O time desta semana é uma homenagem, digamos assim, olímpica. Já que a República Tcheca foi o primeiro país a ter o hino tocado nos Jogos de Pequim, vamos então falar um pouco sobre o time da cidade onde nasceu a atiradora Katerina Emmons, primeira atleta a conquistar uma medalha de ouro na edição deste ano das Olimpíadas. Falo, evidentemente, do Viktoria Plzen.
Fundado em 1911, o time da cidade de Pilsen já teve, acreditem, sete nomes diferentes. Isso é que é ter problema de identidade. Vejam só. Ele nasceu como SK Viktoria Plzen, mas em 1949 mudou para Sokol Skoda Plzen. Três anos depois, se tornaria Sokol ZVIL Plzen (a sigla do meio significa Závody Vladimíra Iljice Lenina. Repitam de novo com a pronúncia tcheca).
Este nome bizarro durou apenas um ano até que o time virou DSO Spartak LZ Plzen. Em 1962, mudaria para TJ Spartak LZ Plzen. Mas o clube, sempre insatisfeito e em busca do seu verdadeiro eu, mudou de novo de nome em 1965 para TJ Skoda Plzen. E foi o segundo período mais duradouro desta identidade, que só adotou o atual nome em 1993.
Time de pequeno porte, o Viktoria Plzen vive num verdadeiro vai-e-vem entre a primeira divisão e as séries inferiores do seu país. Atualmente a equipe disputa a Gambrinus League, a primeira divisão tcheca. O time terminou a última temporada na nona colocação.
Embora nunca tenha sido campeão tcheco, o Viktoria Plzen pode ostentar em sua econômica sala de troféus um título da Copa da Tchecoslováquia (sim, naquele tempo o país não tinha se dividido) conquistado na temporada 70/71, nos pênaltis, sobre o poderoso time do Sparta Praga, o maior do país.
Um duelo que deixou os habitantes de Pilsen, cidade de pouco mais de 160 mil habitantes que fica na região oeste da República Tcheca, certamente emocionados. Tão felizes que eles devem ter comemorado com muita cerveja. Afinal, vocês devem ter desconfiado que a cerveja do tipo pilsen, aquela dourada que você aí está consumindo em algum bar do mundo, já consumiu ou ainda vai beber hoje, tinha alguma relação com a cidade. Criada no século XIX, este é o tipo de cerveja mais consumido do planeta atualmente.
Além da cerveja e de Katerina Emmons, Pilsen também é conhecida por dois filhos ilustres: o goleiro Petr Cech, do Chelsea, e o físico alemão Peter Grunberg, ganhador do Nobel do ano passado, mas que nasceu quando a cidade era dominada pelos nazistas, em 1939.
De volta ao futebol, o Viktoria Plzen (teste o seu tcheco clicando aqui para conhecer o site oficial do clube), tem como cores principais o vermelho (cor da camisa número 1) e o azul (usado no short e no meião). O uniforme número 2 é todo branco. A equipe joga no Struncovy Sady Stadion, que tem capacidade para 7.470 pessoas. E entre os atletas que compõem o poderoso plantel do Viktoria há, é claro, um brasileiro. É o atacante Paulo Rodrigues da Silva, ex-jogador de Paraná, Palmeiras e São Paulo. Pelo menos é o que diz o site oficial do Plzen. Eu confesso que não lembro dele.
É isso amigos. Até o próximo time bizarro.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)
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