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terça-feira, 25 de agosto de 2009

A volta do futebol húngaro à elite


Nesta terça-feira conhecemos os 10 últimos classificados que se juntarão a outros 22 clubes na fase de grupos da Liga dos Campeões a partir de 15 de setembro. Entre eles, uma grata surpresa: o Debreceni, da Hungria. 

O campeão húngaro se classificou após eliminar os búlgaros do Levski Sófia e será o primeiro clube do país a participar da fase mais importante do torneio desde a temporada 1995-96, quando o país foi representado pelo Ferencváros. 

Na ocasião, o time ficou na terceira posição num grupo em que se classificaram Ajax e Real Madrid e ainda contava com o Grasshopers, da Suíça. A equipe húngara não foi bem. O time levou três goleadas para Ajax (1 a 5 e 4 a 0) e para o Real Madrid (6 a 1). O resultado mais expressivo foi um empate em 1 a 1 com o Real Madrid no seu estádio. 

Depois disso, porém, a Hungria ficou restrita às fases preliminares e nunca mais deu o ar de sua graça no principal torneio do continente. Um tabu que agora será quebrado pelo Debreceni que nunca fora tão longe em quatro participações no torneio. A equipe se classificou após eliminar o Kalmar, da Suécia, o Levadia Tallinn, da Estónia, além do Sofia. 

O Debreceni conta com três brasileiros no elenco: o lateral-esquerdo naturalizado húngaro Leandro, o zagueiro Hugo e o atacante Vinicius. Além de um zagueiro que vai gerar muitos trocadilhos infames: Marcell Fodor. 

A classificação do Debreceni coincide com o bom momento da seleção húngara na Europa. A equipe que nos anos 50 encantou o mundo com Puskas, Kocsis e Czibor, não disputa um mundial desde 1986, no México, quando foi eliminada ainda na primeira fase. 

Neste ano, os húngaros ocupam a segunda posição no grupo A das eliminatórias europeias com 13 pontos em seis jogos, apenas três abaixo da líder Dinamarca e quatro a frente de Portugal e Suécia das estrelas Cristiano Ronaldo e Ibrahimovic. O campeão de cada grupo se classifica para o mundial e os oito melhores segundos colocados disputam um playoff para definir as quatro últimas vagas do continente para a Copa da África do Sul. 

Será que tudo isso pode significar um ressurgimento do futebol húngaro? Só o futuro do Debreceni (e a sorte dele no sorteio dos grupos na sexta-feira) poderá responder. Já no âmbito das seleções nacionais, é claro que os craques não estão mais lá, contudo será bom ver uma camisa tão tradicional voltando a disputar um jogo de Copa do Mundo.


(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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