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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Time desconhecido da semana - Simba SC

Hoje vamos falar de um time da terra de Farookh Bulsara. Você não sabe quem é Farookh Bulsara? Tem certeza? Não ligou o nome à pessoa? Então vamos explicar. Aproveitando que o Queen + Paul Rodgers passou por aqui por esses dias, resolvemos falar de um time da terra de Freddie Mercury. O vocalista clássico do velho Queen nasceu sob o singelo nome de Farookh Bulsara no arquipélago de Zanzibar, cujas primeiras letras se uniram às de Tanganyika para formar o bonito nome Tanzânia.
Se o nobre leitor, porém, estiver dizendo que a gente não pode usar este mote porque o vocalista atual do Queen é o Paul Rodgers, respondemos que Rodgers é de Middlesbrough e este time é muito conhecido. Aparece todo dia nas páginas do jornal. Para vocês terem uma idéia, o Afonso Alves joga lá. Além do mais, Freddie aparece no show num, digamos, “dueto espírita” com Rodgers em “Bohemian Rhapsody”. Logo, está valendo.
Dadas as explicações, viajamos até a Tanzânia para escrever tudo o que sabemos sobre o Simba Sports Club (e tivemos que suar para conseguir isso). Embora não seja o Rei Leão da Disney, o Simba é o manda-chuva da floresta lá pelos cantos da Tanzânia. O alvirrubro é o maior campeão da história daquele país com 17 conquistas, tendo dois títulos a mais do que o seu principal rival, o Young Africans.
Fundado em 1936, o Simba – que, aliás, significa Leões em suali – é mais um time da nossa série a sofrer com crises de identidade. A equipe já teve diversos nomes entre eles, vejam só, Queens. Sim, Rainhas era como a equipe era chamada quando foi feita (se é que foi) a ata de fundação do clube. O clube também já se chamou Eagles e Dar Sunderland. Foi com este nome, aliás, que ele conquistou seus dois primeiros campeonatos nacionais em 1965 e 1966.
Em 1971, porém, o nosso Taifa Kubwa ou Msimbazi Street Boys, apelidos pelos quais o time é conhecido, resolveu definitivamente seu problema e ganhou o nome atual. E pelo visto deu sorte, pois a partir daí o time conquistou mais 15 torneios nacionais, além de três Copas da Tanzânia (1984, 1995 e 2000).
Mas a maior glória do Simba não é um troféu levantado ao som de “We are the champions” e sim a sua maior participação num torneio continental. Em 1993, o time foi finalista da Copa da África. Na ocasião, a equipe perdeu para o Stella Abidjan, da Costa do Marfim, por 2 a 0 após um 0 a 0 na primeira partida.
Natural de Dar es Salaam, maior cidade da Tanzânia e que já foi capital do país até perder o status para Dodoma em 1996, o Simba mandava seus jogos no National Stadium, cujo nome oficial é William Mkapa Stadium. O local tem capacidade para 25 mil espectadores. Mas hoje o time também disputa suas partidas no Benjamim Mkapa Stadium, com capacidade para 60 mil pessoas e que foi fundado no ano passado com direito a todas as especificações da Fifa. Será que a Tanzânia também está pleiteando a organização de uma Copa?
Um estádio que é muito maior que o anterior, mas que não condiz com o futebol apresentado neste temporada pelo Simba. Atualmente, o time ocupa uma modestíssima sexta posição no “Tanzanão 2008”. Após 11 rodadas, a equipe soma 14 pontos, a metade do Young Africans que caminha a passos largos para a conquista de mais um título. Ainda falta a disputa de todo o segundo turno (o Tanzanão tem 12 equipes), mas pelo visto o troféu vai ficar entre o Africans e o Kagera Sugar, que soma 23 pontos.
Contudo vamos continuar torcendo pelo Simba. Até porque há uma lenda de que quando o time é citado aqui neste espaço ele costuma se dar bem e desanda a ganhar. Taí o Hoffenheim, líder da Bundesliga, que não nos deixa mentir.
É isso galera. Até o próximo time bizarro. Como não consegui nem um site oficial do Simba, muito menos da Federação de Futebol da Tanzânia, não tenho como indicar links para uma leitura suplementar. Se, no entanto, vocês descobrirem algo, não tenham vergonha de nos dizer. Prometemos um grande prêmio: a citação do seu nome no post.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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