O Bayern de Munique confirmou todas as previsões de que seria um adversário muito duro para o Real Madrid. E a vitória bávara por 2 a 1 no Allianz Arena é a garantia de que ninguém vai ficar na defesa ou ser cauteloso na semana que vem no Santiago Bernabéu.
O 2 a 1 é um resultado que acaba sendo bom para as duas equipes e, por isso, o uso do clichê proposital no título mostrando que, ora, é um resultado perigoso. Se terá a vantagem do empate na capital espanhola, o Bayern será eliminado se tomar um gol do Real Madrid.
E, convenhamos, é praticamente impossível não levar um gol do melhor ataque do mundo. Em apenas três dos 52 jogos na temporada, o Real Madrid deixou o campo sem comemorar um gol. Assim, o Bayern terá que marcar pelo menos uma vez para ter alguma chance de chegar na final que será disputada no seu estádio.
Caso isso aconteça, aí é o Real Madrid que será obrigado a fazer dois gols para levar a partida para a prorrogação ou três para se classificar de forma direta. Isso, é claro, sem tomar mais gols, pois com uma vitória por um gol de vantagem a partir de 3 a 2, a festa é do Bayern.
Por isso o 2 a 1 é um resultado, digamos, perigoso. Deixou um confronto que começou disputado com muita intensidade indefinido para o jogo da volta.
Partida esta que precisará de uma maior participação de Cristiano Ronaldo. O craque português teve atuação discreta hoje, embora tenha feito a jogada do gol marcado por Özil. O Real também precisará que sua defesa também esteja mais ligada. Sérgio Ramos e Fábio Coentrão tiveram atuação desastrosa hoje. Mais ainda o português, que perdeu todas as jogadas possíveis para Robben e Ribèry e ainda foi entortado por Lahm no lance que definiu a vitória bávara aos 44 da etapa final em gol de Mário Gomez. Coentrão está procurando o capitão do Bayern até agora.
O Bayern só não teve um resultado mais elástico, aliás, porque o mesmo Mário Gomez perdeu um gol daqueles que não se perde em decisão. O 3 a 1 deixaria o time alemão com um pé na final. Calibrar um pouco mais o pé do seu centroavante, que tem sido importante na temporada, é a missão bávara para a semana que vem, pois uma chance desperdiçada pode ser a diferença entre a oportunidade de jogar a final ou de vê-la pela TV.
De resto o Real deve ser mais ousado em Madri. Não entendi a opção por Coentrão no lugar de Marcelo, pois o time não ganhou tanto assim na defesa. Assim como a não entrada de Kaká no segundo tempo. Deu a sensação que Mourinho estava desde sempre satisfeito com o empate como se tivesse a certeza que iria decidir a vaga a seu favor no Bernabéu.
Talvez o treinador português esteja confiante no retrospecto. Das nove vezes que se enfrentaram na Liga dos Campeões, em três o Real decidiu em casa o confronto eliminatório. Ganhou todas. A missão de Jupp Heynckes e da equipe alemã é quebrar esta escrita.
Bayern de Munique 2 x 1 Real Madrid
Local: estádio Allianz Arena
Gols: Ribèry aos 16 minutos do primeiro tempo e Mário Gomez aos 44 do segundo tempo para o Bayern de Munique e Özil aos sete do segundo tempo para o Real Madrid.
Cartões Amarelos: Lahm, Badistuber e Robben (Bayern de Munique) e Sérgio Ramos, Coentrão, Xabi Alonso, Marcelo e Higuain (Real Madrid).
Bayern de Munique: Neuer, Lahm, Boateng, Badstuber e Alaba; Luiz Gustavo, Scweinsteiger (Thomas Müller), Toni Kroos, Robben e Ribèry; Mário Gomez. Técnico: Jupp Heynckes.
Real Madrid: Casillas, Arbeloa, Pepe, Sérgio Ramos e Coentrão; Khedira, Xabi Alonso, Özil (Marcelo) e Di Maria (Granero); Cristiano Ronaldo e Benzema (Higuaín). Técnico: José Mourinho.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)
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