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quinta-feira, 5 de junho de 2008

Três campeões e duas vagas em jogo

Chamado desde o sorteio da Uefa de grupo da morte, o grupo C é o que reúne o maior número de títulos europeus. São dois da França (1984 e 2000), um da Itália (1968) e um da Holanda (1988). Três grandes seleções que o destino fez com que se enfrentassem logo na primeira fase, o que causará a queda prematura de uma delas. Azar da Romênia, patinho feio da chave que deve servir de balança para uma decisão que provavelmente será emocionante e até a última rodada.
Atual campeã do mundo, a Itália ganhou um desfalque de última hora. O zagueiro Cannavaro, do Real Madrid, capitão do tetracampeonato mundial, foi cortado devido a uma contusão no tornozelo e será substituído por Gamberini, da Fiorentina.
Apesar do desfalque, a equipe de Roberto Donadoni continua tendo como ponto forte o sistema defensivo e um meio-campo de muita pegada. Personagens do último mundial como o goleiro Buffon, da Juventus, o lateral Fábio Grosso, que marcou o pênalti decisivo contra a França, e o zagueiro Materazzi, da Inter, (aquele mesmo da cabeçada do Zidane) ajudarão a manter o ferrolho italiano que terá a frente o velho cão-de-guarda Gennaro Gattuso.
O volante deve ter ao seu lado o seu companheiro de Milan, Andrea Pirlo, que apesar da temporada ruim é sempre uma opção interessante nas bolas paradas, além dos volantes da Roma De Rossi, Perrotta, e Aquilani.
Se o sistema defensivo está garantido, na frente não devem faltar gols. Afinal, nenhuma outra seleção tem uma linha de frente tão forte quando a Azzurra, com nomes como Del Piero, artilheiro do Campeonato Italiano pela Juventus com 21 gols, Luca Toni, artilheiro do Campeonato Alemão pelo Bayern de Munique com 24 gols, além de Borriello, que fez 19 gols no Calcio jogando pelo Genoa, Di Natale e Quagliarella, que marcaram 17 e 12 gols, respectivamente, na Séria A da Itália, jogando pela Udinese.
Falta ao time de Donadoni, porém, um camisa 10. Del Piero não tem mais fôlego para exercer essa função que deveria ser de Francesco Totti, da Roma, se ele já não tivesse se aposentado da seleção. Apesar disso, com uma defesa forte e um ataque goleador a Itália entra na competição certamente como uma das favoritas ao título.
Vítima na última Copa do Mundo e algoz da Itália na Euro de 2000 naquela emocionante decisão na prorrogação, a Françaentra na competição sob o signo (sem querer pegar no pé do técnico Raymond Domenech, um fã de astrologia) da desconfiança. Seus últimos resultados – empate em 0 a 0 com o Paraguai e vitória por 1 a 0 sobre a Colômbia com um gol de pênalti de Ribery – deixaram o torcedor francês com a pulga atrás da orelha.
Sem o craque Zidane, que se aposentou após a Copa, Domenech também sofre com a falta de um cérebro para a equipe francesa. Para tentar a classificação, o treinador conta com uma equipe bastante experiente e jogadores remanescentes das duas últimas glórias da seleção francesa, o mundial de 1998 e a Euro de 2000.
Motivação a eles certamente não faltará, pois pode ser a última chance de jogadores como o zagueiro Lilian Thuram (Barcelona), de 36 anos, o volante Patrick Vieira (Inter de Milão), de 31, e o atacante Thierry Henry (Barcelona), de 30, de conquistarem mais um título com os “Bleus”.
Além destes, estará mesmo depositado nos pés de Ribery, um dos destaques franceses na última Copa e que fez um grande campeonato alemão, as chances de a França garantir a vaga na segunda fase.
Se há um ataque com um poder de fogo capaz de rivalizar com o da Itália, esse ataque é o da Holanda. O time do ex-craque Marco Van Basten tem na sua linha de frente Klaas Jan Huntelaar, artilheiro do Campeonato Holandês pelo Ajax com 34 gols, Ruud Van Nistelrooy, que marcou 17 gols pelo Real Madrid na Liga espanhola, além de jogadores velozes e habilidosos como Van Persie, do Arsenal, e Robben, do Real Madrid.
A alimentação a esse forte ataque deve ficar a cargo de Rafael Van der Vaart, do Hamburgo. O meia que Itália e França não têm pode ajudar a desequilibrar a chave a favor da Laranja Mecânica, que, no entanto, se ressente de uma defesa mais confiável. O goleiro Edwin Van der Sar, herói do título da Liga dos Campeões pelo Manchester United, deve estar pensando o mesmo.
Apesar disso, pode-se considerar a Holanda uma das favoritas ao título. Repetir o feito da geração de Rijkaard, Gullit e Van Basten é um dos sonhos desta equipe.
Com uma geração que está muito longe de ter o brilho daquela comandada por Gheorghe Hagi, que levou a equipe às quartas-de-final da Copa do Mundo de 1994, a Romêniaretorna a Euro sabendo que será mera coadjuvante e que só um milagre a fará chegar à segunda fase. Os principais nomes da equipe são o zagueiro Chivu, da Inter de Milão, e o atacante Mutu, artilheiro da Fiorentina.
Os jogos da primeira fase:
9/06
Romênia x França
Holanda x Itália

13/06
Itália x Romênia
Holanda x França

17/06
Holanda x Romênia
França x Itália

(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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