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sábado, 28 de junho de 2008

Procura-se um craque

Procura-se um craque que seja capaz de liderar uma equipe, decidir os jogos, fazer passes precisos, marcar gols (sempre bonitos, é claro) e leve o seu time a conquistar os títulos, pois craque sem taça não é craque. Candidatos devem se dirigir até a Áustria, onde neste domingo Alemanha e Espanha fazem a decisão da Eurocopa a partir das 15h45m (de Brasília).
Se nós não podemos reclamar da qualidade técnica do torneio deste ano, que contou com alguns bons jogos, faltou o mais importante, o que move as massas e faz você aí leitor comprar o ingresso: o craque. Esse não apareceu.
E olha que a gente (e toda a imprensa do mundo) tentou, apostou, chutou bastante, mas fomos quebrando a cara a cada elogio, a cada exaltação. Começou com Cristiano Ronaldo. Nos dias que antecederam a Euro, ele era o nome. Grande jogador da temporada, campeão inglês e da Liga dos Campeões pelo Manchester United (apesar daquele pênalti perdido cheio de presepada), ele era o cara e a seleção de Felipão entrava em campo como uma das favoritas. Caiu nas quartas-de-final para a Alemanha com uma atuação apagada.
Mas aquela altura do campeonato, a sensação já era a equipe holandesa dirigida por Marco Van Basten. A Laranja Mecânica passeou no Grupo da Morte. Goleou Itália e França. Terminou a primeira fase com 100% de aproveitamento. Sneijder pintava como o novo cara. Caiu dois dias depois para a Rússia.
Foi quando surgiu o novo queridinho da Euro. Arshavin, o camisa 10, toque de bola clássico, o homem que ia conduzir a Rússia ao segundo título europeu de sua história. De quebra, ainda tinha histórias curiosas como o fato de ter ser formado em moda. Arshavin era o homem. Sumiu contra a Espanha e se despediu pela porta dos fundos com um sonoro 3 a 0 nas semifinais.
E agora? A Euro certamente terá um craque, mesmo que ele não seja um CRAQUE assim com todas as letras maiúsculas, negrito e sublinhado, pois é tradicional a eleição do melhor jogador de todo campeonato. Mas quem será? O meia Fabregas, da Espanha pinta como um candidato. Ele saiu do banco e brilhou contra os russos. Mas um craque que é reserva?
Entre os alemães, Ballack tem sido muito elogiado, mas pode não jogar a decisão por causa de uma contusão muscular, Schweinsteiger conta com a simpatia do kaiser Franz Beckenbauer, que já fez diversos elogios a ele, Podolski tem feito gols importantes e ainda pode terminar como artilheiro da competição. Uma equipe com muitos destaques, mas sem um nome de destaque.
Difícil. Pelo visto, a Euro deste ano vai terminar conhecida como o torneio que viu a volta de algum futebol (perto do que vimos na Copa do Mundo foi quase a morada dos deuses), mas em que o craque sumiu. Ou alguém se arrisca a apontar um?
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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