Que grande jogo no Giuseppe Meazza! A Inter de Milão fez uma bela partida, praticamente anulou o jogo do Barcelona e ficou com a mão na vaga na final da Liga dos Campeões ao vencer por 3 a 1. Caso avance, será a primeira decisão da Inter em 38 anos. Se isso acontecer, vão acabar colocando uma estátua do José Mourinho na porta do estádio.
A encrenca em que o Barcelona se meteu após a derrota é das grandes. Primeiro porque a Inter de Milão que vemos neste fim de temporada é bem diferente daquele time que fez uma fase de grupos apenas razoável, embora liderasse com folga o Campeonato Italiano.
A partir da virada do ano, tudo mudou. A Inter caiu de produção na Itália, onde perdeu a liderança para a Roma, mas ainda disputa o título. Por outro lado, cresceu na competição europeia, onde eliminou o Chelsea, um dos favoritos ao título.
Agora o time está muito perto da decisão. E não será fácil para o supertime do Barcelona se classificar. Um dos pontos fortes da Inter é sua defesa, base do excelente sistema defensivo da seleção brasileira. O quinteto formado por Júlio César, Maicon, Lúcio, Samuel e Zanetti (com variações durante a temporada) toma poucos gols e quando perde não é de muito.
Em toda a temporada foram 39 gols sofridos em 50 partidas, média de 0,78 por jogo. Das seis derrotas do time italiano na temporada, apenas duas foram por dois gols de diferença, a quantidade necessária para o Barcelona se classificar.
O que dá uma certa motivação ao Barcelona é que uma dessas derrotas foi exatamente para o time catalão e no Camp Nou em novembro, durante a fase de grupos da Liga dos Campeões. Na ocasião, Piqué e Pedro marcaram os gols do Barça na vitória por 2 a 0.
A outra derrota da Inter por dois gols de diferença foi em março, 3 a 1 para o Catania pelo Campeonato Italiano. Se esse placar se repetisse em Barcelona, a partida iria para a prorrogação.
Na história do confronto entre os rivais, o Barcelona também conseguiu fazer essa diferença necessária em outra partida de Liga dos Campeões. Foi em 2003, quando o Barça com gols de Saviola, Cocu e Kluivert, fez 3 a 0 na rival.
O problema é que em semifinais de Liga dos Campeões tudo fica mais complicado. Desde que o torneio passou a ser disputado com esse nome e um novo formato na temporada 1992-93, nenhum time que perdeu a primeira partida por dois gols de diferença conseguiu reverter o placar. Será que o Barcelona será o primeiro?
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)
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