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quinta-feira, 2 de junho de 2016

Os brasileiros que vão disputar a Eurocopa

A Eurocopa começa na semana que vem, na França, com 24 seleções disputando o troféu. Mas muitas outras bandeiras, algumas até de continentes fora da Europa, estão envolvidas na competição. Entre os "estrangeiros" que disputarão o torneio, há seis brasileiros.
Conheça os atletas brasileiros que entrarão em campo defendendo cinco seleções diferentes no torneio.
PEPE (PORTUGAL)
Veterano do grupo, o zagueiro e volante de 33 anos do Real Madrid defende a seleção portuguesa desde 2007. Nascido em Maceió, o jogador que acaba de ser campeão europeu com o clube espanhol nunca jogou profissionalmente no Brasil. Pepe começou a jogar no Corinthians, de Alagoas, em 1995, mas em 2001, quando tinha 18 anos, foi para o Marítimo B, de Portugal.
Permaneceu no futebol português até 2007, quando trocou o Porto, clube que defendera por três temporadas, pelo Real Madrid. Na equipe espanhola conquistou os principais títulos de sua carreira, entre eles duas Ligas dos Campeões (2014 e 2016) e um Mundial (2014).
Pepe conseguiu se naturalizar português em 2007. Sua estreia na seleção foi em novembro daquele ano, em um jogo contra a Finlândia. Defendeu a seleção portuguesa nas Euros de 2008 e 2012 e nas Copas de 2010 e de 2014, no Brasil.
THIAGO ALCÂNTARA (ESPANHA)
Filho do tetracampeão mundial Mazinho, o jogador do Bayern de Munique sequer nasceu no Brasil. Thiago, na verdade, é italiano. Nasceu em San Pietro Vernotico, em abril de 1991. Na época, seu pai defendia o Lecce, da Itália, onde ficou por uma temporada até ir para a Fiorentina.
Mas Thiago começou no Brasil. Aos cinco anos, atuava nas categorias de base do Flamengo, curiosamente um rival do Vasco, clube que o pai defendeu por cinco anos entre 1985 e 1990. Mas logo Thiago iria acompanhar o pai. Quando Mazinho foi jogar na Espanha, onde ficou de 1994 a 2001 defendendo Valencia, Celta e Elche, o então menino foi jogar na base do Ureca, da Galícia, e no Kelme, de Elche.
Ainda voltaria a jogar na base do Flamengo de 2001 a 2005, quando tinha entre 10 e 14 anos, mas logo o Barcelona percebeu o potencial dele e o levou para a sua base. Profissionalizou-se pelo clube catalão em 2008 e o defendeu até 2013, quando foi para o Bayern, onde permanece até hoje.
Ao contrário do irmão, Rafinha, que defende a seleção brasileira, Thiago optou por jogar pela Espanha. Entre 2007 e 2013, participou de todas as seleções de base da seleção. Sua estreia na equipe principal foi em 2011, em um amistoso contra a Itália. Mas uma lesão o impediu de jogar a Euro de 2012 e os Jogos Olímpicos de Londres-2012.
Dois anos depois, nova decepção. Uma lesão no joelho direito tirou de Thiago a chance de jogar a Copa do Mundo do Brasil. A Euro da França será, portanto, sua primeira competição pelo time de Vicente del Bosque. E espera repetir o sucesso que teve na base, onde foi campeão europeu sub-17 e bicampeão europeu sub-21.
THIAGO MOTTA (ITÁLIA)
O agora camisa 10 da Azzurra também nunca jogou no futebol brasileiro profissionalmente. Nascido em São Bernardo, o volante de 33 anos atuou no Juventus, de São Paulo, mas de lá seguiu para o Barcelona B, em 1999. Defendeu o Barcelona de 2001 a 2007, quando foi para o Atlético de Madrid para mais uma temporada.
No ano seguinte, começou a sua relação com o futebol italiano. Defendeu o Genoa na temporada 2008-09 e logo em seguida desembarcou na Inter de Milão, time pelo qual jogou por três temporadas e teve sucesso conquistando a Liga dos Campeões de 2010. Foi seu segundo título europeu, uma vez que tinha sido campeão com o Barcelona em 2006.
Jogador do PSG, da França, desde 2012, Thiago defendeu a seleção brasileira sub-17 e depois jogou pela equipe principal em duas partidas. Mas foram jogos considerados não-oficiais pela Fifa, abrindo a possibilidade de ele defender a Itália, pois Thiago tinha dupla nacionalidade por ser neto de um italiano.
Foi o que aconteceu em 2011, quando ele foi convocado para um amistoso da Itália contra a Alemanha. Thiago defendeu a Itália na Eurocopa de 2012, quando o time foi vice-campeão sendo goleado pela Espanha por 4 a 0 na final. Dois anos depois, veio ao Brasil para jogar a Copa do Mundo pela Itália, que foi eliminada na primeira fase.
ÉDER (ITÁLIA)
Ao contrário dos exemplos anteriores, Éder jogou profissionalmente no Brasil antes de se aventurar pelo futebol italiano. Nascido em Lauro Müller, em Santa Catarina, o atacante de 29 anos jogou pelo Criciúma entre 2004 e 2005 antes de ir para a Itália.
Na terra do Calcio, Éder passou por Empoli, Frosinone, Brescia e Cesena antes de chegar na Sampdoria para fazer sucesso. Na equipe de Gênova marcou 49 gols e despertou não apenas o interesse da Inter de Milão, que o contratou em janeiro, no meio da temporada, como também da seleção italiana.
Por ter dupla cidadania, pois o seu bisavô era italaino, Éder foi chamado pelo técnico Antonio Conte. Em março do ano passado, fez sua estreia em um amistoso contra a Bulgária. E ele logou marcou um dos gols do empate em 2 a 2. Os 11 jogos que fez pela Itália convenceram Conte, que o incluiu na lista final dos 23 jogadores que estarão na Euro. Será a primeira competição do brasileiro pela Azzurra.
GUILHERME MARINATO (RÚSSIA)
Nascido em Cataguases, em Minas Gerais, o goleiro do Lokomotiv Moscou também é outro que jogou no Brasil profissionalmente. Ele defendeu o Atlético-PR de 2002 a 2007, antes de seguir para a Rússia.
Ele sempre defendeu o Lokomotiv, clube pelo qual já atuou em 181 partidas e foi campeão da Copa da Rússia em 2015. Em novembro de 2015, ganhou a cidadania russa e foi convocado para os amistosos contra a Lituânia e a França. Sua estreia foi na partida contra a Lituânia, quando a Rússia venceu por 3 a 0.
Foi o suficiente para ele ser incluído na lista final do técnico Leonid Slutsky. Mas Guilherme deve ser reserva na Euro. O titular do gol russo será Igor Akinfeev, do CSKA Moscou.
THIAGO CIONEK (POLÔNIA)
Ao lado de Guilherme, Thiago está entre os brasileiros desconhecidos da Euro. Nascido em Curitiba, o zagueiro do Palermo, de 30 anos, se profissionalizou pelo Cuiabá, em 2005. Logo em seguida, foi para o Bragança, de Portugal, mas voltou para o Brasil em 2007 para jogar pelo CRB, de Alagoas.
Em 2008, a vida de Thiago começou a mudar quando ele voltou para a Europa para jogar pelo Jagiellonia Bialystok. Foram quatro temporadas pela equipe polonesa e dois títulos: a Copa da Polônia de 2010 e a Supercopa da Polônia do mesmo ano.
Em outubro de 2011, Thiago recebeu a cidadania polonesa. Três anos depois, ele fez sua estreia em um amistoso contra a Alemanha. O zagueiro já tem 15 jogos pela Polônia e vai disputar sua primeira competição pela seleção de Lewandowski.
Desde 2012, Thiago está no futebol italiano. Jogou por Padova e Modena antes de ser contratado pelo Palermo em janeiro.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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