Planeta que Rola faz uma tabelinha nesta segunda-feira com o planeta que usa kers e difusores. Como neste fim de semana tivemos o Grande Prêmio do Bahrein, de Fórmula 1, hoje falaremos sobre um time desconhecido deste país árabe. E já que vamos escrever sobre o Bahrein, que escrevamos sobre o que o Bahrein tem de melhor no futebol. Por isso, o escolhido é o Muharraq Club.
O Muharraq não é um time de araque (só em Planeta que Rola você tem um trocadilho árabe-português). Clube mais antigo da história do Bahrein, o alvirrubro da ilha de Muharraq, no Golfo Pérsico, é o maior campeão da história do país. O time é 30 vezes campeão do "Desertão", como resolvemos apelidar a Liga do Bahrein, e 26 vezes campeão da Copa do Rei do Bahrein. O time ainda é quatro vezes campeão da Copa do Príncipe do Bahrein (realeza é com eles mesmo), duas vezes campeão da FA Cup local (Copa também é com eles) e uma vez campeão da Supercopa do Bahrein. Ufa! Esses torcedores devem ter problema no ombro de tanto levantar taça.
Para vocês terem a noção do tamanho da vantagem da equipe em relação aos rivais, o segundo colocado no ranking dos torneios nacionais é o Bahrain Riffa Club. Sabe quantos títulos ele tem? Nove. O último deles em 2005. Desde então, o Muharraq tem dominado o torneio. É o atual tricampeão. Neste ano, porém, o time passa por dificuldades. Está na quarta posição no "Desertão" com 33 pontos, nove atrás do Al Ahli.
Mas a maior glória do Muharraq aconteceu no ano passado, quando o clube conquistou o seu primeiro e único título da AFC Cup, a Copa da Ásia. Este é o único título continental de uma equipe do país. Os caras têm ou não têm moral?
Fundado em 1928, o Muharraq tem dois apelidos, The Reds e The Red Wolf. Quando joga em casa, o time atua no Al Muharraq Stadium, que tem capacidade para 20 mil pagantes. Se você não faltou aquelas aulas de árabe (se é que as teve), pode conferir o site oficial do clube clicando aqui.
Celeiro dos craques locais, o time resolveu investir em atletas estrangeiros na temporada 2005-06. E com essa, digamos, abertura, quem é que poderia aportar por lá? Claro, jogadores brasileiros. O time hoje tem dois atletas do país. Um é zagueiro Juliano de Paula, que confesso desconhecer. O outro é o atacante Rico, ex-São Paulo e Portuguesa Santista. Ele foi contratado em 2005 e permanece no clube até hoje. No ano passado, foi o artilheiro da AFC Cup com 19 gols.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)
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