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domingo, 11 de julho de 2010

Vitória da Espanha premia o melhor futebol da Copa

Quando a Espanha estreou na Copa perdendo da Suíça num jogo em que dominou amplamente, logo se achou que a Fúria iria amarelar de novo. Mas ali ela já mostrava o futebol envolvente e de troca de passes ao estilo do Barcelona que seria vitorioso neste domingo no Soccer City, em Johannesburgo. 

Sem perder a calma, o técnico Vicente del Bosque manteve o seu time jogando da mesma forma com o meio-campo habilidoso com Busquets, Xabi Alonso, Xavi e Iniesta e a forte defesa formada por Casillas, Sérgio Ramos, Piqué, Puyol e Capdevilla. Defesa esta que levou apenas dois gols e se despede da Copa do Mundo acumulando 433 minutos sem levar gols. Lembremos que o recorde estabelecido pela Suíça nesta Copa foi de 558 minutos.
A Fúria só não foi melhor no setor ofensivo, terminando com um dos piores ataques campeões da história, com apenas oito gols, porque careceu de mais poder de fogo num ataque que sofreu com a lesão de Fernando Torres antes da Copa. Herói da conquista da Eurocopa há dois anos, o jogador do Liverpool operou o joelho antes do Mundial, mas não conseguiu fazer uma boa Copa. E ainda deixou o gramado machucado no segundo tempo da prorrogação.
Mas quando foi preciso, David Villa decidiu. E foram muitos jogos decididos pelo centroavante que trocou o Valencia pelo Barcelona antes da Copa: 2 a 0 em Honduras (dois gols), 2 a 1 no Chile (um gol dele e outro de Iniesta), 1 a 0 em Portugal (um gol) e 1 a 0 no Paraguai (um gol).
Com cinco gols, Villa acabou terminando como o artilheiro da Copa junto com o uruguaio Diego Forlán, eleito merecidamente o melhor jogador do Mundial, o alemão Thomas Müller, eleito merecidamente a revelação do Mundial, e o holandês Sneijder. Desde 1962, a Copa não tinha tantos artilheiros. No Mundial do Chile, foram seis artilheiros, todos com quatro gols: Garrincha e Vavá (Brasil), Leonel Sanchez (Chile), Drazan Jerkovic (Tchecoslováquia), Florian Albert (Hungria) e Valentin Ivanov (União Soviética).
Na final, a Espanha impôs o seu jogo como já fizera diante da Alemanha na semifinal no confronto entre as duas melhores seleções da Copa. A Fúria só não venceu com mais tranquilidade porque a Holanda fez uma marcação extremamente dura e muitas vezes desleal. Não jogou como a Holanda que sempre foi e nem como a Holanda desta Copa, que foi uma seleção mais pragmática, de muita marcação, mas sem apelar para a violência.
No final, o título, o primeiro de um país europeu longe do Velho Continente, acabou sendo merecido. Foi um prêmio ao melhor futebol jogado por uma seleção que é a melhor do mundo há pelo menos dois anos. Desde a estreia na Eurocopa de 2008, a Espanha fez 39 jogos e venceu 36. A Fúria é apenas a segunda seleção da história campeã do continente e posteriormente campeã do mundo. A outra foi a Alemanha, campeã europeia em 72 e mundial em 74. O que mostra que a taça da Copa do Mundo, que vai pela primeira vez para Madri, está em boas mãos.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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