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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Na estreia de Torres, Liverpool bate o Chelsea em Londres

Até por estar jogando em sua nova casa, o atacante Fernando Torres teve uma recepção menos hostil do que se esperava. Saudado pela imensa maioria azul em Stamford Bridge, em Londres, Torres, o centro das atenções desde a saída do vestiário, era lembrado pela parte vermelha de suas declarações no mínimo indelicadas na chegada a Londres.
Ao ser apresentado como nova contratação dos Blues no fim da janela de transferências, o espanhol disse que estava dando um passo a frente ao jogar num time maior, ignorando a história dos Reds, o maior campeão da história da Inglaterra e dono de cinco títulos europeus. A torcida não perdoou, queimou camisas e passou a chamá-lo de Judas.
Em campo, o Liverpool colocou o peso de sua história que o atacante espanhol ignorou e venceu o Chelsea por 1 a 0 pela 25ª rodada do Campeonto Inglês. O único gol do jogo marcado por Raul Meireles colocou o time da terra dos Beatles na sexta colocação da Premier League, dentro da zona de classificação para a próxima Liga Europa. Depois de um terrível início de temporada, o Liverpool já pode até sonhar com uma vaga na próxima Liga dos Campeões.
Com 38 pontos, o Liverpool está a seis do quarto colocado, o mesmo Chelsea. Entre os dois, o Tottenham, também com 44 pontos. O líder na Inglaterra é o Manchester United, que manteve a ponta com 54 pontos mesmo com a derrota no sábado para o Wolverhampton por 2 a 1.
Chelsea x Liverpool foi e um jogo de xadrez montado de forma inteligente pelo treinador dos Reds, Kenny Dalglish. Para segurar o forte ataque azul com Fernando Torres, Drogba e Anelka, o técnico montou um esquema bastante defensivo com três zagueiros, cinco jogadores de meio-campo e mais um meia para chegar mais perto do único atacante em campo, o holandês Kuyt.
Lá atrás, protegendo a linha de defesa formada por Carragher, que fez uma excelente partida anulando Torres, Skrtel e Agger, ficavam Kelly pelo lado esquerd, Lucas e Maxi Rodriguez fechando no meio e mais Glen Johnson e Gerrard pelo lado direito. O único mais a frente era Raul Meireles. Todos tinham como função primordial marcar e não dar um mínimo espaço para o ataque do Chelsea. Com a bola, o objetivo era encaixar um contra-ataque que colocasse o time em vantagem.
Mas a estratégia poderia ter ido por água abaixo quando Maxi Rodriguez entregou com um minuto de jogo a bola nos pés de Torres que chutou por cima do gol de Reina.
Nos minutos que se seguiram, a partida se resumiu ao ataque do Chelsea tentando furar a defesa do Liverpool. Drogba, Ivanovic e novamente Torres, travado em cima por Carragher, poderiam ter inaugurado o placar, mas quem chegou perto mesmo foi Maxi Rodriguez. No momento em que o Liverpool conseguiu encaixar uma jogada , Gerrard encontrou o argentino na pequena área, mas ele acertou o travessão. Eram 32 minutos de jogo.
Como um pugilista que apanha até cansar o rival para nocauteá-lo, o Liverpool seguiu com sua tática no segundo tempo. Dalglish não colocou Suárez em campo, apostando que uma hora sairia o gol.
Aos 20, Torres, que teve atuação apagada, deixou o gramado substituido por Kalou ironizado pelos torcedores do Liverpool que deram tchauzinho ao ex-ídolo.
Quatro minutos depois, Gerrard avançou pela direita e cruzou na área para Raul Meireles completar para o gol. Era o suficiente para mais uma capítulo na história do clássico ser escrito. Daí para frente, o Chelsea pressionou desordenadamente pelo empate, mas a defesa do Liverpool foi uma barreira intransponível para deleite de seus torcedores que terminaram a partida cantando "You'll never walk alone" em pleno Stamford Bridge e puderam comemorar a quarta vitória consecutiva do time, que continua subindo na tabela.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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