Com o futebol do país vivendo uma de suas piores crises após a descoberta de mais um escândalo de manipulação de resultados, o técnico da Itália, Cesare Prandelli, disse nesta sexta-feira que o país poderia abandonar a disputa da Eurocopa se pedirem por isso.
- Se nos disseram que pelo bem do futebol a seleção nacional deveria deixar a Eurocopa, não haveria nenhum problema - disse Prandelli, em entrevista à rede de TV, RAI.
A Itália vive um período de crise desde o início da semana quando 19 pessoas, entre elas dez jogadores e ex-jogadores, foram presas na operação "Última Aposta" acusadas de participar de jogos arranjados nas Séries A e B na Itália. Entre os presos, estavam o capitão da Lazio, Stefano Mauri. O técnico da Juventus, Antonio Conte, está entre os investigados, pois saberia de um resultado combinado quando ele comandava o Siena. Conte negou ter conhecimento sobre o caso.
A polícia chegou a ir na concentração da seleção para interrogar o zagueiro Criscito, que foi cortado da equipe que vai disputar a Eurocopa da Polônia e da Ucrânia. O torneio começa na semana que vem.
Nem a Uefa nem a Federação de Futebol da Itália sugeriram que a Azzurra abandone o torneio, mas Prandelli diz estar preparado.
- Há coisas mais importantes - acrescentou.
Se Criscito foi cortado, o zagueiro Leonardo Bonucci, também entre os investigados, está mantido na equipe. Agora a investigação atinge outro jogador da equipe, o goleiro Buffon, que está sendo vinculado a apostas ilegais.
- Buffon é muito forte, tem uma grande personalidade. Os jogadores da Juventus, até que se demonstre o contrário, não foram colocados sob investigação formal - disse Prandelli, acrescentando que quer apenas falar de futebol.
- Sigo dizendo que aqueles que estão envolvidos (em irregularidades) não irão para a Eurocopa - acrescentou.
Criscito diz ser inocente
Acusado de envolvimento no escândalo de manipulação de resultados, Criscito disse que é inocente.
- Não sou culpado, sou acusado. Logo preciso apenas provar a minha inocência.
Fotografado conversando com torcedores e um criminoso num restaurante quando era jogador do Genoa, Criscito se defendeu:
- Não me arrependo de nada. Sempre tive uma ótima relação com os torcedores do Genoa. Chorei e não me envergonho, mas sou inocente e quero provar isso. Se estou disposto a ir até o fim, só posso ser inocente.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)
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