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domingo, 27 de junho de 2010

Argentina x Alemanha de novo

México nas oitavas de final e agora Alemanha nas quartas de final. A Copa de 2010 na sua fase de mata-mata tem sido igual para a Argentina ao torneio da Alemanha de quatro anos atrás. Mas agora o time de Maradona quer construir uma história diferente.
Há quatro anos, as duas equipes entraram em campo no estádio Olímpico de Berlim também para disputar uma vaga nas semifinais da Copa. Após o empate em 1 a 1 no tempo normal (gols de Klose, para os alemães e Ayala para os argentinos), a Alemanha acabou levando a melhor ao vencer por 4 a 2 nos pênaltis. Ayala e Cambiasso perderam as cobranças dos argentinos.
Aquele foi o quinto jogo entre argentinos e alemães que agora vão fazer o sexto confronto em Copas do Mundo. Os dois duelos mais importantes da história foram na final de 1986, que a Argentina venceu por 3 a 2, e na decisão de 1990, quando a Alemanha conquistou o tri ao vencer por 1 a 0. 

O primeiro jogo aconteceu na Copa de 1958, vitória da Alemanha por 3 a 1. Em 1966, houve o único empate do duelo: 0 a 0.
Quem pode vencer agora? Pelo que jogaram neste domingo, a Alemanha parece levar uma certa vantagem. A Argentina tem o talento de Messi e Tevez, mas uma defesa que pode ser um prato cheio para o veloz ataque alemão.
Se Özil e Thomas Müller se deram bem ao jogar nas costas de Ashley Cole e Glen Johnson e no buraco deixado entre o meio-campo e a defesa de Terry e Upson contra a Inglaterra, imagine o que não podem fazer diante de Otamendi (ou Jonas Gutiérrez) e Heinze. Se tivesse um time melhor e o árbitro tivesse anulado o primeiro gol argentino de Tevez, que estava impedido, o México poderia ter complicado a vida dos argentinos neste domingo. 
Até por privilegiar o seu forte ataque, a Argentina também tem um meio-campo frágil na marcação. Mascherano é o cão de guarda na frente da zaga enquanto Maxi Rodriguez ou Verón ajudam na marcação, mas também atacam quando o time vai a frente.
A seleção de Joachim Löw, por outro lado, parece ter um meio-campo mais equilibrado com Khedira, Schweinsteiger, Özil e Müller, sendo este jogando mais perto do ataque. E tem um ataque (Klose e Podolski) que soma quatro gols na Copa e parece gostar desse torneio.
Se Di Maria jogar a bola que jogou no Benfica e não o que apresentou até agora no Mundial (é uma das decepções da Copa), os argentinos podem complicar as coisas na defesa alemã. Se depender apenas de Messi, Tevez e dos gols de Higuaín, agora artilheiro isolado da Copa com quatro gols, pode ser pouco para chegar nas semifinais.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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