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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Com Robben, Holanda abre o jogo, mas Van Persie segue isolado

Se ainda não deu espetáculo, a Holanda ganhou uma opção de ataque e afunilou menos o jogo com a entrada de Robben no time no lugar de Van der Vaart. Na vitória sobre a Eslováquia por 2 a 1 que garantiu a Laranja Mecânica nas quartas de final da Copa do Mundo, os holandeses jogaram mais uma vez com muita frieza, cuidados defensivos e preocupados em garantir a vitória e os 100% neste Mundial da África do Sul.
Com Robben o time ganhou uma válvula de escape pela direita que não teve nos três primeiros jogos, quando afunilava demais o jogo pelo meio, concentrado no meio-campo que tinha no setor de criação Sneijder e Rafael Van der Vaart.
Para encarar possivelmente a seleção do Brasil, porém, o técnico Bert van Marwijk precisará resolver dois problemas. Um é na defesa. Pela primeira vez nesta Copa, o miolo de zaga formado por Heitinga e Mathijsen deixou buracos que só não complicaram a classificação da Laranja porque Stoch e Vittek não tem nem de perto a qualidade para finalizar de Luís Fabiano, por exemplo.
O outro problema é no ataque. É evidente que Van Persie não vem fazendo uma boa Copa. E para piorar, ele não tem um reserva a altura. Huntelaar fez uma péssima temporada no Milan e não dá sinais de que vai melhorar o ataque holandês quando entra em campo.
Por outro lado, o atacante do Arsenal sofre também por estar muito isolado no ataque. A Holanda de Van Marwijk joga num 4-2-3-1 com De Jong e Van Bommel no papel de volantes e a linha logo a frente com Sneijder centralizado, Robben pela direita e Kuyt pela esquerda.
Como essa Holanda joga marcando mais atrás do que nos acostumamos a ver na sua história, esses três jogadores partem do meio para a frente tocando a bola ou carregando ela e deixam Van Persie brigando com os zagueiros adversários. Foi assim contra Dinamarca, Japão, Camarões e agora contra a Eslováquia. Uma solução seria colocar Kuyt ou Robben mais a frente, ao lado de Van Persie, mas nesse caso a Holanda perde em poder de marcação.
A entrada de Robben, aliás, fez Kuyt ser menos acionado na partida do que nos primeiros jogos. Ou seja, a Holanda pode até perder o equilíbrio no seu jogo se não souber dosar os ataques.
A Holanda não encantou ainda, mas segue vencendo. Brasil ou Chile será o seu adversário mais difícil nesta Copa. Se passar pelo vencedor desta partida, os holandeses podem até embalar até a sua terceira final de Copa.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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