto acompanhava uma ópera.
Leboeuf encerrou a carreira em 2005, após passagens por clubes como Strasbourg, Chelsea, Olympique de Marseille e Al Wakrah, do Qatar. Após pendurar as chuteiras, o zagueiro foi morar em Los Angeles por dois anos. Na cidade, ele jogou por um time amador, o Hollywood United, mas a sua grande motivação era estudar em escolas de interpretação, pois virar ator era uma paixão de infância.
O ex-jogador estudou no Instituto Lee Strasberg, onde estiveram nomes como Robert de Niro, Scarlett Johansson, Angelina Jolie e Mickey Rourke. Depois dos estudos, ele começou a buscar o seu espaço. Após participar de uma pequena produção de TV, Leboeuf atuou em diversas peças de teatro na França e começou a fazer participações em filmes. O francês está ainda em “Allies”, um drama de guerra em que vive um soldado da resistência francesa durante a Segunda Guerra Mundial.
- Eu sempre fui apaixonado por atuar desde que era jovem. Mesmo antes de pensar em futebol, eu queria ser ator. Não é um acaso, é algo que eu desejava há muito tempo. Em 2000, eu fiz um filme, Taking Sides, enquanto era jogador do Chelsea. Então, depois que eu parei de jogar futebol, comecei a fazer cursos de interpretação por dois anos em Los Angeles. Eu trabalhei duro nisso. Praticava de quatro a cinco horas no palco ou atrás das câmeras para aprender – disse o ex-zagueiro, em entrevista em novembro do ano passado para o site “RadioTimes”.
Aos poucos, Leboeuf foi conseguindo trabalhos. Sua página no IMDB, site especializado em cinema, informa que ele tem dois filmes em pós-produção, ou seja, que estão em fase final para serem lançados: “Caravaggio and my mother the Pope” e “The Eight Sin” e uma produção que ele está filmando, “400 boys”, com previsão de lançamento em 2016.
Mas o início de Leboeuf foi difícil. Ele conta que não era levado à sério na França.
- Na França, eu não podia fazer testes porque eles sempre pensavam que eu era um jogador de futebol e não me levavam à sério. Mas na Inglaterra, eu ganhei oportunidades. Participei de duas produções, “Allies” e “A teoria de tudo”. Eles me deram a chance de mostrar minhas novas habilidades e eu sou grato por isso - afirmou.
- As pessoas dizem coisas estúpidas. Dizem: “Ah, todo jogador de futebol quer atuar”. Mas só há três na verdade: Vinnie Jones, Eric Cantona e eu – lembrou o ex-zagueiro, citando o ex-jogador inglês que atuou em filmes como “X-Men: o Confronto final” (2006) e “Snatch – porcos e diamantes” (2000) e o ex-atacante francês, que atuou em “Elizabeth” (1998) e é a estrela do divertido “À procura de Eric” (2009) em que o jogador faz um papel dele mesmo, um dos maiores ídolos do Manchester United.
Leboeuf como um soldado francês em 'Allies'
Por falar em Cantona, o ex-atacante foi o que chegou mais perto do que Leboeuf pode conseguir na semana que vem. “Elizabeth” ganhou um Oscar de maquiagem em 1999, mas o ex-atacante não fez parte do time campeão em 1998, pois se despediu da seleção após uma discussão com o técnico Aimé Jacquet.
Por outro lado, nem Cantona, nem o próprio Leboeuf conseguiram repetir ainda o que fez Neil Peterson. O desconhecido ex-jogador escocês do Dundee United nunca levou a carreira muito à sério. Ele queria permanecer como amador e se aposentou cedo, apesar do sucesso como capitão do clube escocês na temporada 1936-37. Virou escritor e em 1960 ganhou um Oscar pelo roteiro de "Almas em Leilão" (filme abaixo).
CONVERSAS COM JOHN MALKOVICH
Leboeuf conta que tentou pegar conselhos com John Malkovich, mas acabou não conseguindo.
- Eu fui me encontrar com John Malkovich quando estava em Marselha. Conversei um pouco com ele sobre os negócios, mas não queria incomodá-lo demais. Então, a maior parte do tempo conversamos sobre futebol e vinho.
Na mesma entrevista ao “RadioTimes”, Leboeuf conta que a experiência de participar de “Allies” foi incrível, falou das dificuldades de interpretar em uma língua diferente do francês - “Meu inglês é ok, mas eu tenho que trabalhar uma forma de encontrar a emoção e dizer o mesmo que diria em francês” – e traçou semelhantes entre atuar e jogar futebol.
- Nós conhecemos as câmeras e não temos medo de ficar diante delas. Também temos que ter cuidado com o que dizemos na frente delas. Às vezes, não queremos dizer a verdade porque os jornalistas querem nos fazer admitir algo que não queremos. Você precisa ser um pouco ator quando é jogador de futebol. Mas é difícil de comparar. Se você está num jogo, tem pelo menos pessoas na sua frente. Se está num filme, você filma e refilma e depois espera um ano para ver o que acontece - comparou.
Além de Vinnie Jones, Cantona e agora Leboeuf, outros jogadores já atuaram em algumas produções cinematográficas. Franz Beckenbauer e Paul Breitner já participaram de comédias alemães, enquanto que o ex-goleiro da seleção sueca Ronnie Hellström atuou em uma produção sobre futebol chamada “Finpem” em 1974. Os ex-atacantes italianos Roberto Boninsegna e Carlo Ancelotti, hoje técnico do Real Madrid, também participaram de um filme dirigido por Terence Hill chamado “Don Camillo” em 1984.
Até o Rei Pelé, que teve um filme feito sobre ele, deu seus chutes no cinema participando de produções ao lado dos Trapalhões (“Os Trapalhões e o Rei do Futebol”, de 1986) e de produções estrangeiras como “Hotshot” (1987) e “Fuga para a vitória” (1981), em que atua ao lado de Sylvester Stallone e dos também ex-jogadores Bobby Moore e Osvaldo Ardiles.
Mas nenhum deles levou realmente a nova carreira a sério, e talvez nem era o que desejassem, como Leboeuf. Fazer parte do Oscar, mesmo que com um pequeno papel, pode ser só o primeiro passo para voos mais altos do zagueiro que agora tenta vencer no mundo do cinema.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)