Presidente do Siena é acusado de pedir aos jogadores para perderem partida

Um dos investigados na operação "Última Aposta" da polícia italiana, o presidente do Siena, Massimo Mezzaroma, pediu aos seus jogadores para perderem uma partida do Campeonato Italiano porque queria apostar na derrota de sua equipe. De acordo com o jornal "Gazzetta dello Sport", Mezzaroma disse dito aos atletas que era preciso "refletir e avaliar se beneficiaria por dois ou três anos a suspensão total deste jogo".

A informação foi divulgada pela polícia de Cremona a partir da denúncia de dois ex-jogadores do clube: Carobbio e Coppola. A polícia definiu isso como um "grave elemento de responsabilidade" do presidente do Siena.

- Poucos dias antes do jogo Siena x Vareze, Coppola entrou assustado no vestiário, pois pouco antes tinham sido abordado por uma pessoa próxima ao presidente, que lhe tinha perguntado sobre a possibilidade de perder o jogo - disse Carobbio. - Coppola me disse o nome (da pessoa), mas não recordo neste momento. Ele me disse que o presidente queria apostar ou tinha apostado em nossa derrota. Refiro-me ao senhor Mezzaroma.

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Mezzaroma não está entre os 19 presos pela operação nesta segunda-feira, mas está sendo investigado pelos investigadores. De acordo com o promotor do Ministério Público de Cremona, Roberto di Martino, o dirigente e o então técnico do clube, Antonio Conte, hoje no Juventus, tinham conhecimento de um jogo manipulado entre o Siena e o Novara na temporada 2010-11. A partida terminou empatada em 2 a 2. Conte negou qualquer conhecimento sobre o caso.

Agente de Mauri defende jogador

O empresário do capitão da Lazio, Mauri, defendeu o jogador das acusaões. Mauri foi um dos presos na operação desta segunda-feira. Ele é acusado de envolvimento na manipulação do jogo contra o Genoa que terminou com vitória de 4 a 2 para a Lazio em maio do ano passado.

- Estou estupefato. Falei com Stefano sábado e ele estava tranquilo e ao mesmo tempo chateado com todos os rumores. Na semana passada, ele estava no casamento do Floccari (atacante do Parma). Uma pessoa culpada não se comporta assim - disse Tiziano Gonzaga.

Outro investigado é o zagueiro Criscito, que foi cortado da Eurocopa pelo técnico Cesare Prandelli.

- Ele está absolutamente tranquilo. Deseja ser ouvido o mais rápido possível porque é importantíssimo explicar qualquer coisa que possa ter colocado o foco em cima dele - afirmou o empresário do zagueiro, Andrea D'Amico.

Outro jogador investigado vai para a Euro

A lista final dos 23 jogadores foi divulgada nesta terça-feira por Prandelli. Se não terá Criscito, ela contará com o zagueiro Leonardo Bonucci, da Juventus. Bonucci também está entre os investigados pelo escândalo de manipulação de jogos. Os dois últimos cortados foram Ranocchia e Destro.

A Itália está no grupo C da Eurocopa que começa no próximo dia 8. Na primeira fase, a Azzurra enfrentará a Espanha, a Croácia e a Irlanda.

Veja abaixo a lista final de Prandelli:

Goleiros: Buffon (Juventus), De Sanctis (Napoli) e Salvatore Sirigu (PSG);
Defensores: Abate (Milan), Balzaretti (Palermo), Barzagli, Bonucci e Chiellini (Juventus), Maggio (Napoli) e Angelo Obinze Ogbonna (Torino);
Apoiadores: De Rossi (Roma), Diamanti (Bologna), Giaccherini, Marchisio e Pirlo (Juventus), Montolivo (Fiorentina), Thiago Motta (PSG) e Nocerino (Milan);
Atacantes: Balotelli (Manchester City), Borini (Roma), Cassano (Milan), Di Natale (Udinese) e Giovinco (Parma).

(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)