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sábado, 21 de junho de 2008

Arshavin manda a Holanda de volta para casa

E a Holanda novamente morreu na praia. Para tristeza dos fãs da Laranja Mecânica, o time de Marco Van Basten parou nos pés do meia Andrei Arshavin. Com uma grande atuação, o jogador do Zenit, campeão da Copa da Uefa desta temporada, desmantelou o elogiado time holandês, que esteve irreconhecível nesta noite, e levou a Rússia para as semifinais da Eurocopa 2008.
A vitória por 3 a 1 na prorrogação premiou um time que jogou melhor o tempo todo e a grande atuação do camisa 10, de 27 anos, que marcou o terceiro gol e ainda fez o tradicional e provocativo gesto com o dedo na boca mandando a torcida adversária se calar.
Crueldade com os holandeses que viram o sonho do bicampeonato ruir numa atuação abaixo da crítica e que nem de longe lembrou os jogos da primeira fase, quando a Holanda passeou no grupo da morte.
Marco Van Basten levou o chamado nó tático do seu compatriota Guus Hiddink. Seu time não conseguiu ser a mesma equipe envolvente da fase de grupos e foi parado por uma Rússia dedicada e aguerrida. Além disso, a Holanda pareceu ter desaprendido a jogar seu futebol nos últimos dias e esqueceu que uma de suas forças eram as jogadas pelas laterais. Elas praticamente inexistiram hoje.
Insistindo demais com as jogadas pelo meio e inexplicavelmente sem Van Persie, que só entrou no segundo tempo, e Robben, que viu a eliminação do banco sem poder fazer nada, a Holanda jogou de forma previsível diante de uma Rússia que lutava o tempo todo por cada bola.
Sem as jogadas pelas pontas, Van Nistelrooy ficou isolado na frente e só apareceu para salvar a Laranja Mecânica da derrota no tempo normal no gol que marcou aos 41 minutos do segundo tempo. Foi o sopro de esperança dos torcedores holandeses.
Mas o camisa 10 russo (que pena que não é brasileiro), estava endiabrado. Ele já tinha sido o principal nome da partida, mas guardou o melhor para o segundo tempo da prorrogação quando foi o responsável pela jogada do gol de Torbinski e fechou o caixão holandês a quatro minutos do fim da partida. Pavlyuchenko marcou o outro gol russo ainda na primeira etapa.
Agora a Holanda volta para casa enquanto o time do competente Guus Hiddink, um especialista em causas perdidas - ele levou a Austrália para a Copa de 2006 e Coréia do Sul às semifinais da Copa de 2002 -, aguarda o vencedor de Espanha e Itália neste domingo para conhecer o adversário na semifinal. Os russos sonham em repetir o feito de 48 anos atrás, quando ainda faziam parte da União Soviética e conquistaram a primeira Eurocopa. Se Arshavin mantiver o mesmo nível de atuações e a equipe tiver a mesma dedicação demonstrada hoje, que ninguém duvide que os russos possam surpreender nessa reta final.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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