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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Espanha conseguiu anular o jogo da Alemanha

Observando a semifinal desta quarta-feira até parecia que a Alemanha não passava de um time comum que nos enganou e deu sorte contra a Inglaterra e a Argentina, mas caiu diante de uma equipe muito superior. Não. Basicamente o que causou a queda alemã pela segunda Copa consecutiva nas semifinais foi o jogo espanhol e, claro, a ausência de Thomas Müller no meio-campo.
A equipe do técnico Vicente del Bosque deu o chamado nó tático na de Joachim Löw e dominou toda a partida que terminou com a vitória espanhola por 1 a 0. A Alemanha não conseguiu jogar, não conseguiu impor o seu jogo vertical e de velocidade e caiu na "roda de bobo" espanhola. Prevaleceu o meio-campo mais experiente e talentoso da Fúria, que também mostrou que tem mais banco que a Alemanha.
Enquanto Del Bosque pôde trocar tranquilamente Fernando Torres, que não faz uma boa Copa, por Pedro, Löw não encontrou substituto para o suspenso Müller. O alemão começou a partida com Trochowski, mas o jogador do Hamburgo não conseguiu dar prosseguimento a nenhuma jogada nas poucas vezes em que os alemães tentavam armar o conhecido e mortal contra-ataque. Teve atuação discreta e sempre encontrava cães de guarda na sua frente como Busquets e Xabi Alonso na proteção à zaga e mais atrás Piqué e Puyol, que fizeram grande partida. Acabou substituído pelo jovem Toni Kroos, mas ficou a sensação de que era tarde demais.
Assim, a Alemanha ficou capenga. Contudo mesmo pela esquerda, onde Özil e Podolski mais atuavam havia um enxame vermelho a marcá-los. Mesmo enxame que fez Schweinsteiger não ver a cor da bola após uma atuação de gala contra a Argentina e que deixou Klose desolado e isolado na frente com o recorde de 15 gols de Ronaldo na cabeça e apenas duas chances para igualá-lo. Não deu para o atacante, que tentará contra o Uruguai, no sábado, na decisão do terceiro lugar, sair pelo menos com a marca histórica.
Na batalha do meio-campo, que é onde, na maioria das vezes, se ganha uma partida de futebol, a Espanha impôs o seu jogo. Como um pugilista experiente, batia sempre num dos pontos fracos do time alemão. A insistência em jogar nas costas de Boateng no lado esquerdo alemão foi tática acertada e só não refletiu em gol porque Pedro foi preciosista quando teve a chance de matar o jogo já no segundo tempo quando não passou para Fernando Torres.
Com Xavi e Iniesta fazendo uma boa partida, nem precisou que David Villa estivesse inspirado em campo. O artilheiro da Copa passou em branco, mas não o zagueiro Puyol que não se importou com os gigantes alemães da defesa para fazer o gol histórico que levou a Espanha à sua primeira final.
A inédita decisão com dois times buscando o primeiro título de suas histórias também será uma interessante batalha no meio-campo e promessa de grande partida. Time por time a Espanha é melhor, mas a Holanda tem o jogador da Copa até aqui: Wesley Sneijder.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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