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sábado, 4 de outubro de 2008

Que fase, hein Klinsmann

Haja cerveja para afogar as mágoas dos torcedores do Bayern de Munique. Pelo visto, a nova temporada não será igual aquela que passou, quando a equipe, então comandada por Ottmar Hitzfeld, acabou com o título da Bundesliga e da Copa da Alemanha, embora tenha fracassado na Copa da Uefa ao ser eliminada nas semifinais pelo Zenit, da Rússia.
Desde que o ex-atacante da equipe e ídolo da seleção alemã Jurgen Klinsmannassumiu o time a equipe da Baviera fez sete partidas pelo Campeonato Alemão e mais duas pela Uefa Champions League.  Nos nove jogos, foram três vitórias, quatro empates e duas derrotas. Marcou 17 gols e sofreu 14. Uma campanha modestíssima para um time do porte do Bayern.
Se o Bayern lidera o grupo F da Liga dos Campeões com quatro pontos ganhos, na Bundesliga o time ocupa apenas a 11ª colocação com nove pontos, quatro atrás dos líderes 1899 Hoffenheim, Hamburgo e Stuttgart, que têm 13 pontos. Só que o Hamburgo visita o Energie Cottbus neste domingo e pode se isolar na liderança, ficando a sete da equipe bávara.
Contratado devido ao ótimo trabalho que fez na seleção alemã, quando levou uma equipe desacreditada ao terceiro lugar, Klinsmann ainda não conseguiu acertar o time do Bayern. O treinador parece estar tendo dificuldade para implementar sua filosofia de trabalho no clube.
Lembro de uma palestra dele no ano passado, quando esteve no IV Fórum Internacional do Futebol na Barra da Tijuca. Ele falou da necessidade de manter os jogadores focados e unidos e chegou a descrever um exercício que fazia com os jogadores que consistia em montar um relógio. Isso, ele dizia, era para que os atletas trabalhassem a concentração e a paciência. Pela cara manager do time, Ulli Hoeness, na foto aí em cima, você acredita que os dirigentes do Bayern estão montando muitos relógios?
Brincadeiras à parte, a palestra que tinha o nome pomposo "A quinta dimensão no desenvolvimento dos jogadores - o desenvolvimento pessoal" foi realmente bastante interessante. Klinsmann dizia que, para trabalhar a questão da união do grupo, organizava encontros com os jogadores e suas famílias e lembrava que o futebol era um jogo mental, mas ninguém ensinava ao atleta como se trabalhava isso.
- Todos dizem que o futebol é um jogo mental, mas ninguém nos educa como focar os nossos objetivos e trabalharmos para evoluir no trabalho diário. O futebol é uma experiência de aprendizado - disse ele na ocasião.
Ele me pareceu um técnico do tipo motivador, uma espécie de Renato Gaúcho alemão, mas que havia feito uma pequena "revolução" no futebol alemão ao fazer a seleção jogar com muita velocidade, intensa troca de passes e sempre para frente. Uma das filosofias do treinador era a de matar o jogo logo. Se você faz um gol, tem que se esforçar para marcar o segundo o quanto antes.
No Bayern, porém, que jogava num 4-4-2 clássico com Hitzfeld, ele ainda não conseguiu fazer isso. Tudo bem que Klinsmann foi prejudicado pela ausência do francês Franck Ribery no início da temporada. Junto com o atacante italiano Luca Toni, os dois foram os jogadores que conduziram a equipe ao título da temporada passada. Machucado, Ribery só voltou ao time na rodada passada, mas ainda assim não tem conseguido ajudar um time que está devendo.
Na próxima rodada, o Bayern joga contra o Karlsruher fora de casa. Partida complicada. Haja relógio para a torcida montar.
Resultados da rodada:
Sexta-feira:
Arminia Bielefeld 1 x 2 Karlsruhe 

Sábado:
Bayer Leverkusen 0 x 1 Hertha Berlin 

Bayern Munique 3 x 3 Bochum 

Hoffenheim 2 x 1 Eintracht Frankfurt 

Stuttgart 4 x 1 Werder Bremen 

Borussia Monchengladbach 1 x 2 Colonia 
Jogos de domingo:
Borussia Dortmund x Hannover 

Energie Cottbus x Hamburgo 

Schalke 04 x Wolfsburg
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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