Foi um resultado histórico e que ficará marcado para sempre na trajetória do futebol brasileiro. O 7 a 1 sofrido pela seleção na semifinal da Copa do Mundo contra a Alemanha completa um ano nesta quarta-feira. Doze meses depois, alguns jogadores que estiveram em campo naquela trágica derrota permanecem com prestígio na equipe agora comandada por Dunga. Outros nunca mais foram convocados.
FOTOGALERIA: As imagens da goleada histórica
PECADOS CAPITAIS: Os sete erros do Brasil na goleada
Veja o que aconteceu com cada um deles e com o técnico Luiz Felipe Scolari nos 12 meses após a humilhante derrota no Mineirão. E no fim do post, a ficha técnica e um vídeo com os gols daquele jogo histórico.
O OUTRO LADO: Löw pediu aos alemães para não "humilharem" o Brasil
Júlio Cesar - O goleiro que levou dez gols em dois jogos (na disputa do terceiro lugar o Brasil perdeu de 3 a 0 para a Holanda) não teve problema para encontrar um novo clube após a Copa. Depois de viver momentos de incerteza no Queens Park Rangers e no Toronto antes do Mundial, Júlio César foi para o Benfica, onde conquistou o título português e da Taça da Liga na temporada passada. Nunca mais voltou para a seleção.
Maicon - O lateral de 33 anos continuou jogando pela Roma após o Mundial. Mas na temporada passada entrou em campo apenas 19 vezes e frequentemente ficava no banco na equipe. Ainda está no time italiano. Nunca mais jogou na seleção.
David Luiz - Embora tenha tido uma atuação desastrosa na goleada, David Luiz foi um dos poucos poupados pelo técnico Dunga, que assumiu a seleção após a Copa. Passou por sua primeira temporada no PSG, onde foi bem, e hoje é um dos líderes do Brasil.
Dante - O zagueiro que substituiu o suspenso Thiago Silva foi outro a ter uma atuação desastrosa nos 7 a 1. Após a Copa, perdeu prestígio no Bayern de Munique, virou reserva e, quando jogava não teve boas atuações. NUnca mais voltou para a seleção.
Marcelo - O lateral do Real Madrid não foi afetado pelo 7 a 1. Continuou tendo boas atuações pelo time espanhol e sendo convocado para a seleção brasileira. Só não disputou a Copa América porque estava lesionado.
Luiz Gustavo - O volante fez uma excelente temporada pelo Wolfsburg, ajudando o time a ser vice-campeão alemão e campeão da Copa da Alemanha. Foi poupado das consequências da goleada e continuou defendendo a seleção após a Copa. Ele só não jogou a Copa América porque estava lesionado.
Fernandinho - Depois de uma ótima temporada pelo Manchester City antes da Copa, o volante não repetiu o mesmo nível de atuações na temporada seguinte após a Copa. Foi outro que continuou sendo convocado pela seleção e disputou a Copa América deste ano.
Bernard - O meia que Felipão descreveu como tendo "alegria nas pernas" foi uma das escalações mais controversas nos 7 a 1. Ele substituiu Neymar, que havia se lesionado nas quartas de final contra a Colômbia, mas teve uma péssima atuação em campo. Bernard é reserva do Shakhtar Donetsk e nunca mais voltou para a seleção.
Oscar - Autor do gol de honra do Brasil, Oscar teve uma temporada de altos e baixos no Chelsea. Continuou sendo convocado pela seleção e só esteve ausente da Copa América por lesão.
Hulk - O atacante nunca mais voltou para a seleção, mas o seu prestígio no futebol russo permaneceu inabalável. E Hulk fez por merecer em campo. Foi artilheiro e campeão da Liga Russa com o Zenit.
Fred - O centroavante do Fluminense foi considerado um dos grandes culpados pelo fracasso do Brasil na Copa. Único presente no 7 a 1 que jogava no país, aguentou críticas e vaias, mas foi acolhido pela torcida tricolor. Após a Copa, foi artilheiro do Campeonato Brasileiro com 18 gols e continua sendo um ídolo do Flu. Nunca mais voltou para a seleção.
Paulinho - Reserva do Tottenham antes da Copa, Paulinho foi cada vez menos aproveitado na equipe principal do clube inglês na temporada seguinte. Fez apenas 30 jogos e, ao fim da temporada, se transferiu para o Guangzhou Evergrande, da China. Nunca mais jogou pela seleção.
Ramires - O volante do Chelsea tem prestígio com José Mourinho, mas o técnico o usou menos na última temporada em comparação com a temporada anterior (foram 28 jogos contra 46 um ano antes). Continua no clube inglês, mas não vem sendo lembrado pelo técnico Dunga para a seleção. Desde a chegada do novo treinador, entrou em campo apenas nos dois primeiros amistosos contra Colômbia e Equador.
Willian - Também jogador do Chelsea, o meia ajudou a equipe a ser campeã inglesa e da Copa da Liga Inglesa na temporada seguinte. Continuou sendo convocado para o time de Dunga e foi titular da seleção na Copa América.
Felipão - Depois do fracasso dirigindo o Brasil na Copa, Felipão não ficou muito tempo desempregado. No dia 29 de julho do ano passado, assumiu o Grêmio para comandar a equipe no Campeonato Brasileiro. Sob o seu comando, o time gaúcho terminou o torneio na sétima colocação, não tendo conseguido atingir o objetivo de conseguir uma vaga na Libertadores. A aventura gremista durou menos de um ano. No dia 19 de maio, ele deixou o clube em comum acordo com a diretoria após o desempenho ruim no Campeonato Gaúcho. Duas semanas depois, ele assinou contrato para treinar o Guangzhou Evergrande, da China. Nesta semana, o seu time participou de outro jogo de sete gols. Mas dessa vez Felipão saiu vencedor. O Guangzhou atropelou Chongging Lifan por 7 a 0.
Brasil 1 x 7 Alemanha
Local: Mineirão, em Belo Horizonte, Minas Gerais
Árbitro: Marco Rodríguez (MEX), auxiliado por Marvin Torrentera (MEX) e Marcos Quintero (MEX)
Cartão amarelo: Dante (Brasil)
Gols: Thomas Müller aos 11, Klose aos 23, Toni Kroos aos 24 e aos 26 e Khedira aos 29 minutos do primeiro tempo e Schürlle aos 24 e aos 34 minutos do segundo tempo para a Alemanha. Oscar aos 45 minutos do segundo tempo para o Brasil.
Brasil: Júlio César, Maicon, Dante, David Luiz e Marcelo; Fernandinho (Paulinho), Luiz Gustavo, Hulk (Ramires) e Oscar; Bernard e Fred (Willian). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Alemanha: Neuer, Philipp Lahm, Boateng, Hummels (Mertesacker) e Höwedes; Khedira (Draxler), Schweinsteiger, Toni Kroos e Özil; Thomas Müller e Klose (Schürrle). Técnico: Joachim Löw.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)
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