rjen Robben e Wesley Sneijder têm mais em comum do que apenas a nacionalidade holandesa. Titulares absolutos de seus clubes, eles foram decisivos nesta semana nos jogos de seus times pela Liga dos Campeões da Europa.
Em campo, Sneijder foi o comandante do meio-campo da Inter de Milão que detonou o Barcelona na primeira partida das semifinais e ficou muito perto da vaga na decisão do torneio depois de 38 anos. Fez o que tem feito durante toda a temporada e ainda marcou um gol, o sétimo com a camisa neroazzuri.
Robben também comandou o Bayern de Munique (principalmente depois da expulsão de Ribery) na partida contra o Lyon no Allianz Arena e fez o gol da vitória por 1 a 0 que deixa o clube alemão em vantagem na busca por uma final de Liga dos Campeões que não acontece desde 2001.
Ele também já fora decisivo nas quartas de final ao fazer o gol da classificação contra o Manchester United em Old Trafford.
Robben e Sneijder têm ainda outra coisa em comum. Jogaram pelo Real Madrid entre 2007 e 2009, período em que conquistaram o Campeonato Espanhol em 2008, o último título do Real Madrid. Sneijder fez 52 partidas e marcou 11 gols. O mesmo fez Robben em 50 partidas.
Dispensados no início da temporada pela alta rotatividade do Real, sempre nas eras Florentino Perez em busca de resultados imediatos com times galácticos, foram brilhar em Munique e Milão. Depois do início da nova era galáctica com as contratações de Cristiano Ronaldo, Kaká, Benzema e Xabi Alonso - os nomes mais famosos entre os que vieram - Robben chegou a dizer que foi foi "forçado" a sair e que não queria deixar o Real, "mas o clube quis vendê-lo".
Apesar do talento que todos sabemos que ele tinha, deixou o elenco sem fazer muito sucesso assim como Michael Owen, Cannavaro, Beckham, Samuel, entre outros tantos nomes "estelares" que vestiram a camisa merengue desde o início do século.
Neste fim de temporada, Kaká é muito criticado e Benzema é alvo de especulações de que deixará o clube ou pode vir a ser moeda de troca. Talvez consiga uma vaga no Arsenal, onde o técnico Arsene Wenger ironizou nesta semana a política imediatista do Real e ao comentar as dispensas de Robben e Sneijder e disse que "valia a pena esperar no Bernabéu quais jogadores sairão do clube na próxima temporada" para contratá-los.
Mais brasileiro dos times europeus pela frequente troca de técnicos (Pellegrini balança há uns seis meses) e rotatividade do elenco, o Real segue sem formar um time enquanto Robben e Sneijder estão muito perto de voltar ao Santiago Bernabéu, mas vestindo suas camisas e numa final de Liga dos Campeões, sonho do clube merengue abortado ainda nas oitavas de final. Podem até ser eliminados na semana que vem, mas chegaram mais longe do que qualquer galáctico nesta temporada.
Isso porque eu não vou nem citar os gols de Van Nistelrooy, outro holandês ex-Real Madrid, pelo Hamburgo, semifinalista da Liga Europa e time que pode decidir o segundo título mais importante do continente na sua casa.
Após a precipitação do Real Madrid a pergunta que não quer calar é: Será que o clube está arrependido de ter dispensado Sneijder e Robben?
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)
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