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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Seu tempo está acabando Roy Hodgson

Ao contrário da velha canção dos Rolling Stones, o tempo não está ao seu lado, Roy Hodgson. A batata de Big Roy parece já estar assando após a pífia atuação contra o Everton no domingo. A derrota de 2 a 0 para o rival no Goodison Park revelou um time previsível, desorganizado, encurralado em campo e até certo ponto medroso.
O Liverpool foi um time confuso que entrou em campo com um atacante (o solitário Fernando Torres), Carragher novamente improvisado na lateral (onde ele vira jogador comum) e Gerrard como o jogador mais adiantado no meio-campo. Coitado do meia, ídolo do clube e perdido em meio a contratações que não disseram a que vieram até agora nesta temporada como Raul Meireles, Joe Cole e o expoente de todos os erros: Konchesky.
Os Reds vivem problemas fora do campo que a torcida espera que sejam solucionados com a chegada de John Henry, o magnata americano da vez, dono do Boston Red Sox, e que saiu com cara de poucos amigos do Goodison Park. O americano já deve ter entendido que precisará desembolsar uma grana para tirar o time do buraco.
Buraco que faz lembrar os piores pesadelos do clube. O 19º lugar no Campeonato Inglês com a pífia campanha de apenas uma vitória em oito jogos é o pior início de temporada do Liverpool desde a temporada 1953/54. Naquele ano, nos primeiros oito jogos, os Reds tiveram uma vitória, dois empates e cinco derrotas e terminaram a temporada rebaixados para a segunda divisão.
Em 15 jogos em toda a temporada, o Liverpool venceu apenas cinco vezes. Além da pífia participação na Premier League até aqui, foi eliminado da Copa da Liga Inglesa nos pênaltis pelo Northampton, da terceira divisão.
Henry já prometeu investir e disse que quer ver o Liverpool mantendo a sua tradição vencedora. Hodgson pediu tempo aos novos donos e prometeu acertar o time, mas isso é exatamente o que ele não tem a cada partida em que aparenta insegurança na beira do campo.
Nem em Anfield, seu templo sagrado onde a torcida nunca deixa o time caminhar sozinho, o Liverpool consegue se impor. Em quatro jogos, apenas uma vitória sobre o West Bromwich. Momento mais vergonhoso? A derrota para o Blackpool no início de outubro, time que acabou de subir da segunda divisão.
Hodgson negou que seu time tenha sido tão inferior ao Everton e disse que o desempenho do time no segundo tempo "foi tão bom quanto ele jamais viu o Liverpool sob o seu comando". É pouco, Hodgson, muito pouco.
A mensagem de Henry é mais realista e honesta com os torcedores quando questionado sobre o quanto de trabalho terá pela frente.
- Isso não será fácil. Se eu posso deixar apenas uma mensagem é que entendemos o desafio que temos pela frente se quisermos competir de igual para igual com os outros três grandes clubes (leia-se Arsenal, Chelsea e Manchester United, que ocupam as três primeiras posições no campeonato).
Trabalho é o que não falta, mas o tempo de Hogdson no clube está se esgotando assim como a paciência da torcida.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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