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terça-feira, 6 de setembro de 2016

Jogadores de El Salvador denunciam oferta de manipulação

El Salvador já não tem mais nenhuma chance de se classificar para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, mas a seleção entrou no centro das atenções depois de uma denúncia de suborno feita pelos próprios jogadores. Em entrevista coletiva na véspera da partida desta quarta-feira, contra o Canadá, em Vancouver, o capitão da equipe, Nelson Bonilla, disse que os jogadores receberam uma oferta de dinheiro para fazerem alguns resultados possíveis que ajudem na classificação de Honduras para o hexagonal final das eliminatórias da Concacaf.
O atacante disse ainda ter uma fita com 10 minutos de conversas em que um homem oferece uma quantia em dinheiro que varia de acordo com o resultado do jogo. Foram oferecidos a cada atleta US$ 30 (R$ 97,6) por minuto jogado por uma vitória. Também foi oferecido aos jogadores US$ 20 (R$ 64,3) por minuto jogador e um resultado de empate. E uma quantia de US$ 15 (R$ 48,2) por minuto jogador até para os jogadores perderem por 1 a 0 a partida.
- Em função do que ouvimos, queremos deixar claro que somos contra esse tipo de coisa. Queremos ser transparentes sobre tudo o que acontece com a nossa seleção - disse Bonilla.
Canadá e Honduras disputam a única vaga da chave no hexagonal final, quando serão definidas as três vagas diretas no Mundial da Rússia. Atualmente, os canadenses estão em terceiro lugar na chave com quatro pontos, três a menos do que Honduras, que pega o México às 21h (de Brasília), logo depois da realização da partida em Vancouver. Os mexicanos já estão classificados em primeiro lugar da chave com 15 pontos.
O jornal "La Prensa Gráfica", de El Salvador, identificou o homem que oferece dinheiro aos atletas como o empresário salvadorenho Ricardo Padilla. E incrivelmente ele não viu nada de errado em sua oferta.
- Deixem que o caso seja investigado. Não estou preocupado. Aqueles que querem ver isso como algo ruim, podem ver. E aqueles que querem ver como algo bom, também podem ver - disse.
- É certo que eu me reuni com eles. Convidamos o senhor Ramon Maradiaga (técnico da seleçãoa), mas ele não estava presente. Os ofereci um dinheiro para ganhar do Canadá. Ofereci US$ 30 por minuto jogado e jogo ganho. Ofereci US$ 20 por minuto jogado e um empate. Como eles precisavam de um grande esforço para esse objetivo, no entanto, disse que eu daria US$ 15 adicionais por minuto jogador e jogo perdido por 1 a 0. Por que eu fiz isso? Porque isso dá aos torcedores a sensação de que o nosso país sofre demais com a seleção. Não sei se consegui me explicar - completou o empresário.  
El Salvador já viveu com problemas recentes envolvendo jogos arranjados. Em 2013, 14 jogadores foram banidos do futebol e outros três pegaram suspensões de seis a 18 meses, por terem se envolvido em partidas arranjadas. 
Os atletas foram acusados de terem recebido dinheiro para uma derrota de 5 a 0 para o México em 2011, e outra de 4 a 2 para o Paraguai em fevereiro daquele ano.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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