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domingo, 10 de julho de 2011

Brasil perde para os EUA e está fora do Mundial

Um clássico do futebol feminino mundial, Brasil e Estados Unidos escreveram neste domingo mais um emocionante capítulo na Copa do Mundo disputada na Alemanha. Em uma partida muito disputada, corrida e com uma arbitragem polêmica, tudo o que um grande clássico tem direito a ter, os Estados Unidos mais uma vez adiaram o sonho da seleção brasileira de conquistar o título ao vencerem por 5 a 3 nos pênaltis após o empate em 2 a 2 no tempo normal.
Algoz do Brasil nos dois últimos Jogos Olímpicos em Atenas-2004 e Pequim-2008, as americanas venceram a seleção pela terceira vez em quatro jogos de Mundial.
As americanas agora vão enfrentar a França, que no sábado eliminou a Inglaterra também nos pênaltis. O jogo será na próxima quarta-feira, às 13h (de Brasília) em Monchengladbach. A outra semifinal será disputada entre Japão e Suécia. As suecas chegaram na semifinal ao vencerem a Austrália por 3 a 1. O resultado também classificou as suecas para os Jogos Olímpicos de Londres em 2012.
Campeões em 1991 e 1999, os Estados Unidos buscam o tricampeonato mundial. Para suecas, vice-campeãs em 2003, japonesas e francesas a chance é de um título inédito.
Brasil e Estados Unidos fizeram um jogo emocionante do início ao fim. Para quem anda vendo as peladas sem graça da Copa América ao mesmo tempo, a Copa do Mundo feminina é um bálsamo de bom futebol e emoção e quase a salvação das competições entre seleções num tempo em que o futebol de clubes é muito mais interessante e disputado.
As americanas abriram o placar com um minuto de jogo. Após uma jogada pela esquerda de Shannon Boxx, Daiane foi cortar o cruzamento e acabou fazendo contra.
Foi uma ducha de água fria para a seleção, que demorou a assimilar o golpe. Foi aos 22 que Marta colocou a seleção novamente na partida. Ela deu uma arrancada que deixou toda a defesa americana para trás, invadiu a área, mas errou a finalização chutando por cima do gol.
Fabiana ainda acertou o travessão enquanto a goleira Hope Solo fez outras defesas importantes que seguraram a vantagem americana.
No segundo tempo, as americanas pareceram ter cansado mais cedo e viram o Brasil sobrar fisicamente. Só que a seleção sempre parava nas defesas de Solo ou em erros de finalização. Foi quando aos 19 minutos, Marta invadiu a área, deu um lençol em Buehler, se enroscou com ela e caiu. A árbitra australiana Jacqui Melkksham marcou o pênalti inexistente e ainda expulsou Buehler. Na cobrança, Hope Solo defendeu, mas a juiza marcou invasão da defesa americana e mandou voltar o pênalti. Foi quando Marta assumiu a responsabilidade, cobrou o pênalti e empatou para o Brasil.
Com o empate em 1 a 1, o jogo foi para a prorrogação. E logo no início Maurine fez cruzamento da ponta esquerda e Marta se antecipou para virar a partida para o Brasil. Foi o 14º gol da artilheira brasileira, que se igualou a alemã Birgit Prinz como a maior artilheira da história das Copas.
O castigo para a seleção veio nos acréscimos do segundo tempo da prorrogação quando Wambach empatou o jogo.
A partida foi para os pênaltis. Foi quando Hope Solo mais uma vez brilhou defendendo o pênalti de Daiane. Cristiane, Marta e Franciele marcaram para o Brasil. As americanas fizeram com Boxx, Lloyd, Wambach, Rapione e Krieger fechando o placar em 5 a 3. O sonho do título é adiado por mais quatro anos.
Brasil 2 x 2 Estados Unidos (3 x 5 nos pênaltis)
Local: Rudolf-Harbig Stadium, em Dresden, Alemanha
Árbitro: Jacqui Melksham (Austrália)
Cartões Amarelos: Maurine, Aline, Marta e Erika (Brasil) e Solo, Lloyd, Boxx e Rapinoe (Estados Unidos)
Cartão Vermelho: Buehler (Estados Unidos)
Gols: Daiane, contra, a um minuto de jogo para os Estados Unidos, Marta aos 21 do segundo tempo e a 2 minutos do início da prorrogação para o Brasil e Wambach as 13 do segundo tempo da prorrogação para os Estados Unidos.
Brasil: Andreia, Daiane, Maurine e Aline; Rosana (Franciele), Ester, Formiga (Renata), Erika e Fabiana; Marta e Cristiane. Técnico: Kleiton Lima.
Estados Unidos: Hope Solo, Rampone, Lepeilbelt, Rodriguez (Morgan) e Buehler; Wambach, Cheney (Rapinoe), Kriegger e Boxx; Lloyd e O'Reilly. Técnica: Pia Sundhage.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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