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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Fifa pune acusados de vendas de votos para a Copa de 2018

A Fifa resolveu tomar uma atitude em relação às denúncias de compra de votos feitas pelo jornal inglês "Sunday Times" e puniu com o afastamento e multa o nigeriano Amos Adamu e o taitiano Reynald Temarii. Adamu está afastado de qualquer atividade envolvendo o futebol por três anos enquanto o Temarii pegou um ano de gancho. O primeiro foi multado em 10 mil francos suíços (R$ 17,4 mil) enquanto o segundo terá que pagar 5 mil francos suíços (R$ 8,7 mil).
Outros quatro membros da Fifa receberam punições e multas por envolvimento com corrupção. Suas infrações não foram especificadas. Eles receberam suspensões de até quatro anos e multas de R$ 17,4 mil.
Membros do comitê executivo da Fifa, Adamu e Temarii foram flagrados em vídeos feitos pelo jornal britânico "Sunday Times" negociando vantagens em troca da escolha da sede da Copa do Mundo de 2018 para os Estados Unidos. Na reportagem, jornalistas se passaram por lobistas americanos e negociaram o voto em troca de dinheiro.
No vídeo, Adamu é perguntado se caso lhe fosse oferecido dinheiro para um "projeto pessoal", isso afetaria o seu voto. Ele responde que "óbvio que teria um efeito. Porque se você está investindo nisso, significa que você quer o voto".

Na gravação, Adamu pede 500 mil libras (R$ 1,3 milhão). Seu objetivo era usar o dinheiro para a construção de quatro campos de futebol. Também presidente da Confederação de Futebol da Oceania, Temarii pediu 1,5 milhão de libras (R$ 3,9 milhões) para a construção de uma academia de esportes em troca do voto.

Na mesma semana da denúncia, mas sem qualquer relação com o caso, os americanos desistiram da disputa de 18 para se focarem na candidatura de 22, quando disputarão com Austrália, Japão, Qatar e Coreia do Sul. Concorrem à Copa de 18 as candidaturas conjuntas de Bélgica e Holanda e Espanha e Portugal, além de Inglaterra e Rússia.
Os outros punidos são o tunisiano Slim Aloulou, presidente da Câmara de Resolução de Disputas da Fifa e membro do Comitê de Status dos Jogadores (dois anos de suspensão), Ahongalu Fusimalohi, sercretário-geral da Federação de Futebol de Tonga (três anos), Amadou Diakite, do Mali, membro do Comitê de Árbitros da Fifa (três anos) e Ismael Bhamjee, de Botswana, membro honorário da Confederação Africana de Futebol (quatro anos).

- Os danos causados à imagem da Fifa são muito grandes. Agora, quando se fala da Fifa, fala-se de corrupção. A Fifa é uma organização grande, com muitos interesses, e estamos tentando trabalhar com total transparência - disse o secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke.

O anúncio das duas sedes acontece no dia 2 de dezembro. São responsáveis pela escolha os 24 membros do comitê executivo da Fifa. Agora, serão 22 os votos, conforme confirmou o presidente da entidade, Joseph Blatter.

Em outra investigação, a Fifa inocentou as candidaturas de Espanha e Portugal e do Qatar das acusações de troca de votos para a escolha das duas sedes para as Copas de 18 e 22. Os dois comitês estariam acertando uma troca de votos para beneficiar as duas candidaturas.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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