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sábado, 27 de junho de 2015

Virou uma Copa Argentina

Ainda que a qualidade de alguns possa ser questionada e a comparação com o mercado brasileiro não seja tão vantajosa quanto os números sugerem, não deixou de ser um dado a se destacar quando vimos que metade das seleções da Copa América (seis de 12) era treinada por argentinos. Dezessete dias depois, sabemos que ao menos um argentino vai erguer o troféu no sábado que vem. 
Além da própria seleção do país comandada por Gerardo Martino, os outros três semifinalistas tem um “hermano” a frente das suas equipes no banco de reservas. São eles: Jorge Sampaoli, do Chile, Ricardo Gareca, do Peru, e Ramón Diaz, do Paraguai, que eliminou o Brasil neste sábado. Quatro técnicos de estilos diferentes que vão agora se digladiar pelo título do torneio sul-americano.
Os que ficaram pelo caminho foram José Pekerman, que caiu nas quartas de final com a Colômbia diante da Argentina, e Gustavo Quinteros, o único eliminado na primeira fase com o Equador. 
Enquanto eram exaltadas as dez inúteis vitórias seguidas que a seleção de Dunga tinha após a Copa do Mundo, os quatro semifinalistas da Copa América não faziam uma campanha tão “brilhante”. Mas quando foi para valer, valendo três pontos e disputa de título, foram a Argentina, Peru, Chile e Paraguai que chegaram na semifinal. 
Na segunda-feira, Chile e Peru decidem uma vaga na final. No dia seguinte, será a vez de Argentina e Paraguai medirem forças em busca da outra vaga na decisão.
Dos quatro semifinalistas, quem está trabalhando há mais tempo é Sampaoli. No comando do Chile desde 2012, ele já apresenta resultados consistentes. Depois de um excelente trabalho pela Universidad de Chile campeã da Copa Sul-Americana de 2011 e de três títulos nacionais, Sampaoli foi implantar a sua filosofia de toque de bola e um futebol mais técnico na seleção chilena com muito sucesso. A equipe foi terceira colocada nas Eliminatórias para o Mundial de 2014, ficando somente quatro pontos atrás da líder Argentina, e fez uma ótima Copa. Só foi eliminada pelo Brasil nas oitavas de final, nos pênaltis, em um jogo que não merecia perder.
Após a Copa, o Chile de Sampaoli fez 14 jogos (incluindo os da Copa América). Foram oito vitórias, dois empates e quatro derrotas.
Campanha melhor só teve a Argentina de Tata Martino. Por mais que o time de Messi não esteja fazendo uma boa Copa América e o trabalho do ex-técnico do Barcelona possa ser criticado por isso, os argentinos exibem oito vitórias, dois empate e duas derrotas nos 12 jogos que fizeram com o novo treinador após o vice-campeonato mundial no Maracanã.
Lanterna das últimas Eliminatórias, o Paraguai eliminou pela segunda Copa América consecutiva o Brasil nos pênaltis. Comandado por Ramón Diaz, o time tem uma campanha para lá de modesta no mesmo período de agosto do ano passado até aqui. Em 12 jogos, são apenas duas vitórias, seis empates e quatro derrotas. No currículo há empates com os Emirados Árabes Unidos (0 a 0) e derrotas para Coreia do Sul (2 a 0) e China (2 a 1). 
Na Copa América, no entanto, apresentou excelentes resultados. Saiu perdendo todos os jogos contra as três seleções mais tradicionais do continente e foi buscar o empate em todos. Contra a Argentina, estava perdendo por 2 a 0 e terminou em 2 a 2. Tomou um gol do Uruguai, foi buscar o empate e terminou na frente dos atuais campeões no grupo B. Contra o Brasil, jogou melhor no segundo tempo, quando chegou ao empate por 1 a 1. Nos pênaltis, a seleção do veterano capitão Roque Santa Cruz levou a melhor ao vencer por 4 a 3.
O outro semifinalista que não esteve na Copa do Mundo foi o Peru. Comandado pelo mesmo Ricardo Gareca que foi demitido do Palmeiras no ano passado após pouco mais de três meses, o time já repete a campanha de 2011, quando também foi semifinalista e ficou em terceiro lugar. O desafio agora é igualar os feitos de 1939 e 1975, quando foi finalista e terminou como campeão. 
Com Gareca, o Peru fez seis jogos. São duas vitórias, dois empates e duas derrotas. No período pós-Copa, os peruanos fizeram 13 jogos. Foram sete vitórias, dois empates e quatro derrotas.
(Post originalmente publicado no blog Planeta que Rola)

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