Enquanto Real Madrid e Barcelona monopolizavam a atenção da mídia com suas megacontratações e muitas especulações, principalmente por parte do clube merengue, no início da temporada, não chamou muita atenção os 25 milhões de euros gastos pela Inter de Milão para tirar o argentino Diego Milito do Genoa.
O atacante fizera 24 gols no Campeonato Italiano da temporada anterior e chegou com a impressão de que seria um bom coadjuvante para Samuel Eto'o, trocado com o Barcelona por Ibrahimovic e mais 40 milhões de euros (que negócio da China fez o Massimo Moratti).
Terminada a temporada, Diego Milito acabou sendo o grande nome de uma Inter em que também brilharam intensamente o goleiro Júlio César, hoje o melhor do mundo na sua posição, o lateral Maicon, o zagueiro Lúcio, que ressurgiu depois de ser dispensado do Bayern de Munique, além do volante Cambiasso e do meia Sneijder.
Ao lado de bons coadjuvantes e comandados pelo técnico José Mourinho, estes seis jogadores ajudaram a Inter a conquistar a primeira tríplice coroa de sua história e a quebrar um jejum de 45 anos sem o título europeu.
E na hora da decisão, ninguém foi mais importante do que Milito. Foram 30 gols em toda a temporada e quatro deles absolutamente decisivos.
Milito fez o gol do título da Copa da Itália na vitória de 1 a 0 sobre a Roma no início do mês. Onze dias depois, deixou novamente a Roma com um vice-campeonato ao fazer o gol da vitória sobre o Siena por 1 a 0 que garantiu o pentacampeonato italiano da Inter. E neste sábado, fez os dois gols do título da Liga dos Campeões. Não houve jogador mais decisivo nesta temporada do que ele.
Missão cumprida no clube, agora Milito vai para a África do Sul tentar ajudar a Argentina de Maradona a conquistar um título que não vai para Buenos Aires há 24 anos. Será que ainda sobrou gols no estoque do atacante?
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)
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