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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Campeonato Inglês começa com os favoritos de sempre

No próximo fim de semana começa o Campeonato Inglês 2010-2011. Com exceção do Manchester City, que de novo abriu o cofre e aparentemente ainda não fechou, neste ano os clubes do país investiram pouco. A maioria manteve os seus times e fez contratações pontuais.
Mais uma vez a Premier League promete ser muito disputada e assim como na última temporada decidida nas últimas rodadas. Os favoritos são os de sempre: Manchester United, Chelsea, o atual campeão, Arsenal e Liverpool. Quem mais uma vez promete entrar nesse clube é o City graças ao dinheiro dos árabes donos do time. Também corre por fora o Tottenham, que fez uma grande temporada 2009-10 e vai disputar a Liga dos Campeões neste ano.
Neste início de caminhada, pode pesar a favor dos times aqueles que souberem lidar melhor com um possível desgaste dos jogadores que disputaram a Copa do Mundo, tiveram menos tempo de férias e ainda estão voltando a melhor forma. A liga inglesa foi a que mais cedeu jogadores para o Mundial e as seis principais equipes perderam praticamente seus times inteiros para o torneio da África do Sul.
A julgar pelos resultados na pré-temporada, pode-se dizer que Manchester United, Arsenal e Tottenham saem ligeiramente na frente. Os Red Devils comandados pelo eterno Alex Ferguson (ele vai para a sua 25ª temporada, sendo que será a 24ª inteira) fizeram sete jogos, conquistaram cinco vitórias e perderam apenas duas vezes.
Os triunfos foram contra o Celtic (3 a 1 em Toronto, no Canadá), Philadelphia Union (1 a 0 na Filadélfia, Estados Unidos), seleção da Major League Soccer (5 a 2 nos Estados Unidos), Seleção da Liga da Irlanda (7 a 1) e a vitória por 3 a 1 sobre o Chelsea na final da Supercopa da Inglaterra no domingo. A única derrota foi para o Kansas City Wizards (2 a 1) e para o Chivas Guadalajara (3 a 2) na excursão pela América do Norte.
Principal jogador do Manchester, o atacante Wayne Rooney, que teve atuação apagada na Copa, voltou ao time contra a seleção do Campeonato Irlandês e não marcou. Contra o Chelsea, jogou apenas 45 minutos, tempo suficiente para dar o passe para o primeiro gol, marcado por Valencia. O Shrek também disputou o amistoso da Inglaterra contra a Hungria no meio de semana, mas também não marcou.
O segundo foi de Javier "Chicharito" Hernández, mexicano que foi uma das revelações da Copa e contratado junto ao Guadalajara por 10 milhões de libras (R$ 28 milhões). No total, o Manchester gastou 20 milhões de libras (R$ 56 milhões) em contratações. O outro investimento foi no zagueiro Chris Smalling, do Fulham, também por 10 milhões de libras.
Já o Arsenal foi ainda mais econômico. Gastou apenas 10 milhões de libras na contratação de Laurent Koscielny, do Lorient, da França. Mas outros três jogadores vieram sem custos. Entre eles, o atacante marroquino Chamakh, do Bordeaux, que marcou três gols na pré-temporada em que os Gunners fizeram seis jogos com cinco vitórias - 4 a 0 no Barnet, da quarta divisão inglesa, 3 x 0 no Sturm Graz, da Áustria, 4 a 0 no Neusiedl 1919, time da terceira divisão austríaca, 3 a 2 no Celtic pela Emirates Cup e 6 a 5 no Légia Varsóvia, da Polônia - e um empate contra o Milan (1 a 1) pela Emirates Cup.
Outro destaque da pré-temporada do time de Arsene Wenger foi o francês Nasri. Convocado pelo técnico Laurent Blanc para o amistoso em que a França perdeu para a Noruega por 2 a 1, o atacante marcou cinco gols até aqui.
O Tottenham foi o que mais jogou até agora. Foram nove partidas e um bom desempenho com cinco vitórias (4 a 0 no Bournemouth, da terceira divisão inglesa, 2 a 1 no New York Red Bulls, 1 a 0 no Benfica, 1 a 0 no Ipswich e 3 a 2 na Fiorentina), três empates (0 a 0 com o San Jose, 2 a 2 com o Sporting e 2 a 2 com o Leyton Orient, da terceira divisão inglesa) e apenas uma derrota para o Villarreal (4 a 1).
Os Hotspurs gastaram apenas seis milhões de libras (R$ 16,8 milhões) para tirar Sandro do Internacional. O volante está disputando a decisão da Libertadores contra o Chivas e não deve se apresentar agora.
Único que já fez partidas oficiais por estar nas fases preliminares da Liga Europa, o Liverpool do novo técnico Roy Hodgson celebrou como grandes conquistas a manutenção dos seus astros Steven Gerrard, autor dos dois gols da Inglaterra contra a Hungria na quarta-feira, e Fernando Torres. Os Reds perderam Riera e Benayoun, mas trouxeram Joe Cole, do Chelsea, sem custos. Assim como Jovanovic, autor do gol da vitória da Sérvia sobre a Alemanha na Copa. Os gastos em contratações somaram apenas 6,7 milhões de libras (R$ 18,7 milhões) para trazer Jonjo Shelvey, do Charlton, e Danny Wilson, do Rangers.
Até agora, o Liverpool fez cinco jogos. Venceu os dois duelos contra o Rabotnicki, da Macedônia (ambos por 2 a 0), mas perdeu os amistosos contra o Kaiserslautern (1 a 0) e o Borussia Monchengladbach (1 a 0) e empatou com o Grasshopers (0 a 0). Resultados que trouxeram desconfiança ao torcedor.
Clube que vinha gastando milhões nos últimos anos, dessa vez o Chelsea foi bem mais econômico. O russo Roman Abramovich abriu a carteira para tirar "apenas" 13,9 milhões de libras (R$ 38,9 milhões). Esse foi a quantia gasta para tirar Benayoun do Liverpool, Delac do Inter Zapresic, da Croácia, e Tomas Kalas, do Sigma Olomouc. Sendo que Kalas foi imediatamente emprestado ao clube tcheco. A quantia por reforços ainda pode subir para 32,1 milhões de libras (R$ 90 milhões) quando for confirmada a contratação de Ramires, do Benfica por 18,2 milhões de libras. Além de Joe Cole, o Chelsea liberou Deco e Belletti para o Fluminense e Ballack para o Bayer Leverkusen e vendeu Stoch para o Fenerbahçe.
A pré-temporada do time de Carlo Ancelotti não foi das melhores. Em cinco jogos, conquistou apenas uma vitória (1 a 0 sobre o Crystal Palace) e perdeu quatro jogos para o Ajax (3 a 1), Eintracht Frankfurt (2 a 1), Hamburgo (2 a 1) e Manchester United (3 a 1) na decisão da Supercopa da Inglaterra.
Na contramão do cinto apertado, o Manchester City gastou até agora 79 milhões de libras (R$ 221,5 milhões) para contratar Yayá Touré, do Barcelona (28 milhões de libras), Boateng, do Hamburgo (10 milhões de libras), David Silva, do Valencia (24 milhões de libras), e Kolarov, da Lazio (17 milhões de libras). E o clube ainda promete fazer propostas para tirar James Milner do Aston Villa e Balotelli da Inter de Milão. Na última temporada, o City gastou mais de 100 milhões de libras em contratações.
Muito dinheiro investido, mas os resultados do time de Roberto Mancini na pré-temporada ainda não empolgaram o torcedor dos Citizens. Foram seis jogos e apenas uma vitória sobre o Valencia (2 a 0). O time ainda empatou com o América, do México, por 1 a 1 e sofreu quatro derrotas para o Sporting Lisboa (2 a 0), New York Red Bulls (2 a 1), Inter de Milão (3 a 0) e Borussia Dortmund (3 a 1).
O destaque da pré-temporada não foi nenhuma das novas contratações, mas o atacante brasileiro Jô, que esteve emprestado ao Everton na última temporada. Ele marcou três gols, mas pode não permanecer no clube que terá Robinho de volta e ainda conta com nomes como Adebayor, Roque Santa Cruz, Tevez e Bellamy para o ataque.
O Manchester City estreia no Campeonato Inglês contra o Tottenham no sábado, em White Hart Lane, em Londres. No mesmo dia, o Chelsea recebe o West Bronwich em Stamford Bridge. No domingo é a vez do clássico entre Liverpool e Arsenal em Anfield Road. O Manchester United estreia na segunda-feira em Old Trafford contra o Newcastle, que está de volta à primeira divisão.
Os outros jogos acontecem no sábado. São eles: Aston Villa x West Ham, Blackburn x Everton, Bolton x Fulham, Sunderland x Birmingham, Wigan x Blackpool e Wolverhampton x Stoke City.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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