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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Uma Eurocopa marcada pelo jogo aéreo

A artilharia aérea anda afiada na Eurocopa de 2012. A principal arma das equipes no torneio que está sendo disputado na Ucrânia e na Polônia tem sido os gols de cabeça a partir da bolas cruzadas na área. Dos 33 gols já marcados pelas seleções, 12 foram de cabeça. Um índice de 36,3%.
Seja em jogada ensaiada a partir de cobranças de falta ou em cruzamentos pela linha de fundo, o cruzamento está longe de ser uma exclusividade inglesa, até a década 80 uma arma muito usada pelos clubes e pelo English Team.
O único gol inglês marcado até aqui na Euro foi de cabeça, com Lescott após cruzamento de Gerrard no empate em 1 a 1 contra a França. Mas quem usou melhor o jogo aéreo foi a Ucrânia. Um dos donos da casa, os ucranianos venceram o seu primeiro jogo no torneio graças a duas cabeçadas certeiras de Shevchenko na vitória por 2 a 1 sobre a Suécia.
O número de gols de cabeça só em 11 jogos já é quase o total de gols marcados com este fundamento nas duas últimas competições. Em 2008 foram 15 gols marcados na competição da Áustria e da Suíça e em 2004, em Portugal, foram 17 gols.
No atual torneio, somente em cinco partidas não saíram gols de cabeça: Rússia 4 x 1 República Tcheca, Holanda 0 x 1 Dinamarca, Espanha 1 x 1 Itália, República Tcheca 2 x 1 Grécia e Alemanha 2 x 1 Holanda.
Nos outros, jogos, a bola na área foi quase certeza de comemoração na arquibancada. E algumas cabeçadas foram fundamentais para garantir os três pontos. É o caso da de Mário Gomez, que deu a vitória para a Alemanha contra Portugal por 1 a 0 após finalizar o cruzamento de Khedira.
O atacante Mandzukic também foi decisivo com dois gols de cabeça na vitória da Cróacia sobre a Irlanda por 3 a 1. O único gol irlandês, aliás, também foi de cabeça, de St. Ledger.
Dos 12 gols marcados seis nasceram em jogadas de bola parada. O último deles foi o de Pepe, que abriu o placar na vitória de 3 a 2 de Portugal sobre a Dinamarca. Este foi o jogo que mais teve gols de cabeça. Com os dois marcados por Bendtner foram três dos cinco gols da partida em jogadas finalizadas de cabeça.
Se o cruzamento na área é a principal arma da Eurocopa até aqui, as cobranças de falta são um verdadeiro fracasso. Até agora nenhum gol de falta foi marcado na competição. Pelo visto, os jogadores precisam colocar o pé na fôrma.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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