Responda rápido? Qual foi a última vez que você viu um jogo de futebol em que todos os jogadores de meio-campo, setor fundamental num time de futebol, sabem jogar bola? Não tem um brucutu nem na Espanha nem na Alemanha. Por isso, o duelo da próxima quarta-feira será muito interessante e raro. Além de ser o confronto entre os dois melhores meio-campos da Copa do Mundo.
De um lado teremos a Espanha com Busquets, Xabi Alonso, Xavi e Iniesta. E com a possibilidade de Fábregas também jogar caso o técnico Vicente del Bosque desista de vez do atacante Fernando Torres, que ainda não marcou na Copa, e passe a jogar como a Espanha jogou em parte da vitória por 1 a 0 deste sábado contra o Paraguai com apenas o artilheiro David Villa na frente (que Copa está fazendo a nova contratação do Barcelona).
Do outro, o meio-campo sensação do Mundial com Khedira, Schweinsteiger e Özil, mas que infelizmente não poderá contar com Thomas Müller, suspenso por ter recebido o segundo cartão amarelo no massacre contra a Argentina. Seu substituto pode ser Trochowski, do Hamburgo, que tem entrado em todas as partidas no segundo tempo, ou Toni Kroos, do Bayer Leverkusen, que é jovem (tem 20 anos) e atuou em duas partidas, sempre também entrando no segundo tempo. Com qualquer opção, o técnico Joachim Löw está bem servido, embora Müller seja melhor.
Reedição da final da Eurocopa de dois anos atrás, quando os espanhóis levaram a melhor, a semifinal do Mundial promete ser mais um grande jogo desta Copa que depois que entrou na sua fase de oitavas de final só teve mesmo uma partida verdadeiramente ruim: o empate por 0 a 0 entre Paraguai e Japão que terminou com a vitória paraguaia nos pênaltis.
Os outros 11 jogos tiveram sua carga de emoção, de bom futebol, polêmica, enfim, cada um com sua história que ficará marcada na Copa do Mundo da África do Sul e que já faz com que essa Copa seja bem melhor tecnicamente que a de 2006.
É impossível saber quem levará a melhor agora em Durban, mas o meio-campo que conseguir fazer prevalecer o seu jogo pode muito bem disputar a final contra Holanda ou Uruguai, o outro jogo que promete fortes emoções.
A Espanha tem um time de muito toque de bola com sua tática que se assemelha a uma roda de bobo, mas tem dificuldade para concluir quando a bola não está nos pés de David Villa, autor de cinco dos seis gols da Fúria na Copa.
Já a Alemanha gosta de jogar em velocidade e matar o lance logo. Para isso tem jogadores que gostam de definir como Klose, Podolski e Müller. A jovem estrela do Bayern de Munique fará falta ao time de Löw por ser um dos pontos fundamentais dos contra-ataques da equipe, uma das jogadas mais mortais do time alemão.
Mas a promessa é de um grande jogo. Para a Espanha, que chega pela primeira vez em sua história às semifinais, uma vitória pode significar a primeira final e a melhor colocação da história da Fúria, quarta colocada em 1950. Já os alemães podem disputar sua oitava final, superando o Brasil, que tem sete, e finalmente conquistar o tetracampeonato depois da decepção de 2006, quando caíram nas semifinais em casa para a campeã Itália. Será um jogaço.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)
Nenhum comentário:
Postar um comentário