Kashiwa Reysol e Auckland City dão o pontapé inicial às 8h45m (de Brasília) desta quinta-feira, em Toyota, no Japão, no sonho de desbancar o domínio europeu e sul-americano no Mundial de Clubes da Fifa. Junto com outros três times - Esperançé, da Tunísia, Al-Sadd, do Qatar, e Monterrey , do México - os dois alimentam o sonho de repetir o feito do TP Mazembe, que eliminou o Internacional no ano passado e fez a final da competição contra a Inter de Milão.
Desde que passou a ser disputado no atual formato, o Mundial nunca teve um campeão que não fosse dos dois principais continentes do mundo da bola. Em sete edições, foram três campeões sul-americanos (Corinthians em 2000, São Paulo em 2005 e Internacional em 2006) e quatro europeus (Milan em 2007, Manchester United em 2008, Barcelona em 2009 e Inter de Milão em 2010). Neste ano, o Santos é o representante da América do Sul e o Barcelona o da Europa.
Treinado pelo brasileiro Nelsinho Baptista, o Kashiwa estreia na competição empolgado pelo título japonês conquistado no sábado passado. Será a segunda vez que o treinador disputará o Mundial, mas a primeira no novo formato. Em 1997, ele treinava o Cruzeiro, que foi derrotado pelo Borussia Dortmund na decisão no Japão.
- Estamos aqui para vencer. O Auckland merece respeito, pois foram bons o bastante para chegarem ao Mundial. Mas não estamos aqui para fazer número. Analisamos nossos oponentes e queremos continuar vencendo. É isso que estou exigindo do meu time, esse é o nosso objetivo - disse Nelsinho.
Além de Nelsinho, o Kashiwa tem outros dois brasileiros no elenco: os meias Leandro Domingues e Jorge Wagner. Nesta quinta, ele enfrentará o campeão da Oceania por uma vaga nas quartas de final contra o Monterrey, do México, campeão da Concacaf, no dia 11. O vencedor desta partida vai encarar o Santos, campeão da Libertadores. No outro lado da chave, o Barcelona aguarda o seu adversário que sairá do confronto entre o Espérance e o Al-Sadd. Os campeões africano e asiático se enfrentam no dia 11.
Enquanto o campeão sul-americano já está no Japão, o campeão europeu só viaja depois da rodada do fim de semana pelo Campeonato Espanhol, quando enfrentará o seu maior rival: o Real Madrid.
Se o Kashiwa está confiante, o Monterrey também acredita que pode surpreender primeiro o time de Neymar e depois a equipe de Messi e ser o primeiro mexicano campeão do mundo.
- Não há outra hipótese (a se pensar que não a conquista do título). Senão seria um fracasso. Apesar de ser muito difícil, é o Mundial e são as melhores equipes do mundo. Temos que traçar metas altas para conquistar coisas importantes - afirmou o atacante Aldo De Nigris, um dos principais jogadores do Monterrey.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)
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