A temporada da Liga espanhola e da segunda divisão do país marcada para começar no dia 20 de agosto pode ser adiada por duas semanas. O sindicato dos jogadores, que reúne 110 atletas, convocou uma greve para as duas primeiras rodadas. Os jogadores reivindicam um novo acordo coletivo com a Federação Espanhola de Futebol, e medidas para que os contratos sejam cumpridos.
- A decisão de greve é unânime - disse o presidente da AFE, Luis Rubiales, em entrevista coletiva. - A liga não vai começar até que um novo acordo (entre a liga e os jogadores) seja assinado.
Na coletiva, estavam presentes os líderes do sindicato, entre eles os capitães de Real Madrid e Barcelona, o goleiro Casillas e o zagueiro Puyol. Os jogadores querem um novo acordo coletivo e mostraram estar em desacordo com as decisões tomadas pela Federação para conter a crise do futebol do país.
- Vivemos em uma situação infeliz. Não se pode pedir mais aos jogadores. Não queremos mais dinheiro. Queremos cumprir os contratos, assegurar as dívidas do passado, presente e futuro e que os jogadores sejam tratados de forma igual em uma equipe e em outra - disse Rubiales. - Estamos entre os últimos da Europa em termos de acordo coletivo - disse.
Rubiales disse que os clubes devem 50 milhões de euros (R$ 115,7 milhões) e cerca de 200 jogadores. Os jogadores não acreditam que os clubes conseguirão pagar tudo até o fim do atual acordo na temporada 2014-15. E as negociações para um novo acordo se arrastam desde o fim de maio. Seis clubes da primeira divisão se declararam insolventes.
- É preciso ser solidário com os jogadores que estão mal. Os números estão aí - disse Casillas, assegurando que ninguém entrará em campo se o impasse não for resolvido.
A federação disse não entender a greve e considerava que as negociações estavam avançando.
- Não entendemos porque a AFE convocou uma greve. Não creio que tenha motivos no momento para ela ser convocada. Levamos mais de dois meses trabalhando com eles para configurar um novo convênio coeltivo e aprovamos questões importantes para as relações dos jogadores com o resto dos membros da família do futebol - disse o presidente da federação, José Luis Astiazarán.
A Espanha não é o único país que pode ter o início do campeonato adiado. Na Itália, a Série A também corre o mesmo perigo depois que os 20 clubes assinaram um documento que decretará uma greve se um novo convênio não for firmado. A temporada na Itália está marcada para começar no dia 27.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)
Nenhum comentário:
Postar um comentário