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sábado, 12 de junho de 2010

Procura-se um bom jogo na Copa do Mundo

Segundo dia de Copa do Mundo, cinco jogos realizados e uma média de gols pífia. Esse é o resumo do Mundial da África do Sul até agora. Pode até ainda ser cedo, mas é preocupante que após as estreias de três grandes seleções (França, Inglaterra e Argentina), duas delas favoritas, ninguém tenha mostrado ainda um futebol de encher os olhos. Eu sempre acho que o fantasma de 2006 está pairando sobre 2010.
Claro que Espanha, Holanda, Alemanha e Brasil ainda nã estrearam, mas a média de 1,4 gol por partida até o momento é desanimadora.
Hoje a Argentina entrou em campo e em 90 minutos mais acréscimos do 1 a 0 sobre a Nigéria podemos dizer com muito boa vontade que  de bom futebol chegamos a uns 25 minutos. Messi esteve bem. Perto do que costuma jogar no Barcelona, mas foi parado pelo goleiro Eneyama.
Mais tarde foi a vez de outra favorita, a Inglaterra, entrar em campo contra os Estados Unidos. O time inglês é bom e talentoso há muito tempo, mas como tem dificuldades para jogar grandes competições. Fracasso é o adjetivo mais associado à equipe neste século, quando caiu nas quartas de final das Copas de 2002 e 2006 e na Eurocopa de 2004. Há dois anos, sequer se classificou para a Euro.
A Copa do Mundo da África do Sul é a última chance para uma geração que ganhou muitos títulos importantes por seus clubes de dar uma alegria aos súditos da rainha. Dificilmente jogadores como Steven Gerrard (30 anos), John Terry (29), Frank Lampard (31), Gareth Barry (29), Jamie Carragher (32) e Emile Heskey (32) estarão no Brasil em 2014.
Como ficou mais do que claro no empate de 1 a 1 com os Estados Unidos, falta ao time de Fábio Capello um goleiro. O frangaço de Robert Green acabou sendo decisivo, mas ele não seria tão importante se o técnico italiano tivesse conseguido o que outros técnicos ingleses não conseguiram ainda: fazer Gerrard e Lampard jogarem bem juntos.
A partida dos dois hoje foi bastante discreta numa Inglaterra que até tem uma arma de ataque interessante: as jogadas pelas laterais aproveitando os avanços de Ashley Cole pela esquerda e Glen Johnson pela direita. Os melhores momentos do time inglês, aliás, vieram das tramas da dupla do Liverpool Gerrard-Johnson. Por alí também chegou a cair Aaron Lennon tornando o lado direito do time bastante forte.
Mas no segundo tempo, Gerrard caiu de produção, Lampard pouco apareceu e as jogadas por ali rarearam um pouco mais. Com Wayne Rooney ainda tentando recuperar a boa forma que exibia no Manchester United até se contundir num jogo contra o Bayern de Munique na Liga dos Campeões da Europa, a Inglaterra ficou sem poder de fogo. Heskey não é mais (se é que um dia foi) um atacante confiável e Peter Crouch é arma para o segundo tempo na velha tática do chuveirinho.
A Inglaterra depende do seu meio-campo e de Rooney. As atuações deles vão ser decisivas na campanha do English Team neste Mundial.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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