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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A surpresa colombiana na Libertadores

Duas vitórias contundentes que deixaram a imprensa do país eufórica e sonhando com a volta do "Rei de Copas" aos tempos de glória do final da década de 80 e início da década de 90. O Atlético Nacional de Medellín está deixando o seu torcedor empolgado após duas rodadas disputadas na Copa Libertadores da América.
O tradicional time da Colômbia entrou no grupo 8 como um azarão. Antes do início da competição, a chave tinha como favoritos a Universidad de Chile e o Peñarol. O time chileno por ter sido o campeão da Copa Sul-Americana, que ficou 36 jogos invicto no ano passado e apresentou um futebol tão bonito que o fez ser chamado de "o Barcelona das Américas". Já a equipe uruguaia, carrega no currículo o recente vice-campeonato da Libertadores, embora somente oito jogadores do atual elenco tenham participado da campanha que levou o time até a final contra o Santos na decisão do ano passado.
Mas o Nacional não tomou conhecimento de ambos nas duas primeiras rodadas. Na estreia, no dia 15 de fevereiro, recebeu a La U e venceu por 2 a 0 no seu estádio, o Atanasio Girardot.
Mas o grande feito veio na noite desta terça-feira. O time viajou até Montevidéu para enfrentar o Peñarol no mítico estádio Centenário. E o que aconteceu foi um verdadeiro pesadelo para a apaixonada torcida Carbonera: uma impiedosa goleada de 4 a 0. Uma humilhante derrota que o ti- Foi impossível dominar o meio-campo. Nossa filosofia é o 4-3-3 e eles têm grandes jogadores (ali em campo) - lamentou o goleiro Fabian Carini após a partida.

- Essa derrota não estava nos nossos planos, muito menos por esse placar. Perder desse jeito faz você querer jogar (de novo) amanhã - completou o capitão Dario Rodriguez.
As declarações dos jogadores refletem o que a imprensa local viu: um massacre apelidado pelo jornal "El Mundo", de Medellín, de "Centenariazo", numa referência à conquista uruguaia da Copa de 1950 no Maracanã. O jornal também disse que "foi um feito sem precedentes". Já o "El Tiempo" mostrou toda a sua empolgação com os dois triunfos do Nacional. Segundo o jornal, a vitória mostra que o "Nacional está pensando sério em disputar o título". O "El Tiempo" disse que a equipe soube controlar o jogo, mas pediu calma aos torcedores.
"A arrancada faz com que a torcida possa sonhar, mas ainda restam quatro jogos (para o fim da primeira fase). Por enquanto (o Nacional) é candidato (à vaga)".
Se mantiver a boa fase, o time colombiano conhecido como Los Verdolagas pode sonhar em ir longe no torneio e talvez chegar na decisão, o que não acontece desde 1995, quando foi derrotado pelo Grêmio.
Aquela foi a segunda final da história do clube. A primeira tinha sido em 1989, quando o clube conquistou o seu único título da Libertadores. Naquele ano, a equipe eliminou o Racing nas oitavas de final, o Milionários nas quartas e o Danúbio nas semifinais até vencer o Olímpia, do Paraguai, na decisão por 5 a 4, nos pênaltis, após vencer o primeiro jogo por 2 a 0 e perder o segundo pelo mesmo placar.
Faziam parte daquele time alguns dos maiores ídolos da história do clube como o goleiro René Higuita e o atacante John Tréllez. Outro jogador do time campeão era Andrés Escobar, zagueiro da seleção assassinado em Medellín após marcar um gol contra na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos.
O atual técnico do time, Santiago Escobar, é irmão de Andrés. e também ex-jogador. Ele está no clube desde o ano passado e já conquistou um Campeonato Colombiano. Agora comanda o time que derrubou dois duros rivais, tem seis gols marcados (melhor ataque junto com Cruz Azul e Libertad) e não sofreu nenhum gol em duas partidas. Resta saber se o Nacional de Medellín terá fôlego para ir mais longe.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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