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terça-feira, 3 de junho de 2008

O desafio de Cristiano Ronaldo

A partir de hoje, “Planeta que rola” apresentará os grupos da Eurocopa que começa no próximo sábado. O primeiro é o grupo A onde uma seleção, pelo menos no papel, desponta como favorita (Portugal) e outras três (República Tcheca, Suíça e Turquia) devem brigar pela segunda vaga nas quartas-de-final.
Melhor jogador da última temporada e com grandes chances de ser eleito o melhor do mundo pela Fifa no final do ano, o atacante Cristiano Ronaldo, do Manchester United, é a grande estrela de Portugal – e talvez da própria Euro – e a maior esperança dos portugueses de finalmente conquistarem um título europeu.
Na última edição do torneio, quando, aos 19 anos, Ronaldo era um jovem em ascensão, as estrelas da equipe de Luiz Felipe Scolari eram os meias Figo e Rui Costa. Jogadores que ajudaram o time luso a chegar até a final, mas fracassaram no “maracanazo” português, a dolorida derrota para a Grécia na decisão.
Aquela amarga decepção não foi esquecida e Scolari quer aproveitar o bom momento de sua grande estrela, que terá o desafio de comandar a equipe, para conquistar seu primeiro título na seleção. Para isso, também será importante a participação do meia Deco. O luso-brasileiro não fez uma boa temporada no Barcelona, mas é peça fundamental no time em que se destacam ainda os atacantes Simão Sabrosa, do Atlético de Madrid, Hugo Almeida, do Werder Bremen, e Ricardo Quaresma, do Porto.
Se Cristiano Ronaldo mantiver a excelente fase, os coadjuvantes podem dar conta do recado e serem um bom suporte à equipe. Caso contrário, Portugal, favorita absoluta para terminar em primeiro do grupo, pode não ir muito além disso.
Aparentemente a segunda força da chave, a República Tcheca, campeã em 1976, quando ainda era a Tchecoslováquia, viveu seu último grande momento em competições internacionais na Euro de 1996. Aquele time em que brilhavam jogadores como Poborsky e Nedved, terminou em segundo lugar, perdendo a decisão para a Alemanha por 2 a 1.
Sem Nedved, que se aposentou da seleção, a equipe conta com a velha máxima que diz que todo grande time começa por um grande goleiro para ao menos chegar à segunda fase. E é a partir de Petr Cech, do Chelsea, talvez o melhor goleiro do mundo na atualidade, que os tchecos pretendem construir a sua classificação. De resto, é contar com os gols de Milan Baros, do Portsmouth, artilheiro da última competição com cinco gols, e do veterano Koller, de 35 anos, rebaixado com o Nuremberg na Alemanha. Parece pouco para sonhos mais ambiciosos.
Vão brigar com os tchecos pela segunda vaga a Turquia e uma das donas da casa, a Suíça. Com uma base formada pelos seus três principais times, 15 jogadores são de Fenerbahçe, Besiktas ou Galatasaray, os turcos querem repetir o feito da Copa do Mundo de 2002, quando terminaram em terceiro lugar. Sem grandes nomes e com o desfalque de Basturk, do Stuttgart, contundido, o técnico Fatih Terim terá ainda mais trabalho para levar os turcos a outra boa campanha.
Já os suíços só se classificam se houver um novo milagre de Berna. A equipe não tem grandes destaques e só conseguirá fazer uma boa campanha se for empurrada pela torcida. O atacante Frei, do Borussia Dortmund, é o principal nome do time. Como ele fez apenas seis gols na última Bundesliga, as dificuldades para balançar as redes vistas na última Copa do Mundo devem permanecer na Euro.
Os jogos da primeira fase:

07/06
Suíça x República Tcheca
Portugal x Turquia

11/06
República Tcheca x Portugal
Suíça x Turquia

15/06
Suíça x Portugal
Turquia x República Tcheca

(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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