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domingo, 4 de dezembro de 2011

As homenagens ao craque Sócrates

A morte de Sócrates repercutiu também na imprensa e no futebol internacional. Na Itália, a Fiorentina, clube que o doutor defendeu apenas na temporada 1984-85, fez um minuto de silêncio antes da partida contra a Roma em homenagem ao craque que brilhou com as camisas do Corinthians e da seleção brasileira. O clube também jogou de luto na rodada. (Memória do Futebol especial: Sócrates)
Capitão da seleção italiana que levantou a taça da Copa do Mundo em 1982 quando todos esperavam que Sócrates o faria com o grande time comandado por Telê Santana na Espanha, o ex-goleiro Dino Zoff lamentou a morte do jogador.
- De capitão para capitão, eu devo dizer que Sócrates será parte da história. Eu sinto muito por esse homem, ele foi um grande campeão - disse o ex-goleiro.
Carrasco da seleção brasileira naquela Copa ao fazer os três gols da vitória de 3 a 2 sobre o Brasil, o ex-atacante Paolo Rossi também lamentou a morte de Sócrates.
- Lamento muito por Sócrates e um pouco por nós. É um pedaço de nossa história que vai embora. Lembro-me do go lque ele marcou em Zoff, no 1 a 1. Eu não podia acreditar que ele chegou na bola. Parecia lento, mas não foi. Sócrates foi de fato um falso lento. Não era um jogador muito dinâmico, mas se destacou especialmente a partir da mais alta inteligência do jogo. Com Zico e Falcão era o símbolo do Braisl, além de ser o capitão - lembra Rossi.
O ex-atacante da seleção italiana disse ainda que Sócrates era um jogador atípico.
- Todos o conheciam por seu diploma de medicina e mesmo por ter exercido muitos interesses culturais e sociais. Em suma, em todos os aspectos, um atípico.
Mesmo jogadores que nunca viram Sócrates jogar se manifestaram. É o caso do holandês Van Persie, que lamentou a morte do craque em sua conta no Twitter: "R.I.P. Sócrates. Uma lenda brasileira".
Fã de futebol, o jogador de basquete Steve Nash também comentou a morte do doutor:
"RIP Sócrates. Eu era fascinado por ele quando era criança. Uma lenda brasileira da Copa do Mundo. Meia. Goleador. Doutor. Filósofo. Lenda. RIP"
Destaques na imprensa internacional
Os jornais do exterior também comentaram a morte de Sócrates. O jornal espanhol "Marca", lembrou os clubes em que o doutor jogou, assim como as Copas que disputou pela seleção brasileira e que era irmão do também ex-meia Raí.
"O ex-jogador passou para a história por sua qualidade e sua magreza apoiando em seu pé pequeno (calçava 37), trouxe a público seus problemas com álcool, que consumiu durante toda a sua carreira. Se destacou por sua habilidade de jogar com o calcanhar, sendo capaz, inclusive, de cobrar pênaltis deste jeito".
O "El País" destacou que Sócrates era "um democrata do futebol" e lembrou a final do Campeonato Paulista de 1983 entre Corinthians e São Paulo quando Sócrates ergueu uma camisa com a mensagem: "Ganhar ou perder, mas sempre com democracia".
Segundo o jornal, Sócrates era "um ídolo por sua elegância no jogo, por sua filosofia de vida fora dele, por um manual político valente, rebelde. Era o Doutor. Querido por muitos porque sempre seguiu a risca seu ideal, o de ajudar os outros". (Leia a íntegra do artigo, em espanhol)
Na Inglaterra, o "Guardian" lembrou a carreira de Sócrates e que ele foi eleito um dos 100 maiores jogadores de todos os tempos. O "Daily Mail" falou de sua carreira na seleção, Corinthians e Fiorentina e lembrou que em 2004 o craque já aposentado jogou durante 12 minutos pelo Garforth Town numa partida em West Yorkshire.
O site do jornal "Gazzetta dello Sport", da Itália, destacou a elegância de seu estilo e sua rápida passagem pelo futebol internacional. No seu site oficial, a Fiorentina diz que o "inesquecível Doutor, que jogou com a camisa roxa na temporada 1984/85, atuando em 25 partidas e marcando seis gols, será sempre lembrado por sua inteligência no futebol".
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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