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sábado, 28 de maio de 2011

Barcelona vence o Manchester e conquista o quarto título europeu

Barcelona de Messi, Xavi, Iniesta e do técnico Guardiola faz o esporte conhecido universalmente por sua imprevisibilidade parecer óbvio. Hoje é quase impossível parar esse time que encanta o planeta e mesmo diante de outras equipes fortíssimas como o Real Madrid e o Manchester United se impõe de tal maneira que os adversários parecem menores e com pouca história e tradição no futebol. 

Essa foi a lição que o Barcelona deu neste sábado em Wembley. Na que para muitos é a catedral do futebol, o time de Guardiola deu mais um espetáculo de futebol e conquistou o seu quarto título europeu ao derrotar o Manchester United por 3 a 1. O time catalão agora se junta a Ajax e Bayern de Munique com quatro conquistas e só está atrás de Real Madrid (nove), Milan (sete) e Liverpool (cinco). 

Com três títulos europeus nos últimos seis anos e um futebol capaz de encantar até os mais ranzinzas comentaristas esportivos, o Barcelona é inegavelmente o maior time deste início de século XXI. O que se deve discutir agora é qual é o seu lugar na história do clube e do próprio futebol. Porque com dez títulos em três temporadas, o time montado por Guardiola e que tem em campo um craque como Messi está fadado a se colocar entre os gigantes da história por mais que o seu treinador mantenha o discurso de humildade. 

O título do Barcelona foi construído com uma atuação de gala do meio-campo que se recusa a errar passes e do craque argentino que aparece sempre quando o time mais precisa. Com a braçadeira de capitão depois da surpreendente ausência de Puyol, que ficou no banco por estar com um desconforto muscular, Xavi Hernández comandou o meio-campo do Barcelona e manteve o time tranquilo mesmo nos dez minutos em que o Barça se viu jogando pior do que o United. 

Foram nestes dez minutos que o time de Alex Ferguson deu esperança ao seu torcedor de que teria em casa a chance da revanche da derrota de 2009, quando o Barça venceu por 2 a 0. A marcação era em cima, no campo de defesa do Barcelona e levava o time catalão a errar passes a que não está acostumado a errar. No lado direito, Park tentava segurar os avanços de Daniel Alves enquanto o United congestionava o meio-campo. 

Mas a marcação inglesa não conseguia resultar em chances de gol e aos poucos o Barcelona começou a impor o seu jogo. Primeiro Xavi encontrou Pedro na área, que chutou para fora. David Villa também arriscaria em duas chances e na segunda obrigou o goleiro Van der Sar, que se despediu do futebol nesta final, a fazer uma boa defesa. 

Aos 27, porém, o Barcelona abriu o placar. Depois de um lindo passe de Xavi, Pedro dominou na área e bateu no canto esquerdo de Van der Sar para fazer o primeiro. 

Parecia que o Barcelona iria dominar a partida e vencer com facilidade. Principalmente porque Messi começava a aparecer no jogo e a criar oportunidades para os seus companheiros, mas aos 33 Wayne Rooney tabelou com Ryan Giggs e marcou um golaço para empatar a partida. 

Foi o primeiro chute dos ingleses e o único momento em que a torcida inglesa fez festa. O Barça jamais se abalou com o gol e poderia ter terminado o primeiro tempo com a vitória se Van der Sar não tivesse defendido um chute de Iniesta e Messi não tivesse perdido um gol na pequena área após dar uma caneta em Vidic e tabelar com Pedro. 

Na etapa final, no entanto, o futebol do Barcelona sobrou diante de um Manchester United que pareceu cansado e sem forças para continuar marcando em cima o time catalão. Ao 9, Messi decidiu a partida numa bomba da entrada da área sem chance para Van der Sar. 

Aos 24, Busquets tocou para Villa acertou um chute no ângulo de Van der Sar para marcar o terceiro e iniciar a festa catalã em Londres.
O Barça ainda se deu ao luxo de colocar Puyol em campo mesmo sem ter plenas condições de jogo para participar da festa. O carinho foi retribuído pelo capitão ao deixar que o lateral-esquerdo Abidal erguesse a taça.
Uma justa homenagem para o jogador. O francês passou por uma operação para a retirada de um tumor no fígado em março e voltou a jogar na reta final do Campeonato Espanhol. A final da Liga dos Campeões foi a primeira em que ele entrou como titular desde que se recuperou. O título europeu foi uma volta por cima de cinema para o lateral-esquerdo.
Com a vitória do Barcelona, a Espanha passa a dominar o ranking de títulos da Liga dos Campeões com 13 conquistas. A Itália com 12 e a Inglaterra com 11 vêm na sequência.
Barcelona 3 x 1 Manchester United
Local: estádio de Wembley, em Londres, Inglaterra
Árbitro: Viktor Kassai (HUN)
Cartões Amarelos: Victor Valdés e Daniel Alves (Barcelona), Carrick e Valencia (Manchester United)
Gols: Pedro aos 27 minutos do primeiro tempo e Messi aos 9 e David Villa aos 24 minutos do segundo tempo para o Barcelona e Wayne Rooney aos 34 do primeiro tempo para o Manchester United.
Barcelona: Victor Valdés, Daniel Alves (Puyol), Piqué, Mascherano e Abidal; Busquets, Xavi e Iniesta; Messi, Pedro (Afellay) e David Villa (Keita). Técnico: Pep Guardiola.
Manchester United: Van der Sar, Fábio (Nani), Rio Ferdinand, Vidic e Evra; Carrick (Scholes), Valencia, Park e Giggs; Wayne Rooney e Javier Hernandez. Técnico: Alex Ferguson.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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