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domingo, 18 de dezembro de 2011

Mais uma aula do Barcelona

É impossível falar do Barcelona de Messi, Xavi, Iniesta e Guardiola sem cair no clichê. Mas é difícil não dizer que foi mais uma aula do time catalão no Mundial de Clubes do Japão. Desde o início o Santos ficou na roda do time catalão que engoliu a equipe brasileira como se estivesse enfrentando um Alavés ou um Racing Santander no Campeonato Espanhol.
O campeão da Libertadores foi envolvido como é seguidamente o Real Madrid e como o Manchester United na decisão da última Liga dos Campeões. Dois dos melhores times do planeta que o Barcelona transforma em equipes juvenis quando os enfrenta.
O 4 a 0 ficou até barato para o que os dois times jogaram. Segunda maior goleada da história dos Mundiais (só perde para o 5 a 0 que o Peñarol aplicou no Benfica em 1961), o jogo foi um massacra com o Barcelona tocando a bola e encurralando a equipe brasileira que só correu atrás, marcou mal e assistiu ao Barça jogar.
O recado de Messi e seus colegas começou a ser dado aos 12 minutos num chute de fora da área que Rafael defendeu. Quatro minutos depois, o argentino marcou um golaço numa tabela de craques com Xavi.
O único chute do Santos no primeiro tempo foi dado por Borges aos 26. Foi quando o mundo percebeu que Victor Valdés estava em campo.
A partir daí, só o Barcelona jogava enquanto Neymar sequer aparecia em campo. Um volume de jogo que seria impressionante com qualquer time, mas quando se trata do Barcelona e sua filosofia de jogo, nem nos surpreendemos mais. O time catalão teve 71% de posse de bola, usou a sua conhecida troca de passes constantes, deslocamentos e o Santos só correu atrás.
O resultado poderia ter sido pior não fossem algumas defesas importantes de Rafael. Aos 44, no entanto, ele não conseguiu impedir o gol de Fàbregas. E o primeiro tempo terminava 3 a 0 como na decisão de 1981 entre Flamengo e Liverpool.
Na etapa final esperava-se que o Santos saísse um pouco mais para o jogo. Até tentou. Neymar teve uma ótima oportunidade de marcar, mas perdeu de frente para Victor Valdés. Só que o Barcelona passou a administrar a partida, teve chances de ampliar com Messi, Iniesta e Fàbregas.
Aos 37, o argentino matou o jogo. Recebeu livre na área, driblou facilmente Rafael e completou o show catalão.
Uma vitória histórica para um time que continua fazendo história. São dois títulos europeus e mundiais em três anos. São 13 títulos em quatro anos e um jogo que encanta o planeta. É inegável que este time do Barcelona é o melhor do mundo e o melhor da história do clube. A discussão a partir de agora é: em que lugar ele fica na história do futebol mundial?
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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