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quarta-feira, 25 de junho de 2008

Espanha e Rússia tentam retomar o caminho dos títulos

No início da Eurocopa, Rússia e Espanha não eram apontadas como favoritas ao título. Detentoras das duas primeiras taças da história da competição em 1960, quando na ocasião a Rússia fazia parte da União Soviética, e em 1964, as duas seleções pareciam mais fadadas a viver das glórias passadas do que a construir um novo futuro. Pois é exatamente isto que elas tentarão fazer nesta quinta, a partir das 15h45m (de Brasília), no estádio Ernst Happel, em Viena, na Áustria, quando decidirão uma vaga na final de domingo contra a Alemanha.
Se o passado pode ser uma inspiração, experiência não falta no banco de reservas. As duas equipes têm dois dos mais experientes técnicos da Euro. No lado espanhol, o veteraníssimo Luís Aragonés, de 69 anos, que sonha em se despedir da Espanha - ele vai para o turco Fernerbahçe após a Euro - com o título. Do outro, o mago Guus Hiddink, de 61 anos, um especialista em fazer milagres como levar a Coréia do Sul ao quarto lugar de um Mundial e a Austrália a disputar e até chegar às oitavas-de-final de uma Copa, mas que agora quer coroar a sua vitoriosa carreira com um título com a Rússia.
Apesar da bagagem de seus treinadores e da inspiração de outrora, é com um futebol que aponta para um futuro mais leve, mais arejado, voltado um pouco mais para o ataque que as duas equipes chegaram à esta semifinal. Diante da Holanda, a Rússia mostrou o que tinha de melhor na competição e apresentou ao resto da Europa o que os russos já conheciam muito bem em âmbito nacional: o talentoso meia Andrei Arshavin.
Desde que voltou de suspensão, o camisa 10 tem sido o dono do time. É dos seus pés que saem as melhores jogadas do time russo, que ainda conta com o oportunismo do atacante Pavlyuchenko, com três gols na competição. Foi Arshavin, no entanto, acabou com os sonhos da Holanda nas quartas-de-final. E sem ele, aparentemente, a Rússia é um time comum, como mostrou, por exemplo, o resultado do encontro com os espanhóis pelo grupo D: 4 a 1.
Ainda com a memória viva daquele jogo, quando quem brilhou foi o atacante David Villa, com três gols (ele é o artilheiro da Euro com quatro), a Espanha agora quer dar um novo passo para reescrever a sua história. Depois de quebrar o tabu de não chegar nas fases decisivas dos torneios eliminando a Itália, os espanhóis contam não apenas com Villa, mas com seu companheiro de ataque, Fernando Torres, e com talentoso meio de campo formado por Iniesta, Xavi, David Silva e o brasileiro Marcos Senna, que se dá ao luxo de ter um Fabregas no banco, para voltar a uma final de competição depois de 28 anos. A útima fora em 1984, quando os espanhóis perderam por 2 a 0 para a França de Platini.
Desejo semelhante tem os russos. Longe de brilhar em Copas do Mundo, o último grande momento da equipe nacional aconteceu há 20 anos, quando os soviéticos decidiram e perderam a Euro para a Holanda do então atacante Marco Van  Basten.
Décadas, portanto, se passaram desde as últimas vezes em que o futebol de Rússia e Espanha tinham alguma importância no continente. Hoje, eles tentam retomar essa história. Mas somente um terá encontro marcado com a Alemanha  daqui a três dias.
Espanha: Casillas, Sérgio Ramos, Puyol, Marchena e Capdevilla; Marcos Senna, Xavi, Iniesta e David Silva; David Villa e Fernando Torres. Técnico: Luís Aragonés.
Rússia: Akinfeev, Anyukov, Ignashevic, Berezoutski e Zhirkov; Semak, Zyryanov, Saenko e Semshov; Arshavin e Pavlyuchenko. Técnico: Guus Hiddink.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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